F1: Hamilton diz que Red Bull “domina mais 2 anos”, Horner explica porque não pensa assim…

Por a 13 Novembro 2023 13:33

Christian Horner, chefe da equipa Red Bull, contrariou uma recente afirmação de Lewis Hamilton, quando este alegou que a equipa de Milton Keynes vai dominar a F1 nos próximos dois anos.

O inglês da Mercedes é capaz de ter razão por um lado, mas os argumentos de Christian Horner também são válidos, têm lógica e em teoria é tal como diz, mas só o tempo irá trazer clareza ao tema.

Horner entende que existem sempre limites na F1, e em qualquer desporto, e quando uma equipa domina como a sua tem vindo a fazer mais ou menos há dois anos, a cada ano que passa é sempre muito mais fácil às equipas que estão mais atrás reduzirem a margem para a frente, do que quem vai à frente evoluir mais aquele ‘bocadinho’ que possa fazer a diferença: “muitos campeonatos mundiais são ganhos nos números do túnel de vento que se conseguem nesta altura do ano” começou por dizer, referindo-se a ser este o momento em que os resultados do túnel de vento são ‘fechados’ e a partir daqui os designers e engenheiros têm que trabalhar tendo em conta esses números.

Se as equipas acertaram no caminho – pelo menos um bocadinho melhor do que qualquer outra – vão vencer, se não, ficam para trás. É assim todos os anos, sempre foi assim na F1, o que vemos em pista é o corolário de um gigantesco trabalho de muita gente, e como se sabe, hoje em dia tudo é controlado por causa do Teto Orçamental imposto pela FIA, pelo que se tornou muito mais difícil a que qualquer equipa se destaque imenso das outras e assim continue por muito tempo.

Seja como for, é verdade que as equipas que têm os melhores designers, projetistas, engenheiros técnicos, a soma disso tudo irá sempre determinar um melhor ou menos bom produto final e os campeonatos do ano seguinte são, basicamente muito encaminhados nesta altura pelas 10 equipas, os seus pilotos só têm que tirar o melhor que cada um dos seus carros dá, alguns desses pilotos conseguem extrair um pouco mais do que outros, porque são melhores e isso determina boa parte do que se vai passar em pista no ano a seguir, embora, como sempre, possa suceder muita coisa pelo meio que impeça, aqui e ali, que os carros melhores vençam, mas regra geral, a questão é como azeite na água, vem sempre ao cimo.

Para Horner: “temos um excelente carro, temos uma excelente base, mas precisamos de continuar a evoluí-lo, pois é lógico que os ganhos vão diminuir porque estamos a atingir o topo da curva possível. E as outras equipas vão convergir, vão ficar cada vez mais perto e isso vai exigir mais de nós”, disse Horner, explicando porque acha que Hamilton não tem razão.

Tem lógica o que diz Christian Horner, o ‘problema’ é que o que se vê é uma vantagem tão grande da Red Bull, que ‘obriga’ as adversárias, Mercedes, Ferrari e McLaren, e porque não a Aston Martin e a Alpine, a serem perfeitas nas suas decisões quanto aos seus carros, neste momento, porque a distância é tão grande que nem chegar ao nível a que está agora a Red Bull é fácil, mesmo para a Mercedes, Ferrari e McLaren.

Horner acrescenta que o ano passado perderam no Brasil para a Mercedes e este ano em Singapura para a Ferrari, mas essas são apenas as duas exceções à regra do que tem sido o domínio da Red Bull. Agora, no Brasil, já se viu uma McLaren mais perto da Red Bull, só que nunca pode ser só numa corrida, pois para perceber se a McLaren está mesmo a ficar mais perto é preciso um conjunto de corridas, e não apenas uma.

Se a McLaren fizer o mesmo em Las Vegas e Abu Dhabi, talvez. A Mercedes, com este carro, já se percebeu que dificilmente vai a algum lado e a Ferrari, com os seus problemas com o desgaste dos pneus, idem.

Portanto, só mesmo no arranque de 2024 vamos começar a perceber se para o ano temos mais do mesmo, temos mais vezes o que se viu nos EUA e no Brasil, quando Lewis Hamilton (EUA) e Lando Norris (Brasil) se aproximaram de Verstappen ou temos um campeonato muito mais equilibrado com várias equipas, constantemente a irem ao pódio e/ou a vencer corridas. Sinceramente, temos pena, mas duvido mesmo desta última hipótese. A acontecer, é a do meio…

Só uma nota final para explicar o porquê de Hamilton ter dito mais dois anos: é que as regras mudam depois disso, e desta vez são ‘motores’ outra vez…

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