F1: As “outras” lutas no final desta época

Por a 25 Novembro 2021 13:15

Quem será o próximo campeão do mundo de F1? Uma questão que durante tanto tempo, por esta altura, já teria sido respondida mas que este ano teima em manter-nos em suspenso. O duelo Max Verstappen vs Lewis Hamilton tem proporcionado um espetáculo tremendo, mas há outras lutas que merecem ser destacadas e que se decidirão nas últimas duas corridas do ano.

Quem leva a medalha de bronze?

Se a luta pelo primeiro lugar continua em aberto, a luta pelo último lugar do pódio também. Lando Norris foi o primeiro protagonista desta luta, com Sergio Pérez por perto, mas a segunda metade menos conseguida da McLaren tirou o jovem britânico deste confronto, entrando em cena Valtteri Bottas. O finlandês teve uma primeira metade de época de altos e baixos, mas melhorou o ritmo a que foi marcando pontos na segunda metade, subindo ao terceiro lugar no GP dos Países Baixos, não largando a posição desde então. Mas Pérez subiu a fasquia desde o GP da Rússia e tem-se aproximado do último lugar do pódio. A diferença entre ambos é de apenas 13 pontos. A sua responsabilidade neste momento é de facilitar a luta pelo título dos seus colegas de equipa e trazer o máximo de pontos para casa para o campeonato de construtores. Não é certamente a tarefa mais aliciante da F1, mas um terceiro lugar num campeonato tão competitivo quanto este é sempre louvável. Bottas já foi vice-campeão em 2019 e 2020 pelo que o terceiro lugar não traria nada de mais a não ser uma despedida digna da Mercedes, mas para Pérez seria o melhor resultado de sempre, ele que foi quarto classificado em 2020. Quem leva a melhor nesta luta?

O muito disputado quinto lugar

A luta pelo quinto lugar está ao rubro e envolve dois pilotos da Ferrari e um piloto da McLaren. Lando Norris foi durante grande parte da época o piloto em destaque nesta luta, ele que andou a bater-se pelo terceiro lugar, mas o abaixamento de forma da McLaren fez o jovem britânico cair para a luta pelo quinto lugar, onde tem perdido terreno para Charles Leclerc e Carlos Sainz. A melhoria de forma da Ferrari desde o GP da Rússia foi clara e ambos os pilotos da Scuderia têm amealhado muitos pontos. Se a diferença entre Norris e Sainz era de 26.5 pontos por altura da prova russa, a diferença é agora de apenas 7.5. Leclerc conseguiu recuperar ainda mais terreno e se a diferença entre Leclerc e Norris era de 35 pontos no GP da Rússia, à entrada para as duas jornadas decisivas a diferença é de… um ponto. A McLaren perdeu fulgor, mas provou no Qatar que ainda tem argumentos para se bater com a Ferrari, que é clara favorita neste momento. Assim o quinto lugar poderá sorrir a um piloto vestido de vermelho, mas se Norris conseguir segurar o quinto posto seria um prémio merecido pela evolução que evidenciou este ano.

Oitavo poderá ser prémio de consolação para três pilotos

Não é a luta mais entusiasmante deste campeonato mas pode ser um prémio de consolação para os envolvidos. Daniel Ricciardo ocupa a oitava posição e em teoria deveria estar a lutar por lugares mais acima, mas uma época pouco conseguida do australiano com dificuldades de adaptação ao seu novo carro deixaram Ricciardo longe das lutas onde pode e deve estar. Assim, resta-lhe segurar o oitavo lugar mas não será tarefa fácil. O #3 não pontua há três corridas e viu Pierre Gasly e Fernando Alonso aproximarem-se. No último GP em que Ricciardo pontuou (EUA) a diferença para Gasly era de 31 pontos, mas com esta série de maus resultado do piloto McLaren, Gasly aproximou-se e está agora a 13 pontos do oitavo lugar. Alonso está a 28 pontos de Ricciardo, mas já esteve a 47 no arranque desta jornada tripla que foi madrasta para o #3 da McLaren. Em condições normais, Ricciardo deverá manter o lugar, mas quer Gasly, quer Alonso têm todo o interesse em roubar o lugar.

Nas restantes posições, Esteban Ocon tem o 11º lugar aparentemente garantido, mas Sebastian Vettel está a 17 pontos do francês, sendo que nesta zona da tabela a única luta de interesse deverá ser a de Vettel com o seu colega de equipa Lance Stroll, com uma diferença de nove pontos entre ambos. Ainda outra luta que teoricamente não terá grande interesse é entre Yuki Tsunoda e George Russell pelo 14º posto. Tsunoda não pontua desde o GP dos EUA, mas tem um carro muito melhor que Russell. Mas se o britânico sacar mais um “milagre” pode até passar o japonês que está “só” a quatro pontos. 

Há assim muitos pontos de interesse neste fim de época. As atenções estão todas voltadas para  a luta pelo título, mas no segundo pelotão há ainda muito por decidir. 

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