F1: Expectativa alta da Haas no início de 2023, contrastou com fecho de temporada “aquém das expectativas”

Por a 10 Janeiro 2024 18:12

As declarações de Benjamin Durand, diretor executivo da LKYSUNZ, estrutura cuja candidatura foi rejeitada pela FIA na análise para a possível entrada na Fórmula 1, quando afirmou que a Haas não veria a sua candidatura aprovada se estivesse a disputar a entrada na competição no mesmo momento da sua equipa e que qualquer um dos quatro projetos rejeitados, poderiam competir com a equipa norte-americana, são reveladoras daquilo que se passou em 2023 com a estrutura de Gene Haas. Uma equipa que, apesar de ter novos patrocinadores, tem dificuldades em investir e quando o fez, na temporada de 2023, os resultados não foram os melhores. Ainda para mais, analisando a especulação sobre a saída anunciada hoje de manhã de Simone Resta, o rumo a tomar no desenvolvimento do VF-23 não foi decidido pelo diretor técnico, mas sim por outros responsáveis, ficando “aquém das expectativas”, como salientou Nico Hülkenberg no final do ano passado. 

Quando é anunciada de surpresa a saída de um chefe de equipa, nunca é bom sinal. Pior, quando acontece seguido da saída do seu diretor técnico. Aconteceu recentemente com a Williams no final de 2022, entrando, primeiro, James Vowles e, por último, Pat Fry, e vimos como pode ter impacto na equipa. Neste caso foi positivo, mas há sempre a dúvida se a mudança durante o período mais importante no desenvolvimento do novo monolugar, trará melhores resultados. Até porque, parte do trabalho foi decidido, ou deverá ser, por quem acabou de deixar a equipa. Alguma alteração no monolugar que seja agora pensada, pode não ter qualquer utilidade na fase inicial da próxima temporada, faltando menos de um mês – ainda não sabendo quando acontece o evento da Haas – para as apresentações das equipas. 

Quando Hülkenberg disse ao Auto Motor und Sport que o desenvolvimento do monolugar da equipa, “ficou aquém das expectativas”, explicou ainda que “no início da época, ainda estávamos perto daquilo que pretendíamos, mas depois não conseguimos encontrar mais tempos por volta, especialmente na parte aerodinâmica. E isso foi o nosso problema no final da época. Foi por isso que terminamos em último”. Rumores que circulam sobre a possível causa da saída de Simone Resta da Haas, apenas dois anos depois da sua entrada na equipa, dão conta que o, agora antigo, diretor técnico queria ter aproveitado a base inicial do VF-23 do início da temporada, favorável em qualificação e com o mesmo problema do carro da Ferrari na questão da gestão dos pneus, mas os responsáveis da equipa – diz-se que o próprio Gene Haas – apostaram numa nova abordagem de conceito, indo ao encontro do RB19 da Red Bull. A ser verdade, percebe-se melhor as críticas do piloto alemão. 

A Haas entrou em 2023 com expectativas em alta, um pouco à semelhança da temporada anterior, mas voltou ao fundo da classificação geral do mundial de construtores. A Alfa Romeo/Sauber, uma das equipas adversárias nesta questão, não teve uma temporada fácil, mas o suficiente para ficar à frente dos norte-americanos, que têm uma forte ligação à Ferrari, não só no fornecimento dos motores. Por seu turno, a AlphaTauri entrou mal, pior do que a Haas, mas rumou para uma aproximação à Red Bull em termos de componentes do carro e teve uma reta final de ano muito forte, subindo ao oitavo posto. 

A Haas entra em 2024 sem o seu diretor técnico das últimas duas temporadas e sem o seu líder, passando Ayao Komatsu a estar ao leme da estrutura. O engenheiro é uma das principais figuras da equipa, mas conseguirá tirar a Haas do fundo da tabela classificativa?

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