F1: O que se passa com Carlos Sainz?
Depois de um período conturbado na Renault, onde não se conseguiu impor, Carlos Sainz encontrou estabilidade na McLaren, que lhe permitiu voltar às boas exibições e que, por conseguinte, lhe abriram as portas da Ferrari. Mas o espanhol está numa fase algo negativa com vários acidentes nos treinos, que o têm prejudicado.
Carlos Sainz passou por alguns momentos de indefinição na sua caminhada até a Ferrari. De rookie promissor na Toro Rosso, passou a ser um dos grandes pontos de interrogação na Renault. Ninguém questionava a qualidade do espanhol mas as suas performances não o mostravam, tanto que a sua contratação pela McLaren, numa altura em que tinha ficado sem lugar, com a entrada de Daniel Ricciardo na Renault, fez torcer alguns narizes na época, com um piloto com ainda muito a provar a ter de assumir o papel de líder, ao lado de um jovem estreante de nome Lando Norris.
A história que se seguiu é bem conhecida e a McLaren foi subindo de rendimento, graças também à boa forma dos pilotos e Carlos Sainz começou finalmente a mostrar o que todos esperavam, entrando para o top 5 de pilotos em melhor forma nos dois anos que passou na McLaren, o que convenceu a Ferrari a dar-lhe o lugar de colega de equipa de Charles Leclerc.
Mas o começo na Ferrari não foi fácil, tal como para todos os pilotos que mudaram de equipa em 2021. O pouco tempo de testes motivou uma adaptação mais demorada e feita nas corridas, o que explica resultados menos exuberantes nas primeiras corridas. Mas Carlos Sainz foi dos primeiros pilotos que trocou de equipa a mostrar sinais positivos e o que se adaptou mais rapidamente. Não foram necessárias mais de quatro corridas para o espanhol apresentar um andamento próximo de Leclerc, o que tem de ser realçado pois Leclerc além de ser um grande talento está também na equipa há mais tempo.
Mas as últimas corridas têm dado alguns motivos de preocupação a Sainz e à Ferrari. O espanhol não é conhecido por ter muitos acidentes, mas deu trabalho extra aos seus mecânicos em três das últimas quatro provas. Sainz insiste que os três não tinham nada em comum:
“Penso que há três acidentes distintos, com três causas distintas”, disse o piloto da Ferrari. “Penso que já expliquei que em Zandvoort me desviei um pouco da linha e perdi o carro, e foi um erro do piloto. Em Budapeste tenho quase a certeza de que apanhei uma das maiores rajadas de vento que tive num carro de corrida na minha vida”. Quanto ao seu acidente em Monza, disse : “É claramente um acidente que eu deveria ter evitado, é um acidente que ainda não compreendo e para o qual não tenho uma explicação. “O carro vinha a ser muito neutro em Ascari durante todo o fim-de-semana, e eu tive dificuldades com o equilíbrio lá. Acho que ainda estou a passar por um pequeno processo de aprendizagem para compreender o carro. O carro também parece ser bastante neutro a meio da curva e eu preciso de ter cuidado quando acelero. Não é o ideal”, reconheceu o espanhol à Autosport.com, “porque ultimamente tenho custado aos mecânicos e à equipa algumas reparações a mais, mas tenho a certeza de que não voltará a acontecer tão cedo e de que recuperarei. Mas sim, algo com que aprender e algo com que preciso de continuar a investigar e a tentar aprender, porque não é o ideal”.
Apesar dos sustos e da confiança que inevitavelmente sofre com este tipo de incidentes, Sainz terminou nos pontos nas últimas sete corridas, conseguindo (à exceção do GP da Holanda) melhorar ou pelo menos manter o lugar conquistado na qualificação. Claro que a questão dos gastos extra é importante e a “conta” de Sainz está já perto dos dois milhões de dólares, ainda abaixo de Leclerc que já deverá rondar os dois milhões e meio. Mas estes acidentes fazem lembrar um pouco os acidentes de Sebastian Vettel nos seus últimos tempos na Ferrari, o que pode mostrar que o carro vermelho não é fácil de pilotar. A acreditar no que Sainz disse, há um acidente por erro de pilotagem e um que ainda não tem explicação. Os resultados ainda não foram comprometidos severamente com estes acidentes, mas é algo que a Ferrari terá de analisar pois começa a criar-se um padrão que merece pelo menos ser verificado.
