F1: Ferrari a perder 0.7 segundos nas retas
Apenas o “milagre” de Charles Leclerc evitou um fim de semana desastroso para a Ferrari. O carro revelou-se pouco competitivo e apenas uma corrida louca permitiu um pódio.
Ninguém esperava que a Ferrari estivesse tão mal. A performance evidenciada no sabado foi confrangedora e colocou a nu todas as fragilidades da Scuderia. Sim a equipa ganha um pouco mais em curva, mas perde demasiado em reta. A Ferrari parece que tem uma manta curta, e querendo tapar a cabeça, destapou os pés, pois no ano passado o ponto forte era claramente a velocidade em reta… antes das suspeitas de ilegalidade.
Mattia Binotto cedo admitiu que o novo carro estava longe do que a Ferrari precisava para ser competitivo e agora fica claro que o upgrade da Hungria terá de funcionar muito bem para mitigar a falta de andamento do carro e mesmo assim a competitividade não está garantida:
“Temos de melhorar o nosso carro, pois há algumas correlações erradas com o design, o comportamento do carro, especialmente na aerodinâmica”, disse Mattia Binotto. “Esse é um desenvolvimento que recomeçamos, voltando do confinamento, e espero que o resultado chegue muito em breve à pista. Não será a solução final, pois não há uma bala de prata. O importante para nós é melhorar este tipo de comportamento”.
“Olhando para a qualificação, comparado com o tempo da pole, estamos a perder um segundo”, disse Binotto. “Desse segundo, três décimos são perdidos nas curvas, devido ao que referi anteriormente. Mas ainda há sete décimos que são perdidos nas retas devvido à unidade motriz. Acho que será muito difícil, porque o motor está congelado para a temporada.”
“A velocidade nas retas está a ser afetada pelo arrasto, mas não é algo que abordaremos muito em breve. Fiquei um pouco decepcionado em relação a ontem, um pouco decepcionado ao ver nossa velocidade na reta. Mas vamos analisar todos os dados e ver o que podemos fazer para o futuro.”
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O carro foi concebido para umas expecificações de motor que deixaram de existir. Binotto e companhia não estavam a contar com isso. E o A1 Ring, nem de perto nem de longe é uma pista de motor. Agora será uma recuperação bem difícil
Ao longo da época com os meios que a Scuderia tem, suplantar McLaren e Racing Point não será muito difícil. Já chegar à Redbull e especialmente à Mercedes, parece uma tarefa impossível.
Ok, mas porque é que não estavam a contar?
Porque quando estavam a desenvolver este carro, estavam com um “motor” que lhes dava 0,5seg em cada reta e poles e vitórias atrás de vitórias. Nem valia a pena pensar em arrasto porque o motor compensaria isso tudo.
Quando a batota foi descoberta, ficaram sem esse “motor”. Os batoteiros nunca fazem conta de ser apanhados.
Sim, mas também se realmente faziam algo “diferente”, será que nunca sequer colocaram em dúvida que pudessem ter que recuar? Quando planeamos algo arriscado devemos ter um plano b. Faz parte do trabalho , mais ainda quando há tantos milhões em volta disso. Portanto houve uma falha de planeamento grave, no mínimo !
Mas o plano A era tão bom e garantia um fácil acesso a poles, vitórias e até possíveis campeonatos.
Enquanto que o plano B requer muito trabalho, competência e mérito e nada garante.
e para comprovar que a Ferrari andou ilegal no ano anterior (s) aqui está a resposta do próprio Binotto “Olhando para a qualificação, comparado com o tempo da pole, estamos a perder um segundo”, disse Binotto. “Desse segundo, três décimos são perdidos nas curvas, devido ao que referi anteriormente. Mas ainda há sete décimos que são perdidos nas retas devvido à unidade motriz. Acho que será muito difícil, porque o motor está congelado para a temporada.” Então se a Ferrari tinha um motor potente, como é que agora está a perder quase 1 segundo em recta? As equipas que ficaram… Ler mais »
Confesso que acho graça…. não entendo o secretismo do acordo Ferrari/FIA. Mas a verdade é esta. A Ferrari encontra buracos no regulamento e é a batoteira. A Mercedes surge com o (DAS) e é genial… não entendo!
