F1: Dúvidas continuam a pairar sobre o GP da Grã-Bretanha

Os últimos tempos têm sido de avanços e recuos no que diz respeito ao(s) GP da Grã-Bretanha. Ainda existe a possibilidade do event não se realizar.

Está tudo nas mãos do governo britânico. Os responsáveis de Silverstone têm estado em contacto com os membros do governo afim de poder ter luz verde de forma definitiva mas as restrições à circulação poderão ser uma pedra no sapato para a F1.

O acordo entre a F1 e Silverstone foi alcançado e ficou apenas a faltar a aprovação do governo britânico que parece relutante em excluir da regra dos 14 dias de quarentena a pessoas que venham de fora do pais, os envolvidos em eventos desportivos, incluindo a F1.

Se essa quarentena for imposta e os desportos não forem exceção, então o GP da Grã-Bretanha poderá não acontecer. Embora sete equipas estejam sediadas no Reino Unido, Alfa Romeo, Alpha Tauri, Ferrari e Pirelli têm as suas bases em Itália, sem esquecer pessoal da Honda que poderá ter de vir do Japão. E sendo a F1 um desporto global, não é surpreendente que muito do seu staff tenha proveniência de outros países. Os 14 dias de quarentena seriam a machada final das esperanças de receber a F1. Além do mais, essa regra obrigaria o staff das sete equipas de F1 sediadas na Grã Bretanha a fazer 14 dias de quarentena no seu regresso a casa, o que pode colocar também em causa a época 2020 tal como está a ser planeada, ou obrigaria as equipas a ficar longe de casa por um largo período de tempo para evitar esse contratempo.

O The Sun, da Grã-Bretanha, informou na segunda-feira à noite que Oliver Dowden, secretário de estado para o Digital, Cultura, Média e desporto, concordou em apoiar as isenções – mas a sua decisão foi indeferida por ministros do departamento de saúde e gabinete, com apenas motoristas de camiões e diplomatas a serem terem isenção de quarentena

O jornal citou uma fonte de Downing Street dizendo que “uma decisão final não foi tomada – mas queremos que o regime seja robusto”, acrescentando que as regras serão revistas a cada três semanas.

“Tratam-se de equipas estrangeiras que vêm para o Reino Unido, mas também de equipas britânicas que vão e voltam para as suas casas ”, afirmou Stuart Pringle, responsável por Silverstone, à Sky F1.

“Portanto, é preciso haver soluções robustas e soluções que atendam não apenas os requisitos deste país, mas também de outros países no campeonato, porque não haverá um campeonato se o único local em que a F1 pode correr for a Grã-Bretanha. .

“É preciso haver uma solução que funcione como um todo. Sei que há uma enorme quantidade de trabalho nisso, sei que há muito desejo de todos em encontrar uma solução viável e ainda há algum tempo. Tenho grandes esperanças de que essas soluções sejam encontradas. ”

Hockenheim tem sido dada como pista “suplente” caso Silverstone não possa receber a F1 e o Autódromo Internacional do Algarve é também referido como solução para este problema.