Quanto a Sainz, continua a amealhar pontos, pelo que esta tendência ainda não é demasiado preocupante, mas não deixa de causar estranheza ver um dos pilotos que mais se tem evidenciado nos últimos dois anos cometer este tipo de erros.
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São erros preocupantes, o próprio Sainz será o primeiro a questionar-se acerca do que está a acontecer, mas a verdade é que na prática, estes acidentes não o impediram de continuar a amealhar pontos importantes. A competitividade de uma dupla de pilotos, está precisamente na distância pontual que os separa, nesse particular, nenhuma outra está tão próxima como a dupla da Ferrari, o que significa que ambos estão a extrair do carro o que é possível. Este “regresso” do Ricciardo à melhor forma, são excelentes notícias para a Mclaren, porque o Norris tem levado a equipa às costas, um terceiro… Ler mais »
Acidentes nos treinos? Sim, é nos treinos que se procuram os limites do carro…
Não estou a perceber esta perseguição ao Sainz…
O Leclerc tem 104 pontos e o Sainz tem 97,5 …
Querem o quê? Que o Sainz esteja na luta pelo titulo com o Max e o Lewis?
Sainz tem estado muito bem. Simplesmente está mais perto dos limites e estas coisas acontecem.
Eu acredito que o que estamos a ver agora é o verdadeiro Carlos Sainz, um piloto mediano, que pode servir à Ferrari actual, mas sem estatuto para uma Ferrari no ao se lugar de topo.
Curiosamente o “mediano” Sainz não anda muito longe em pontos do “talentoso” Leclerc. Ainda por cima na sua primeira temporada com a Ferrari, num carro claramente instável em alguns circuitos. Basta ver a quantidade de acidentes que já teve o Leclerc esta temporada.
Quais acidentes que tev o Lecler? Quando levou com o carro do Stroll em cima? Isso conta, é?…
O Sainz tem tido muito mais acidentes, como diz o artigo.
Teve um acidente na FP2 em Spa e outro na qualificação no Mónaco que consequentemente o impediu de largar sequer.
Eu sou daqueles que achou que o Sainz não tinha currículo para assinar pela Ferrari. Teve uma 1ª temporada bastante equiparada ao Max na Toro Rosso, depois foi para a Renault onde foi um descalabro com a incapacidade em afinar o carro, tendo inclusive a partir de uma certa altura (segundo a imprensa) copiado os settings de afinação do Hulkenberg. Passa para uma McLaren que bateu no fundo e onde está a ser operada um revolução, não existia pressão, e tem uma segunda temporada bastante boa, para aquilo que vinha fazendo na F1. É um piloto, mediano, que tem boa… Ler mais »
Pelo que Peter Windsor disse, que analisou os tempos, Carlos está mais rápido, mais próximo de Leclerc. Por outras palavras, está mais próximo do limite do carro e provavelmente vai ter que adaptar a condução ou o setup. Nada de grave. Até pode ser um bom indicador.
Sainz que se ponha a pau porque a Ferrari em seguida o trata como uma boneca de trapos, tal como fez com Vettel.
Isto está tudo mal na Ferrari. É inconsolável ver um GP e assistir às prestações dos carros quando comparados com RB ou McLaren.
Gostaria saber dos foristas se em 2022, com as alterações técnicas dos monolugares, ver a Ferrari ‘lá à frente’ invés deste acelarar para trás…
Isto vai além dos pilotos… Para o que gastam em desenvolvimento do carro, pergunto se é aceitável a prestação no campeonato à data…. Parecem 2 taxistas…. Não ultrapassam ninguém que se bate pelo campeonato… Pole position é uma miragem…
Tudo muito aquém das minhas expectativas