Não entende porque não quer ou não lhe dá jeito. É mais fácil meter tudo junto no mesmo saco e fingir que são tudo inovações legais. Mas não são! DAS, F-duct, difusores soprados, efeitos coanda são inovações legais ao abrigo das brechas do regulamento. Interferir com o sensor do fluxo de combustível da FIA para fazer passar mais combustível que o permitido. Ou ludibriar os sensores da FIA para permitir transferir energia do MGU-K para o MGU-H é batota. Por muito menos Tyrrel e Bar Honda foram banidas. As poles, vitórias, pontos e milhões adicionais que receberam à conta da… Ler mais »
Não é necessário tanta exaltação que faz mal ao coração. Já basta a pandemia. Os difusores também andaram em análise muito tempo… o DAS também andou a ser contestado. passou, ok. Não passa, retira. Não vejo como batota
Não existe nenhuma inovação que não ande em análise. O grande erro é achar que o que a Ferrari andou a fazer eram inovações. Tanto uma coisa como outra eram violações gravíssimas dos regulamentos.
O Red Bull ring é uma pista de motor!
Não tanto como Monza ou Spa, mas não deixa de ser uma pista de motor.
Sem duvidas, depois da corrida isso foi bem referido na elevensports, que até pode explicar os tantos abandonos
Nas pistas onde se tem de percorrer uma maior distância com o acelerador a fundo, o RedBull Ring anda a meio da tabela.
Spa – 4.903 Km
Baku – 4.502 Km
Monza – 4.402 Km
Silverstone – 4.123 Km
Bahrain – 3.896 Km
Suzuka – 3.832 Km
Socchi – 3.509 Km
Spielberg – 3.417 Km
A Ferrari este ano está de castigo. Ou tentar-se escrever direito por linhas…muito tortas.
Pagamentos !
Mudem os dirigentes da equipa, retirando de lá o Binotto e colocando-o no posto em que ele é bom, ou seja, na parte técnica. Contratem uma pessoa experiente e pragmática para dirigir a Scuderia, de preferência não Italiano, e vão ver os problemas a serem resolvidos. Deste modo, a médio prazo, vão estar novamente a lutar pelo título.
Era bom se fosse assim tão simples.
E deixe lá os italianos, que a Ferrari esteve muito bem com italianos como Gioacchino Colombo, Daniele Audetto, Mauro Forghieri, Luca di Montezemolo e outros. O problema da Ferrari é estrutural e provém de uma hierarquia cujo topo percebe mais de negócios bolsistas do que de F1. (E esta hierarquia, por sinal, tem ligações muito remotas à Itália.)
Desculpe, mas os Italianos são bons a nível técnico, mas como gestores de equipa não me parece! Não tenho nenhuma dúvida de que o Binotto é excelente na parte técnica, de onde nunca devia ter saído, agora como gestor da Scuderia deixa muito a desejar! Analisemos os nomes que referiu: – Gioacchino Colombo foi um excelente engenheiro de motores nos anos 30, 40 e 50, produzindo excelentes motores de F1 para a Alfa Romeo e Maserati que ganharam mundiais de pilotos na F1. Foi engenheiro e não gerente de equipa! – Mauro Forghieri também foi um excelente engenheiro da Ferrari,… Ler mais »
Não leu, em parte nenhuma da minha resposta ao seu comentário, que Colombo e Forghieri eram responsáveis pela parte desportiva, pelo que a demonstração de erudição me parece excessiva e dispensável.
E eu também vi o «Rush»…
Cumprimentos
O que eu realmente quero dizer é que não houve praticamente nenhum gestor Italiano que tenha levado a equipa realmente ao título, incluindo os anos 70, onde os títulos tiveram um grande contributo da postura do Niki Lauda, não só na pilotagem, mas também na gestão de todo o ambiente que o rodeava na Scuderia. Ele era realmente o timoneiro da equipa nessa altura! Até o título de 1979 pode, muito bem, ter sido obtido na embalagem que a equipa levava, na sequência da passagem do Austríaco pela mesma que contribuiu largamente para a sua organização. Depois disso foi o… Ler mais »
pedro_speed. Montezemolo: lic. em Direito,Uni de Roma. Forghieri, Engenharia, Bolonha. Domenicali, Economia, Bolonha. Arrivabene, tentou Uni de Arquitectura, em Veneza.E tantos mas tantos mais ex. existem… Depois temos o Suiço Binotto, nascido na Suiça, Uni de Lausanne. Se a questão é a nacionalidade italiana, pq não sugeres que volte para a terra dele, e quase todos concordamos q nao tem competencia para DS? —Se o Lauda teve um papel tao importante assim ( o q dizer entao do MS…)entao bastaria contratar 1 piloto q reuna essas qualidade, ou nao é bem assim?. E o q faria o Lauda se nao… Ler mais »
Mas o Binotto é bom na parte técnica em “honra” de quê?
O problema do Binotto é principalmente na parte técnica, não compreende o que deve fazer nem como fazer… o carro não melhora, há mais de um ano que perde competitividade…isso é um problema técnico…
Começo a pensar que realmente existia algo no motor Ferrari que era “ilegal” (ou estaria numa área cinzenta das regras) e lhes dava muita vantagem em reta. Todos os carros com motor Ferrari tiveram dificuldades este fim de semana. Mas na Scuderia Ferrari os problemas não são só o motor. O carro é inguiável, basta ver os onboards do Leclerc e do Vettel e o quanto eles lutam contra o carro em cada curva.
