F1, Jenson Button sobre a saída da Brawn: ”ele apenas gritou comigo”
Jenson Button, que agora tem um novo projeto, a preparadora Radford, para além da sua equipa no Extreme E, contou ao podcast britânico “The High Performance Podcast”, como foi a reação dos líderes da Brawn GP quando anunciou a saída para a McLaren, depois de vencer o campeonato de 2009.
Nick Fry, na altura CEO e sócio minoritário da estrutura, teve uma reação que surpreendeu Button, já Ross Brawn foi mais simpático, mas avisou o piloto que era má ideia ser colega de equipa de Lewis Hamilton na McLaren.
“Lembro-me de ir ao seu gabinete e dizer-lhe que estava de saída e ele apenas gritou comigo. Basicamente, comecei a rir-me porque era uma situação realmente desconfortável. Senti dó, pelo quão agressivo estava a ser. Ele apenas olhou para mim e disse: ‘Porque te estás a rir de mim?’ Era a situação e era exatamente o que eu não esperava. Eu disse ao Ross e ele foi muito amigável e disse: ‘Acho que estás a cometer um grande erro ao lado do Lewis’. Eu fiquei tipo ‘isso é fantástico’, muita energia positiva que estou a receber na altura de sair, mas acontece. Não tinha contrato para o ano seguinte, não parecia ser o lugar para mim e na McLaren parecia ser”.
O antigo piloto da BAR, Brawn e McLaren, entre outras, afirmou ainda que quis saber qual seria a sua situação dentro da nova equipa, antes de começar a trabalhar. Lewis Hamilton tinha sido campeão no ano anterior a Button, 2008, e o britânico tinha receio que a equipa estivesse apenas focada no seu companheiro de equipa.
A primeira coisa que perguntei foi: ‘isto vai ser a equipa do Lewis? Vou ter o mesmo tratamento que ele? Porque senão for assim, não quero estar aqui.’ E eles disseram-me que iria ser 100% igual entre os dois pilotos. Pensei, ‘agora posso começar’.
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Pedro Coelho
16 Agosto, 2021 at 19:27
Histórias de quando a McLaren era uma equipa de topo
Lagafe
17 Agosto, 2021 at 13:21
Já não era. A queda começou justo em 2009 em rescaldo do spygate.
Frenando_Afondo™
17 Agosto, 2021 at 0:43
Ó Button, não estarás a mentir? Eu ouvi dizer que o Hamilton só ganha aos companheiros de equipa quando é ajudado, que não tem mérito nenhum no que faz. pelo menos é o que vejo aqui a jurarem a pés juntos que é verdade verdadinha. hahahaha
jo baue
17 Agosto, 2021 at 8:43
Memórias de 2009 e da equipa Brawn “Double Decker“, uma grande nódoa na história da Fórmula 1 .
Nick Fry ? Aqui vai uma, que não se lê na imprensa que funciona como site oficial da McLaren:
Nesse ano houve uma grande mudança regulamentar ( curioso como a Ferrari se lixa sempre) e a McLaren do Ron e do HAM – após terem usufruído dos furtos à Ferrari em 2007 e 2008 – não andava. 8 (oito) GP, apenas 13 pontos.
Foi aí que o Ron decide contactar o CEO da Brawn, esse mesmo Nick Fry, dizendo-lhe “Os meus engenheiros dizem que a evolução do carro vai na direcção certa, mas o facto é que eu não acredito”, e, finalizando com um pedido especial ao Fry: quão bom fosse o pack aerodinâmico do Brawn e quais eram os números que estavam vendo nos testes na galeria de vento. O mais surpreendente disto é que o Fry forneceu-lhe esses dados. Ao que a impoluta McLaren respondeu com um “espantado silêncio” (“stunned silence”).
Resultado: A McL nas 9 últimas corridas obteve 58 pontos, com 4 PP e 2 vitórias.
Fonte? Nick Fry em discurso directo no seu livro “Survive.Drive.Win”.
Nota: O Ron tinha antes sido determinante no fornecimento dos motores mercedes à Brawn,ao renunciar ao seu direito de veto, como cliente principal dos alemães. Fonte? O mesmo livro
É assim que funciona sempre a brotherhood inglesa na F1.
Lagafe
17 Agosto, 2021 at 13:20
É um bocado triste que um Ferrarista como tu diga que os engenheiros da Ferrari são sempre incompetentes na gestão das novas regras. Felizmente a tua visão distorcida não corresponde a à realidade.
Já sobre a performance da Mclaren (e da Ferrari) em 2009 devem-se a duas falhas caríssimas. Por um lado não usaram o double deck (patrocínio de Mosley contra a FOTA) e poor outro os KERS ainda eram bons para compensar o peso.
Já agora a subida de performance da Ferrari na segunda metade foi graças a uma chamada do Brawn?
jo baue
17 Agosto, 2021 at 22:18
Ficam registadas as tuas ironias – especialmente o 1º e o último parágrafo- fazem tanto lembrar o utente que gosta de fazer de guru do clube de fãs do HAM !
Felizmente a tua triste opinião é desmentida, por exemplo, pelo Adrian Newey, o qual sem rodeios e a propósito da fantochada da FIA ter declarado que o monolugar Brawn ( concebido pelo mesmo que escreveu os regulamentos, o inevitável Ross Brawn) era “legal”, disse publicamente que a questão já nem era técnica mas sim um claro ataque do Max Mosley à Ferrari ( e à McLatas).
Lagafe
18 Agosto, 2021 at 17:04
Vejo que os teus problemas estomacais afetam a tua capacidade cerebral. Ando à demasiado tempo por aqui para que venham agora associar-me a outro utilizador qualquer.
Não é nada desmentido. Pelo contrário. Tu próprio confirmas mas não tens o discernimento para entender que eu mencionei essa ilegalidade em “(patrocínio de Mosley contra a FOTA”. Talvez tenha sido alguma igenuidade minha pensar que associarias de imediato a FOTA com a Ferrari e Mclaren.
Independentemente da ilegalidade, é evidente que provocava uma diferença de performance contra Ferrari e Mclaren na primeira etapa da temporada. Aliás, o próprio Newey adaptou esse conceito na segunda metade do campeonato mas penso que apenas em 2011 usou o KERS que na sua ótica ainda não era suficientemente eficaz.
asfalto
18 Agosto, 2021 at 0:00
Em 2010 Button ficou em quinto logo atrás do hamilton, compreendesse, ano de entrada na equipa. Em 2011 foi segundo no campeonato e o hamilton ficou em quinto, bastante longe também, em pontuação.