F1: Hartley gostava de contar a toda a história da sua saída

Por a 6 Dezembro 2018 11:32

O ex-piloto da Toro Rosso, Brendon Hartley, faz um balanço positivo da sua passagem pela F1. Depois de dez anos da sua saída do programa de jovens da Red Bull, o bicampeão do mundo de endurance fez um regresso inesperado e.… algo desapontante. O piloto teve dificuldades em mostrar o nível que se esperava e não de adaptou principalmente à exigência dos pneus.

No fundo a sua saída não foi surpresa para ninguém e vendo o seu nível de performance, mais quando comparado com um estreante, mais jovem e com menos experiência na alta competição, é fácil entender a opção da Toro Rosso em abdicar dos serviços de Hartley, que mostrou a sua qualidade no endurance, mas que por algum motivo nunca conseguiu fazê-lo na F1. Teve alguns fogachos numa ou noutra corrida, e as últimas provas mostraram um Hartley mais rápido, mais agressivo, mas também já era tarde demais. O piloto falou sobre a sua experiência e deixou no ar algumas dúvidas sobre a sua saída:

“Eu saí de um Campeonato do Mundo com uma vitória em Le Mans e depois de apenas 2-3 corridas houve rumores e muitas perguntas a serem feitas sobre o meu futuro imediato. Estou feliz com a forma como lidei com isso. Eu sinto que, sob estas circunstâncias, outras pessoas poderiam ter ido abaixo e eu fiquei muito mais forte por causa disso. Lutei, evoluí ao longo da temporada, mas havia artigos na imprensa que diziam que eu tinha de superar o meu colega de equipa. No final da temporada senti-me em excelente forma, construí grandes relacionamentos na Honda e na Toro Rosso, e foi consistentemente superando o meu companheiro. Não foi particularmente fácil, sete anos depois da última corrida em monolugares, mas fiquei muito confortável com o trabalho que fiz no final do ano.”

“A F1 é muito complicada, há muito dinheiro envolvido, política e algumas das razões pelas quais os pilotos ficam ou saem, não estão sempre sob o seu controlo ou são por razões de puro desempenho. De qualquer forma, deixei o paddock com a cabeça erguida. Eu sei que dei o meu melhor este ano.”

Quando pressionado sobre as razões que lhe foram dadas para a sua saída, Hartley respondeu: “Há provavelmente partes que eu não posso revelar. Adoraria contar a história um dia.  A política da F1, eu não gosto, e levou algum tempo para me habituar com a atenção extra. Eu estava preparado para a F1 depois de estar envolvido com a Porsche na LMP1, mas a pressão aumentou mais do que o esperado, no entanto eu senti-me mais confortável com isso durante a temporada.”

Quanto ao seu futuro na F1…:

“Eu nunca diria que a porta está fechada. 10 anos atrás, quando a porta estava efetivamente fechada, provei que é possível abri-la novamente”, disse ele. “Estou agora em uma posição onde tenho uma Super Licença, tenho experiência na Fórmula 1, não fiquei com uma má imagem. As coisas, como todos podem ver nesta situação, podem mudar rapidamente. A porta ainda pode estar potencialmente aberta.”

Se a porta da F1 está ainda aberta para Hartley é uma resposta que não saberemos tão cedo. Com a entrada de novos talentos e com outros que tiveram de ficar sem lugar em 2019, parece pouco provável que o neozelandês possa ter de novo uma oportunidade. Nunca esteve em causa o seu talento, mas talvez sim a sua capacidade de adaptação a um mundo completamente diferente do que estava habituado no WEC. E ficou mais uma vez a prova que é muito mais fácil dar o salto da F1 para o WEC do que o contrário. Se Hartely tem tido mais exibições como as que teve no fim do ano, talvez pudesse ter mais sorte… Assim o desfecho acabou por ser justo, numa F1 onde o nível de pilotos está cada vez mais forte.

 

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