F1 2022, Pat Symonds: “Produzimos à volta de um Petabyte de dados”

Por a 15 Julho 2021 18:00

A F1 é um mundo de números, por vezes incrivelmente grandes, por outro tão pequenos que as mentes menos treinadas têm dificuldades em entender. Foi preciso analisar muitos números para que os engenheiros responsáveis por este projeto pudessem chegar às formas finais deste carro.

Pat Symonds, diretor técnico da F1, revelou um pouco do que foi feito e a quantidade de trabalho necessária para chegar até esta proposta:

“Começamos este desenvolvimento em 2017 e por isso acredito que demoramos mais tempo a chegar ao conceito, do que em qualquer outro carro na F1. A aerodinâmica nas equipas é desenvolvida por três vias, usando CFD, usando o túnel de vento  e o carro em si. Como não tínhamos o último, focamo-nos muito no trabalho de CFD e complementamos com trabalho no Túnel de vento. O CFD usado é muito mais sofisticado do que as equipas usam e fomos capazes de o fazer graças aos nossos parceiros da AWS, que nos permitiram poupar 70% do tempo que seria necessário em relação ao que estávamos a fazer inicialmente. O nosso projeto CFD usa mais de 1150  núcleos de computadores e usamos mais de 550 milhões de pontos de onde adquirimos dados em cada modelo que usamos. Fizemos 7500 simulações desde que começamos é o equivalente a 16 milhões horas de processamento. Para colocar isso num contexto mais compreensível, se fizesse este trabalho num PC sofisticado de 4 núcleos de processamento demoraria 471 anos para terminar o que fizemos no desenvolvimento deste carro. Produzimos também uma quantidade significativa de dados, a volta de um Petabyte (1 milhão de gigabytes), cerca de um terço dos 10 mil milhões de fotos armazenadas no Facebook.”

A sustentabilidade foi uma palavra muito ouvida na apresentação. Além da já elevada eficiência dos motores, a F1 pretende assegurar-se que os seus combustíveis seguem um caminho que permita reduzir o impacto dos motores de combustão:

“Estamos a fazer muito ao nível da sustentabilidade, quer nos eventos, quer nos carros e especialmente nos combustíveis. Como sabem, há já algum tempo que é regulamentado que os combustíveis tem 5.75% provindos de fontes biológicas, mas por alguns motivos essa percentagem tem-se desviado do que gostaríamos que fossem os combustíveis do futuro e temos investigado com o nosso parceiro Aramco soluções. Já temos motores que são incrivelmente eficientes e operam à volta de 50% de eficiência, facilmente os motores mais eficientes do mundo. O quer queremos agora é juntar aos motores mais eficientes, os combustíveis mais sustentáveis o que queremos ter em meados de desta década. Isto provará que para o ainda grande número de motores de combustão que existirão na década de 30, haverá uma solução sustentável. “

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
2 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
chicanalysis
2 anos atrás

Uma eficiência energética de 50% é algo extraordinário, fica a faltar pouco para atingir os valores dos motores elétricos que são superiores a 90% em qualquer carrito de estrada. Por outro lado é preciso não esquecer que os combustíveis biológicos é que são bons, principalmente os que se baseiam em óleo de palma, cujas plantações intensivas são responsáveis pela destruição de florestas e se apropriam de solos que poderiam ser usados para a produção de alimentos para tanta gente a quem faltam.

RedDevil
RedDevil
Reply to  chicanalysis
2 anos atrás

Essa comparação é inválida… são fontes energéticas diferentes… no mínimo, é necessário acrescentar a eficiência do processo transformador que fornece a energia eléctrica…
Antes de fazer estas comparações, é bom tentar entender o ciclo de Carnot e o rendimento máximo que a realidade permite…

últimas F1
últimas Autosport
f1
últimas Automais
f1
Ativar notificações? Sim Não, obrigado