F1: Max Verstappen diz que é preciso um “ditador”

As negociações para encontrar os novos regulamentos para 2021 continuam, mas como habitualmente os consensos são muito difíceis de conseguir. As equipas de F1 olham sempre primeiro para os seus interesses e o interesse maior da competição fica para segundo plano.

Max Verstappen considera que para resolver esse problema, deveria existir uma espécie de figura ditatorial que impusesse as regras do jogo, uma vez que os novos regulamentos estão cada vez mais longe de serem revolucionários como inicialmente se queria:

“Sabemos como funciona, todos olham por si. A Mercedes está, claro, muito feliz com estes regulamentos. Na visão deles, pouca coisa precisa ser mudada. E equipas que não estão bem neste momento, querem regras diferentes, mas talvez tenham menos poder. Se tiver um motor da Ferrari como equipa cliente, está com a Ferrari, e se for uma equipa cliente com motores Mercedes, então está com a Mercedes. Há muita política por trás disso. Deve haver apenas uma pessoa no FOM ou a FIA para tomar este tipo de decisões.”

“Haverá sempre equipas que farão um trabalho melhor que outras. No final, acho melhor manter as regras iguais por um longo período de tempo, porque então há uma convergência de performance. A determinada altura e preciso dizer `estas são as regras e vamos ter aos próximos dez anos´. E depois de cinco ou seis anos, veremos que as equipas estarão muito próximo. Eu também acho que se tivéssemos mantido as regras no ano passado, estaria tudo mais próximo agora.”

Verstappen admitiu que os pilotos foram ouvidos quando os carros passaram a ser mais largos e com mais apoio aerodinâmico, mas a forma como isso foi conseguida prejudicou as corridas:

“Em 2015 e 2016 que os carros eram muito lentos, tinham pouca aderência e deslizavam muito. Então fomos para os carros mais largos com mais apoio. Mas é claro que existem outras maneiras de criar downforce, de forma a que percamos menos performance quando estamos em perseguição.

“Eu acho que eles deveriam rever isso. Estamos agora a bater recordes nas várias pistas, mas no final acho que a competição não é isto. Se quiserem ir cada vez mais rápido, podem muito bem colocar um robô no carro. Também tem que ser divertido para o fã. Se tudo diminuir a velocidade em dois ou três segundos, tudo bem, não importa, desde que possamos seguir de perto os adversários. “