F1: Alguém conseguirá dar a volta à Williams?

Por a 18 Março 2019 12:01

A Fórmula 1 tem

o seu olhar sobre o horizonte do futuro, o passado dificilmente torna um carro

mais rápido, mas ainda assim as equipas tradicionais lembram-nos os quase

setenta anos de existência da categoria. Ver uma equipa como a Williams em

dificuldades é angustiante para grande parte dos adeptos, que gostariam de a

ver a lutar pelas posições cimeiras. Será que conseguirá dar a volta e

regressar aos dias de competitividade?

Há trinta anos

a equipa fundada por Frank Williams iniciava as bases para um dos seus períodos

de sucesso mais duradoiros. A associação com a Renault começava precisamente há

30 anos, em 1989 e se as primeiras duas temporadas foram pouco frutíferas, 1991

começava a dar os resultados técnicos para que o seu domínio que entrou em

força em 1992 com os ‘carros ativos’ e que esmagaram a concorrência em duas

temporadas consecutivas.

A força

competitiva manter-se-ia até 1997, até ao abandono da Renault, conquistando

mais quatro títulos – dois de pilotos, com Damon Hill e Jacques Villeneuve, e

dois de construtores.

Hoje a Williams

está na posição diametralmente oposta – foi a equipa menos competitiva em 2018

e, quando se esperava que nada pudesse correr pior, não conseguiu terminar o

seu monolugar a tempo de participar nos dois primeiros dias e meio dos testes

de Inverno deste ano, falhando a mais de vinte e cinco porcento da campanha de

ensaios da pré-temporada, o que a deixou na difícil posição de ser a menos bem

preparada para o início da época. O que se viu em Melbourne, foi apenas o

reflexo disso mesmo, com George Russell a terminar a duas voltas do vencedor e

Robert Kubica, a três. Em termos de performance pura, George Russell registou 1m24.360s

na sua melhor volta na qualificação, face aos 1m26.067s de Robert Kubica. Lewis

Hamilton fez a pole com 1m20.486s. Quase quatro segundos para Russell, 5,5s

para Kubica. É uma enormidade…

Foi desesperante ver a Williams a alterar o seu plano para a primeira bateria

de testes de Barcelona quase hora a hora. Na segunda-feira a equipa de Grove

não sabia, sequer, estaria pronta para quarta-feira. “Parece ser certo que não

estaremos em posição de rodar em pista antes de quarta-feira. Isto é,

obviamente, extremamente desapontante, mas infelizmente é a posição em que

estamos. Colocaremos o FW42 em pista o mais cedo possível”, afirmava então

Claire Williams.

Esta incerteza

demonstrada quanto ao momento em que a equipa teria o seu carro pronto,

evidencia o quão perdida está tecnicamente, o que poderá ser um mais presságio

para a temporada que se avizinha. Esta situação poderia ser vivida devido a um

plano de desenvolvimento demasiado agressivo, mas segundo diversos rumores, o

atraso na construção do FW42 deveu-se a prazos demasiados apertados para os

fornecedores da equipa, que mostraram ser impossíveis de concretizar.

Esta situação

já teve consequências, com a ‘ida de férias’ de Paddy Lowe, que oriundo da

Mercedes, é o director técnico, e acionista, da Williams. Segundo os mesmos

boatos que circularam, o inglês terá colocado o seu lugar à disposição, possibilidade

que não foi desmentida pela formação de Grove.

Pelas mãos de

Robert Kubica e George Russell, o Williams FW42 Mercedes tem evidenciado uma

boa fiabilidade, mas com o atraso de desenvolvimento face aos seus adversários,

é difícil tirar qualquer conclusão, neste momento. Não há desculpas e Lowe

dificilmente manterá o seu lugar, saindo pela porta pequena, depois de ter sido

visto como um dos mentores do sucesso de que a Mercedes ainda hoje goza.

Depois de uma

temporada que marcou apenas sete pontos, esta temporada terá de somar

obrigatoriamente mais para fugir ao último lugar do Campeonato de Construtores

e poder iniciar o progresso que nos recordará da equipa que, há trinta anos

lançou as bases para o maior período de sucesso da sua história. Caso

contrário, a Williams corre o risco de se assumir definitivamente como apenas

uma sombra do seu glorioso passado, ao estilo da Tyrrel ou da Lotus…

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
10 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
últimas FÓRMULA 1
últimas Autosport
formula1
últimas Automais
formula1