F1: Jules Bianchi deixou-nos há oito anos

Por a 17 Julho 2023 13:03

Na manhã de 5 de Outubro de 2014 os fãs de F1 levantaram-se mais cedo para ver um dos GP mas desejados do ano. A pista de Suzuka sempre nos deu grandes corridas, mas naquele dia o espetáculo tornou-se tão sombrio quanto as nuvens que pairavam sobre o circuito.

Era apenas mais um acidente. Adrian Sutil tinha perdido o controlo do seu Sauber, que estava a ser recuperado por um trator. As condições da pista eram difíceis e a luminosidade também já longe da ideal. Na volta 43 um Marussia perdeu o controlo na curva 7, a mesma onde o trator tentava retirar o carro de Sutil. O embate foi violento e de consequências trágicas. O novo menino bonito da F1 ficava entre a vida e a morte.

Jules Bianchi, passo a passo, foi conquistando o seu espaço no grande circo. Considerado o novo diamante da F1, ganhava experiência na Marussia enquanto o seu mais que provável lugar na Ferrari aguardava por ele.

Nessa tarde chuvosa em Suzuka, a tragédia voltou a abater-se sobre a F1. O resultado da corrida deixou de ter interesse, a competição ficou para segundo plano… as atenções viraram-se para a luta de Jules Bianchi pela sua vida, uma luta que meses mais tarde, a 17 de julho de 2015 acabou por perder.

Ainda hoje Bianchi é recordado por muitos dos pilotos da grelha e o seu talento respeitado por todos os que contra ele competiram. Bianchi deixou-nos cedo demais, sem mostrar tudo o que poderia ter feito. Provou no Mónaco, palco onde apenas os melhores triunfam, que tinha capacidade para voar alto. Mas queríamos ter visto mais e ele merecia ter mostrado mais.

O seu acidente levou a uma reflexão profunda e resultou na introdução do Halo que, ironia do destino, evitou ferimentos graves ao seu afilhado, Charles Leclerc, que se tornou numa das estrelas da Ferrari e do futuro da F1… o caminho que ele também deveria ter trilhado.

Bianchi teve uma carreira curta, mas suficiente para provar ao mundo o seu talento. O seu nome ficou inscrito na F1 não só pela tragédia, mas por ter sido um dos primeiros prodígios desta nova geração a mostrar que a F1 tem um futuro risonho pela frente. E é assim que merece ser relembrado.

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