F1, Carlos Sainz: “Documentário da Netflix mostrou uma faceta mais verdadeira dos pilotos”

Por a 9 Abril 2019 14:40

O Drive to Survive da Netflix foi um sucesso, tendo agradado quer a fãs da modalidade quer a pessoas que não seguem a F1.

O segredo do sucesso é simples… mostrar os bastidores da F1. As lutas pessoais, os dilemas e o carácter dos pilotos foram o maior destaque da série e foi mesmo isso que agarrou as pessoas ao ecrã. No fundo pudemos ver um pouco mais da verdadeira faceta dos pilotos, algo que faz falta na F1.

Quando se compara a F1 dos anos 70 ou 80 com a F1 actual, as diferenças são tais que qualquer comparação se torna injusta. Mas ainda assim tentamos por vezes encontrar pontos de comparação e não é raro ouvir, “antigamente é que era”. Provavelmente a maior diferença para essa altura é a postura dos pilotos. A postura de estrelas de rock, sem medo de dizer o que pensam, uma postura impensável hoje em dia.

Carlos Sainz falou disso mesmo:

Hoje em dia, os pilotos tem de ter muito cuidado com o que dizem na TV”, disse ao Motorsport.com. “Há tanto dinheiro, e tantos patrocinadores envolvidos, que temos de ser cuidadosos com o que dizemos. Eu acho que o documentário da Netflix foi uma boa maneira de nos mostrarmos um pouco, fora daquele ambiente, e mostrarmos um pouco mais do que somos na realidade. Se as pessoas gostarem, perfeito. Se não, azar. Mas é isso Eu sou assim”.

“Muitas pessoas olham para os anos 70 e 80, quando os pilotos entravam na motorhome de outro piloto e davam um soco. Muitas pessoas na Fórmula 1 olham para esses tempos com nostalgia. Acho que temos de trabalhar para tornar os pilotos as estrelas, deixando que as personalidades se revelem, mas sempre respeitando a quantidade de dinheiro e quantidade de pessoas que nos patrocinam e que acreditam em nós. Devemos encontrar o equilíbrio certo. É difícil de encontrar, mas devemos preocupar-nos com isso. “

Na verdade o sucesso de qualquer desporto depende muito dos atletas que lá competem. E a F1 tem a ganhar se os pilotos deixarem a formatação do atleta de alta competição e do “team player”. O confronto Hulkenberg vs Magnussen é apenas uma amostra do que podemos ter. A luta Hamilton vs Rosberg foi intensa e apaixonante. A postura de Verstappen é alvo de ódio e paixões, tal como a de Hamilton. Mas quanto mais genuínos forem os pilotos mais os fãs irão reagir. A F1 precisa de mais emoção dentro de pista, mas também fora dela. Não será necessário chegar a extremos, mas estamos perante os melhores do mundo, e cada um subiu a pirâmide à sua maneira, moldando o seu carácter. Se pudermos conhecer um pouco mais da verdadeira faceta destes pilotos talvez a F1 ganhe uma dimensão ainda maior. Porque apesar da tecnologia, dos regulamentos e das estatísticas, os pilotos serão sempre as maiores estrelas e sem eles o espectáculo deixa de fazer sentido.

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