F1: Gunther Steiner defende Magnussen… outra vez

Por a 10 Outubro 2018 17:06

Kevin Magnussen voltou a ser foco de atenção no GP do Japão e mais uma vez pela forma agressiva como se defende dos ataques dos adversários.

Desta vez foi com Leclerc, depois de uma ultrapassagem fenomenal do dinamarquês ao piloto da Sauber. Leclerc tentou recuperar a posição mas quando escolheu um lado, Magnussen foi para esse mesmo lado e o toque tornou-se inevitável. O resultado final foi uma frente desfeita para Leclerc e um furo para Magnussen que danificou o carro e obrigou à desistência.

Leclerc deixou logo clara a sua posição no rádio e afirmou que Magnussen “é e será sempre um estupido”. Claro que as criticas não demoraram  pelo que Gunther Steiner voltou outra vez a tomar partido do seu piloto:

“Começo a ficar cansado.  Ele [Leclerc] foi contra o Magnussen. O Kevin não travou. Ele não o empurrou ou algo do género, Kevin apenas  foi para sua trajectória e o Leclerc foi contra ele. O que ele pode fazer? Deixá-lo passar? A mudança foi  antes do ponto de travagem e ele não estava a travar. Leclerc tem de avaliar melhor o que pode fazer e o que não pode. “

Na repetição vê-se que no momento da mudança de direcção de Leclerc, Magnussen escolhe a mesma trajectória que não é a ideal para entrar na curva 1. O toque dá-se da mesma forma como aconteceu com Ricciardo e Verstappen. Com o efeito do cone de ar a aproximação é mais rápida e Leclerc quando vê a mudança de direcção tentar corrigir mas não consegue evitar o toque. A direcção de prova decidiu não atribuir penalizações nesta manobra, mas mais uma vez Magnussen viu-se envolvido em mais um momento menos recomendável.

Já não são novos os casos de Magnussen contra o resto do mundo. Já antes tinha mostrado a sua faceta mais agressiva mas foi no caso com Hulkenberg que o caso tomou proporções maiores. Alonso foi a segunda “vítima”  e já este ano vimos os casos de Gasly, Leclerc (em Espanha e no Japão) como os mais vistosos. Magnussen não se importa com as críticas e já disse que não está na F1 para fazer amigos. Certamente que terá poucos pilotos com vontade de falarem com ele, dadas algumas atitudes que já teve em pista.

É uma pena que estes incidentes estejam a colocar para segundo plano a boa época do piloto este ano. Em 77 GP que já realizou tem um pódio (primeira corrida pela McLaren) mas só este ano é que conseguiu atingir alguma estabilidade e mostrar um pouco mais do que pode fazer, ocupando o oitavo posto neste momento em igualdade pontual com Pérez e Hulkenberg, sendo por isso um dos melhores do “campeonato B”. É um piloto talentoso e tem potencial para dar mais do que já fez até agora, mas estes incidentes irão sempre ser um entrave à sua subida a uma equipa maior. Para efeitos desportivos e de marketing, Magnussen não será a primeira escolha se mantiver este nível e esta agressividade.

Ninguém colocará em causa a necessidade de defender a sua posição. Defender é tão ou mais importante que atacar e ninguém está à espera que Magnussen ou qualquer outro piloto deixe a porta aberta, apenas para evitar problemas. Mas, pessoalmente, acredito que haja duas formas de defender: Uma é esta, que Magnussen e Verstappen usam e que não me agrada sobremaneira, e outra em que os pilotos jogam em antecipação e colocam o carro no sitio certo para que a ultrapassagem não aconteça, de forma suave e limpa. Nem sempre é possivel defender assim mas é este atributo que define um bom piloto defensivo… aquele que escolhe a trajectória certa para terminar com a tentativa ainda ela não começou. A forma mais agressiva limita-se a esperar que o adversário escolha um lado e depois apontar para esse lugar, com todos os perigos inerentes. Uma mostra classe e inteligência e outra mostra apenas ímpeto e agressividade. As duas são válidas desde que feitas de forma correcta mas a mais agressiva leva a um risco muito maior de acidentes e de ficar arredado da prova.

Magnussen tem qualidade e pode ser um bom piloto na F1 (como é na actualidade) mas se estiver constantemente envolvido em toques deste género, poderá ter mais dissabores. Magnussen está se a tornar num dos “bad boys” da F1 o que poderá não ser mau pois há fãs que preferem esta postura agressiva politicamente incorrecta. E no fundo a F1 também precisa disto, em dose terapêuticas e sem exageros.

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