F1: E se a Ferrari apostou no conceito errado?
A Ferrari voltou a mostrar-se abaixo das expectativas em Barcelona. A Scuderia ficou fora do pódio e mais uma vez mostrou estar a alguma distância da Mercedes.
Na primeira prova europeia, onde a Ferrari introduziu melhorias a nível do motor e da aerodinâmica do carro, esperava-se que as distâncias para a Mercedes diminuíssem, mas a Ferrari viu a Red Bull chegar-se à frente, e não teve resposta para o andamento da Mercedes.
O problema poderá estar no conceito adoptado este ano pela Scuderia. A equipa italiana apostou na velocidade pura ao invés de apostar num carro com mais apoio aerodinâmico. O resultado em Barcelona foi claro… a Mercedes dominou e a Ferrari perdeu tempo nas secções sinuosas. É chegada a altura de fazer a pergunta que ninguém queria fazer nesta fase… terá a Ferrari apostado no conceito certo?
Para já a Ferrari não tem resposta, mas terá de chegar a uma conclusão rapidamente para ter ainda alguma esperança de dar a volta a este cenário.
“Estamos a perder muito em cada curva”, disse Binotto. “Há bastante subviragem. Se é apenas falta de downforce ou mais do que isso? É algo que precisamos analisar e entender. Qualquer conclusão hoje será errada. Vai demorar alguns dias para realmente ter uma análise adequada e tentar entender: é uma questão de equilíbrio, é uma questão de downforce, ou talvez seja mesmo o conceito de carro? Eu não sei. Acho que não temos a resposta.”
Quando confrontado se seria um desastre se a equipa descobrisse que o conceito escolhido estava errado, Binotto respondeu: “Eu não acho que seja um desastre quando melhoramos como equipa. E como eu sempre digo, nós somos uma equipa jovem, estamos ainda a aprender.”
“Eu acho que em termos de processo e metodologia ainda há muito a aprender e eu estou muito feliz neste momento em que a equipa está a melhorar. Se é um um problema de conceito, obviamente depende, mas eu acho que há coisas que podemos resolver durante a época. “
A aposta numa aerodinâmica mais voltada para a velocidade de ponta ou velocidade em curva tem sido uma das questões fundamentais da escolha das equipas. A Williams usou com sucesso o conceito de mínimo arrasto nos primeiros anos da era turbo-híbrida. Mas o conceito esgotou-se rapidamente e deixou de dar os resultados desejados. Pelo contrário a aposta em velocidade nas curvas tem dado mais frutos. Basta ver a Mercedes ou até a Red Bull que têm tido mais sucesso usando esta via. Será que a Ferrari fez a escolha certa?
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