Para mim… a “vantagem” do motor da Ferrari esteve sempre na parte eléctrica, a suposta “aldrabice” estava era gestão do sistema híbrido. O carro tinha momentos “explosivos” que não poderiam vir apenas da parte da combustão, a energia já teria de estar armazenada. O carro que parecia mais desequilibrado era o do Vettel, não tinha aderência na frente. Está no TuTubo um video com a comparação de voltas onboard do Leclerc em 2019 e 2020. O carro ganhou 10km/h em curva e perdeu 10km/h em recta… 80% do circuito é recta… perde 0.920s numa volta… A traseira do carro está… Ler mais »
Claramente, eles fizeram ganhos muito grandes ao longo dos anos com as baterias “gémeas” que ninguém percebeu bem para que serviam e que desde o início levantaram suspeitas. A tecnologia do motor de combustão já está tão desenvolvida que se alguém fizer grandes ganhos nessa área é nos combustíveis utilizados. Agora na parte eléctrica é que estava o truque de certeza…
E sim, o Vettel claramente estava com mais dificuldades em conduzir o carro. Lembro-me de bloquear os pneus na curva 2 duas ou três vezes, bater no Sainz, etc.. Um fim de semana para esquecer para ele
“A velocidade nas retas está a ser afetada pelo arrasto, mas não é algo que abordaremos muito em breve…” Vindo de uma equipa ganhadora isto é um discurso completamente derrotista, o Binotto devia sair para o lugar que estava antes e deixar a chefia para quem sabe. Se ele também é o responsável técnico então é duplamente incompetente nos dois lugares que ocupa. Tanto o Leclerc como o Vettel andaram a lutar com o carro a corrida toda, traseira altamente instável, se o Leclerc ganhou o Euro milhões (fez por isso também) até mudarem o carro não vão ter essa… Ler mais »
Não acho o discurso derrotista. É um discurso que prepara as pessoas de que agora não há muito a fazer. Não acho derrotista porque é a realidade. Não há forma de ir tão atrás na concepção do carro agora. Estou curioso para ver silverstone, mas também spa e monza. Estas duas provas representam uma grande pressão para a Ferrari neste momento.
Pois… está aí o grande problema, o Binotto não teve a “habilidade” suficiente para fazer a correcção ao “conceito” do ano passado e exagerou… e agora não há nada a fazer … só resta dar um chuto no rabo do Binotto…
Em Monza vai ser “lindo”…
acho que em Silverstone no setor 2 e setor 3 se continuam a perder 1 segundo , com rectas e curvas feitas a fundo aí sim vai ser lindo!..
Derrotista pode ser uma palavra forte, aceito, mas é negativo de qualquer maneira, ainda para mais vindo do “Boss”. O Louis Camilleri já veio dizer que os updates previstos para a Hungria vão entrar já na Áustria esta semana, o que para mim revela que apesar do segundo lugar do Leclerc os alarmes soaram forte e feio na Ferrari.
Estas afirmações valorizam mais ainda o trabalho do Leclerc e deixam a nú, mais uma vez, as muitas debilidades do Vettel. Talvez o campeão do mundo com mais despistes e acidentes dos últimos 30 anos (dito assim para o ar).
Mostram também como o Norris foi pouco eficiente ou até negligente na defesa da sua posição com o Leclerc. Se tem sido tão aguerrido como foi com o Sainz, poderia ter tido um segundo lugar na Áustria.
também concordo, embora ele perdeu velocidade ao tentar ultrapassar o Perez, e o Leclerc beneficiou dessa luta e passou muito bem, alias o Leclerc fala no final isso
Resumindo, houve um erro na concepção base do carro e agora não podem fazer muito. A Ferrari precisa mudar algo profundamente. A Mercedes funciona melhor, tem mais funcionários, mas a Ferrari de si para consigo, ficou muito aquém do que esperava para si mesmo. Isto levanta uma série de problemas profundos. Não sei se o Binotto tem condições para reverter este ponto de situação.
Com o dinheiro que te dão por ano para orçamento fazes a merd do carro que fazes? Poem-te andar mas e!
https://youtu.be/9Q4XNlGQgOo
O que é de realçar é a excelente corrida de Leclerc, um “milagre” como diz e bem o artigo, que com este carro conseguiu um extraordinário 2º lugar.
Ainda mais se tivermos em conta o que fez o seu companheiro de equipa, que acabou a corrida no penúltimo lugar, apenas a frente do Williams do Latifi…
Cumprimentos