F1, Adrian Newey: “Os carros devem ser leves e focados na eficiência aerodinâmica”

Por a 15 Março 2022 12:30

Quando Adrian Newey fala sobre carros de F1, o melhor mesmo é estar atento pois poucos saberão mais sobre o tema. O Diretor Técnico da Red Bull falou sobre os novos carros, as suas caraterísticas e não pareceu muito entusiasmado.

Em entrevista ao RacingNews365.com, Newey não pareceu muito convencido das soluções encontradas para facilitar as ultrapassagens e criticou o peso dos novos monolugares:

“Penso que o princípio de tentar ajudar a ultrapassar, reduzindo a sensibilidade do carro perseguidor é… bom”, disse Newey. “Vai ajudar um pouco nas ultrapassagens. Não será uma mudança significativa, mas ajudará um pouco. Acho que havia outras formas de o fazer, digamos”, salientou ele.

“Esta é, na realidade, a maior mudança aerodinâmica que tivemos desde que os carros com Efeito Solo foram proibidos, em 1982. Uma mudança tão grande na regulamentação, inevitavelmente traz consigo outras mudanças, provavelmente as diferenças entre equipas serão maiores nas primeiras épocas.”

Newey lamentou que a F1 tenha aumentado o pesos dos carros, uma vez que ainda há uma hipótese de corrigir isso e dar aos carros uma dieta para o futuro:

“A realidade é que agora temos carros que têm mais de 900 quilos de peso na linha de partida, por isso estamos muito pesados. Em poucos anos, o limite de peso passou de seiscentos (quilos), carregando 30 ou 40 quilos de lastro, para agora carros que pesam 880 (quilos), e estamos todos a trabalhar como loucos para tentar chegar ao limite de 795 (quilos). Assim, os carros ficaram maiores e mais pesados e, aerodinamicamente, menos eficientes, com muito arrasto. É uma pena que a Fórmula 1 tenha ido nessa direção, porque neste momento há a oportunidade de ir pelo caminho oposto”, lamentou Newey.

“Esta direção é a mesma da indústria automóvel”, salientou ele. “Toda a gente conduz carros maiores, mais pesados, mais largos, e depois as pessoas estão obcecadas se o carro é a bateria ou a gasolina. O maior problema é a quantidade de energia necessária para mover o veículo, independentemente da origem dessa energia. Ninguém fala desse problema e os grandes fabricantes de automóveis não o querem fazer. Penso que os carros de F1 devem ser leves e focados na eficiência aerodinâmica”, insistiu Newey. “Ninguém parece estar a falar sobre a quantidade de energia que é utilizada para mover o veículo. Assim, de forma bastante ridícula neste momento, os fabricantes obtêm uma dispensa se fizerem o seu carro maior e mais pesado, em termos das suas emissões de CO2 como fabricante. Qual a lógica ?”

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6 comentários

  1. Rui Sousa

    15 Março, 2022 at 15:35

    O meu pai comprou um Opel Vectra 1.4 a gasolina em 1992 (que depois eu “herdei”). Pesava 990 kg e gastava 6,5 l/100 km. Se puxasse muito por ele e carregado, podia gastar 8 l/100 km. A carburadores, tinha apenas ignição electrónica. Pneus 175/14. Cx 0,29
    Trinta anos depois, um carro equivalente (o Astra) pesa mais 400 ou 500 kg e tem consumos iguais.
    Todos os ganhos em eficiência no motor foram perdidos no aumento de peso, nos pneus de tractor que se usam hoje em dia e numa aerodinâmica que geralmente não é melhor.
    O peso nos carros é uma pescadinha de rabo na boca. Aumenta-se 50 kg, então é preciso um motor mais potente (e pesado). Como tem mais potência, precisa de pneus e travões maiores. Com isso, o peso já subiu 100 kg, então é preciso um motor mais potente…

    • Kadu

      16 Março, 2022 at 13:25

      É preciso ter atenção em vários aspetos, neste exemplo de carros de estrada.
      Os carros não ficaram maiores só por ficar. Há uma razão que para o qual quando conduz o Opel Vectra ou Astra, a condução seja diferente:
      Aumentou-se a segurança, a começar pelos pilares A . Os teste de embate que se fazia antigamente não tem nada haver com os de hoje, e muito provável só lembram nestes aspetos quando se tem um acidente. O choque é apenas um ponto! Poderia estar a falar da suspensão, da aderência (pneus e sistema de tração), do isolamento acústico, do sistema de travagem (discos e abs e outros), da transmissão, etc!
      Os motores atuais de estrada têm uma eficiência térmica na ordem dos 25%. E os de antigamente? Nem chegam aos 20%… Quanto aos consumos que se diz ser em cidade, a medição realizada atualmente é diferente! Portanto para se fazer juízo sobre os consumos de carros de épocas diferentes e com medições de consumo em CONDICOES DIFERENTES, é haver ao menos ao equivalência.

      Portanto mesmo que os carros atuais estejam a ter consumos iguais/ superiores dos antigos, há todo um pack que é transportado e que se está a esquecer.

  2. alfa

    15 Março, 2022 at 15:38

    Devem ser leves????? Então o redbull não pesa tanto como um hipopótamo…..🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣…agora estou na duvida de quem fez o projecto????

  3. RedDevil

    15 Março, 2022 at 19:30

    Esta RB é um molho de incongruências e equívocos…
    Há 1 semana era para aumentar o peso mínimo…
    Um dos grandes responsáveis por aumentar o tamanho dos F1 (foi de 4,5/4,6m para 5,7/5,8m… foi exactamente este senhor que queria ter as melhores condições para explorar a aero…

  4. José

    16 Março, 2022 at 14:59

    Já dizia um engeneiro do ramo que produzir carros que pesam mais de uma tonelada para transportar diariamente um passageiro de 70kg não parece fazer muito sentido 😀

  5. [email protected]

    16 Março, 2022 at 18:40

    liga ao Masi k ele orienta-te isso ó newey😉

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