F1: Grelha de 2020 fechada

Por a 28 Novembro 2019 17:05

Com a confirmação de Nicholas Latifi ficamos com a grelha de 2020 definida. São poucas as mudanças para a próxima época pelo que continuamos a ter um grid competitivo e com qualidade.

Mercedes – Tudo igual

Em equipa que ganha não se mexe. Os responsáveis da Mercedes terão ponderado uma troca de Valtteri Bottas por Esteban Ocon, mas a fim de manter o bom ambiente na equipa e a mecânica atual, que tem dado bons resultados, Bottas manteve o lugar. A bem da verdade, o finlandês melhorou em 2019, esteve mais competitivo e será fundamental na luta pelo campeonato de construtores em 2020. Já Lewis Hamilton é o nº1 e irá lutar para chegar ao sétimo título com os Flechas de Prata. Qualidade garantida e uma hierarquia definida à partida… a não ser que Bottas mostre mais do que tem feito até agora.

Ferrari – Como gerir a tensão?

Charles Leclerc e Sebastian Vettel são uma dupla de luxo… experiência mesclada com juventude, velocidade, talento. Todos os ingredientes para uma dupla demolidora. Mas o choque de egos entre o tetracampeão e o jovem talento tem dado dores de cabeça à Ferrari. A dupla irá manter-se para 2020, mas as lutas em pista terão de ser mais controladas. No início desta época Vettel foi declarado o nº1 oficial, mas na realidade Leclerc começou a ganhar esse estatuto. Há curiosidade para ver como Mattia Binotto lidará com este caso em 2020. Uma coisa parece certa, a dupla vai manter-se em 2020 mas não parece ter condições para se manter por mais tempo.

Red Bull – Prémio merecido para Alex Albon

O lugar de Max Verstappen estava mais que assegurado e a Red Bull quer manter a estrela holandesa por mais tempo. Faltava apenas saber que o acompanharia e essa tarefa foi entregue a Alex Albon. O jovem tailandês foi chamado para substituir Pierre Gasly e cumpriu a tarefa com nota positiva. Mostrou qualidade e potencial, pelo que a permanência na equipa é merecida. Uma dupla muito jovem, mas com muito talento, que garante à equipa condições para lutar por mais do que um lugar no pódio.

McLaren – O “Bromance” continua

Depois de vários anos de ambientes cinzentos, caras fechadas e apreensão, a alegria voltou à McLaren. Os resultados melhoraram substancialmente e muito disso se deve ao trabalho de Carlos Sainz e Lando Norris. A dupla inicialmente parecia uma aposta demasiado arriscada, mas Norris confirmou o seu potencial e Sainz fez uma época fantástica. A manutenção da dupla faz todo o sentido pois o relacionamento entre ambos é do melhor que há, e os resultados falam por si. É a dupla certa para o momento da equipa.

Renault – Promessa cumprida para Esteban Ocon

A ausência no grid de 2019 terá sido um golpe duro para Esteban Ocon, mas a Renault, que no ano passado voltou atrás com a palavra dada, para contratar Daniel Ricciardo, cumpriu este ano a promessa e contratou Ocon. No papel a equipa fica bem servida, com Ricciardo a ser um dos melhores da actualidade e Ocon a ter mostrado muita qualidade na Force India. Resta saber se a paragem lhe fez mal e lhe retirou o ritmo competitivo (o francês tem testado com regularidade). O problema da Renault nunca esteve na dupla de pilotos e em 2020 esse problema não acontecerá também. Uma boa dupla para as aspirações da equipa

Toro Rosso – Kvyat e Gasly à procura de um lugar ao sol

Daniil Kvyat e Gasly tem em comum muita coisa… o facto de terem sido despromovidos da Red Bull e terem conquistado um pódio em 2019 são alguns dos pontos que partilham. Outro ponto será a vontade de provar ao mundo que têm capacidade para estar na Red Bull. São uma dupla capaz, rápida e num bom dia podem fazer a diferença. Tem faltado alguma regularidade a ambos, embora Pierre Gasly pareça estar melhor nesta fase e mostre ter mais potencial que Kvyat. Para a Toro Rosso esta dupla serve perfeitamente e pelo que se viu este ano (um dos melhores da equipa), podem esperar-se coisas boas.

Racing Point – Estabilidade é a palavra de ordem.

Ficará tudo na mesma na Racing Point, com Lance Stroll e Sergio Pérez a ficarem com as vagas disponíveis. Pérez continua a ser a referência da equipa e o piloto que garante mais pontos pelo que a sua permanência só pode ser vista como uma inevitabilidade. Já Stroll continua sem convencer, mas mantém o lugar por mais uma época. Certamente que um piloto com outra experiência poderia ser benéfico para a equipa, mas Stroll está de pedra e cal na Racing Point. 2019 não foi fácil com um processo evolutivo complicado mas 2020 promete mais e melhor.

Alfa Romeo – Giovinazzi segurou o lugar

Se Kimi Raikkonen manteve o lugar com naturalidade, tendo em conta a sua experiência e qualidade, o caso de Antonio Giovinazzi foi mais complicado. Com um começo de época complicado, dada a grande paragem competitiva que teve, Giovinazzi foi melhorando aos poucos. A sua evolução, e talvez as fortes ligações à Ferrari, terão ajudado à sua manutenção, mas foi dos pilotos que menos entusiasmou esta época. A Alfa também desiludiu muito na segunda metade da época e é um grande ponto de interrogação para 2020. Mas se Raikkonen garante regularidade e pontos, já Giovinazzi terá de provar que a sua evolução foi real e que pode igualar os resultados do finlandês.

Haas – Mais um ano com Grosjean

Romain Grosjean parece ter sete vidas e vai escapando à saída da F1 de ano para ano. 2019 foi uma época para esquecer e a Haas terá de repensar em tudo. Mas preferiu manter o francês por uma questão de estabilidade. Kevin Magnussen é dono e senhor do lugar na Haas e a sua permanência não surpreende. Uma dupla interessante mas tendo em conta que Hulkenberg esteve nos planos, fica no ar a ideia que a Haas poderia ter uma dupla mais competitiva.

Williams – Juventude para contrariar a falta de competitividade

A Williams teve um ano fraco e a relação com Robert Kubica nunca terá sido a mais harmoniosa, daí a sua saída não surpreender. Para o seu lugar entra Nicholas Latifi, que vem da sua melhor época na F2. O canadiano tem qualidade, mas não é certamente dos talentos mais entusiasmantes que passou pela F2. Terá de provar o seu valor num cenário difícil, embora melhor do que George Russell encontrou. O britânico teve uma época mais discreta que os restante rookies, por culpa da equipa onde milita. O jovem mostrou maturidade e uma postura excelente. Terá ainda de provar a sua velocidade mas já se viu a espaços que é de facto um talento a ter em conta para o futuro e continuará a ser a referência da Williams em 2020.

É um grid com poucas alterações o que é normal, antes de uma época onde se esperam muitas mudanças. No geral mantém-se a qualidade do grid com muito talento. Nesse capítulo, o espectáculo está garantido em 2020.

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