F1: E se a Ferrari tivesse dado ordens de equipa?
Muito se tem falado da legitimidade da vitória de Sebastian Vettel no GP de Singapura. Afinal terá sido graças à táctica escolhida pela equipa que Vettel ficou com essa oportunidade de ouro, que não desperdiçou.
Mattia Binotto admitiu que a equipa ponderou a troca, para colocar Charles Leclerc na frente da corrida:
“Se pensamos em trocar? Sim,”, disse ele à imprensa no domingo à noite. “Pensamos que, naquela altura, pelo menos não era a melhor solução. Ainda agora estamos a discutir com nossos dois pilotos, se foi a escolha certa ou não. É algo sobre o qual internamente ainda podemos ter uma opção diferente ou discutir. Mas, sim, pensamos sobre isso, mas não o fizemos.”
“Tenho certeza de que ele [Leclerc] entenderá rapidamente o motivo da escolha”, acrescentou. “É importante para mim que ele esteja feliz também, feliz pela equipa – é uma dobradinha. Obviamente, para ele, é uma vitória perdida, mas talvez tenha sido o oposto na Bélgica”.
Teria sido justo a troca? Numa visão mais pessoal acredito que não. A Ferrari foi também forçada a trazer o Vettel mais cedo e o alemão fez uma volta de saída das boxes de grande nível. É injusto dizer que Vettel ganhou apenas por estratégia pois minimiza o trabalho que fez. Além disso a decisão foi forçada pelas circunstâncias (a paragem de Max Verstappen e a hipótese de poder passar Lewis Hamilton). Ou seja, ao trocarem estaríamos a perder alguma da verdade desportiva, se quisermos assim chamar.
E por fim, para quê trocar de lugar? À entrada para este GP, Leclerc estava a mais de 100 pontos de Lewis Hamilton. Não se pode considerar um claro candidato ao título. A troca viria arrasar ainda mais Vettel e a sombra do Nº2 seria cada vez mais intensa sobre o alemão, o que poderia precipitar a sua saída. A Ferrari não cometeu nenhum pecado e a insatisfação de Leclerc embora compreensível era apenas frustração do momento pois a justificação faz sentido. Ele fez o que a equipa pediu, tal como Vettel. As circunstâncias ditaram a vitória do alemão. Para a Ferrari foi um 1-2, o melhor resultado possível. A troca traria mais danos que benefícios. Leclerc teve direito a modos de potência superiores para tentar chegar a Vettel. Não é sempre que se pode elogiar a estratégia da Ferrari mas desta vez fizeram o que se exigia… e por acaso deram uma injecção de ânimo a Vettel.
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