F1: Corridas poderão não ser canceladas se houver casos positivos de Covid-19

Por a 6 Maio 2020 10:00

O Professor Gérard Saillant, chefe da comissão médica da FIA, afirmou que caso seja encontrado um caso positivo de Covid-19 no paddock, tal poderá não afetar o desenrolar das provas.

Na primeira e única deslocação da F1 em 2020 para um GP, em Melbourne, o espetáculo teve de ser terminado pois alguns membros do staff da McLaren testaram positivo para a Covid-19, o que levou ao cancelamento da prova.

Se este cenário se repetir quando a F1 voltar às pistas, o cancelamento da prova não estará previsto, segundo afirmou Saillant:

“A situação evoluiu desde a Austrália”, disse o francês de 75 anos ao L’Equipe. “Forneceremos um dispositivo de resposta rápida para confirmar o diagnóstico, isolar e testar pessoas que estiveram em contato com um caso positivo. Para mim, o Grande Prémio não seria cancelado. É como se me estivesse a dizer que o metro está fechado porque um passageiro teve um diagnóstico positivo.”

Com os planos para cada país provavelmente diferentes, Saillant disse: “O que acontecerá na Áustria pode ser diferente do que acontecerá na Alemanha ou na Hungria. Cada país tem regulamentos diferentes, e a situação do circuito, dos hotéis, também influenciarão essa regra de confinamento. Se a pista está num descampado é diferente do que numa cidade.”

“Singapura ou Vietname teriam uma organização médica completamente diferente se tivessem um grande Prémio para organizar agora. O governo de Singapura poderia forçar todo o paddock a ficar isolado por quinze dias antes de podermos ter acesso à pista.”

“Para a Áustria, é diferente. O país está a emergir da crise que, em casa, tem sido relativamente moderada.”

Com até 2.000 pessoas a estarem associadas a um grande prémio fechado, Saillant afirma que as verificações regulares deverão ser feitas por um teste de PCR ou de temperatura, enquanto o pessoal em risco poderá não viajar.

“Todas essas precauções deverão permitir entre 1.000 e 2.000 pessoas dentro do circuito, para as quais serão tomadas medidas máximas”, disse Saillant.

“E se eles saírem do circuito, de acordo com regras muito rígidas [mesmo autocarro, mesmo lugar, mesmo hotel], repetiremos os testes a uma taxa que ainda será definida pelas autoridades locais e pela OMS”.

Quanto ao número de pessoas potencialmente necessárias para os testes, Saillant disse: “No momento, estamos a fortalecer uma grande parceria com a Cruz Vermelha Internacional para ter, além da cobertura médica habitual, pessoal especial para a COVID. Mas os testes praticados hoje podem não ser os mesmos em julho. Fala-se cada vez mais em testes de saliva mais rápidos para evitar imobilizar 1.000 pessoas, com kits cujos resultados demoram apenas alguns minutos”.

O responsável da FIA admitiu que poderá ser implementada uma app que permitirá perceber melhor quem esteve perto de um possivel infetado:

“Estamos a trabalhar com o departamento jurídico para estabelecer, de forma voluntária, uma app que permita saber qual o contato foi feito, a menos de um metro de distância, com alguém positivo”.

Estas medidas pretendem assegurar a segurança de todos os que estejam na famosa biosfera que Ross Brawn referiu, uma espécie de comunidade à parte do pais que recebe as provas e que assim deverá minimizar fontes de contagio para os intervenientes nas provas e os anfitriões.

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jem
jem
3 anos atrás

O problema é se acontecer alguma coisa nos pilotos. Os outros são “carne para canhão”. E se até vão ter suplentes, poderá não ser necessário interromper nada. Nos pilotos é que não há suplentes, salvo se o piloto-reserva poder ser usado em qualquer momento.

jem
jem
Reply to  jem
3 anos atrás

Queria dizer “puder”.

gearless02
gearless02
3 anos atrás

Continuam os churrilhos de asneiras sobre infecciologia… com que então, testes de temperatura… fantástico!
Mas não digo mais nada, porque há aqui uma série de colegas foristas mais inteligentes e espertos que vos explicarão o porquê da medição da temperatura não servir.
Também já falei do problema dos pilotos, mas a coisa não correu bem…

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
Reply to  gearless02
3 anos atrás

Sim, o teste de temperatura não serve para nada neste momento, só para isolar possíveis casos suspeitos que tenham sintomas. O problema é que há N casos assintomáticos e esses são o verdadeiro problema desta pandemia… Assim que só com testes de sangue é que lá vão. Sem isso será uma falsa segurança. Porque o caso dos assimtomáticos volta a estar reforçado por um caso em França. Aparentemente as autoridades Francesas descobriram que podem ter tido o seu primeiro caso no país em… 27 de Dezembro. Pois é. Voltaram a testar 24 amostras recolhidas em Dezembro de pessoas com sintomas… Ler mais »

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
3 anos atrás

E se uma equipa tiver vários casos positivos? Porque se um for infectado e antes de ser testado infectar outros… Está o caldo entornado.

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