F1: 10 lições do GP da Hungria

Por a 2 Agosto 2022 16:45

Na Hungria, voltamos a ter uma boa corrida e muitos motivos de interesse. Eis as 10 lições que retiramos da prova em Hungaroring:

Haas tremeu no fim de semana em que implementou atualizações

Apesar de Kevin Magnussen ter elogiado as atualizações da Haas, o resultado não foi o ideal. Mick Schumacher até terminou à frente de Magnussen e os efeitos práticos das atualizações não foram visíveis. O discurso do piloto dinamarquês é animador, mas em pista a performance ficou comprometida com um toque e depois disso a corrida ficou estragada. Será preciso mais corridas para confirmar a mais-valia dos upgrades.

McLaren saiu prejudicada com Daniel Ricciardo

O que é feito de Daniel Ricciardo? E esta pergunta que tem sido feita desde que entrou na McLaren e que se repete com mais veemência agora. Lando Norris tem mantido o nível, mas Ricciardo continua a não dar o que se espera dele. Ainda vimos um ou dois pormenores a lembrar os bons velhos tempos, mas o erro com Lance Stroll e a falta de andamento comprometeram a corrida e a McLaren, que apenas pontuou com um piloto. 

Aston Martin deu um pequeno passo em frente

A Aston Martin apresentou uma nova atualização, em especial na asa traseira, que pareceu dar resultado. Dois carros nos pontos, apesar de uma corrida atribulada é um sinal positivo. A equipa, passo a passo, vai encontrando o seu caminho e soluções para encontrar performance. O ritmo a que encontra essas soluções é ainda lento, mas pode ser importante para a próxima época, mais ainda agora com a chegada de Fernando Alonso, bem mais intransigente com as suas equipas.

Alpha Tauri e Alfa Romeo estão a “afundar-se”

As últimas corridas antes da pausa de verão foram francamente más para a Alfa Romeo e Alpha Tauri. Zero pontos e prestações que deixaram muito a desejar, além de alguns erros e azares terem complicado ainda mais a tarefa. A pausa chega na melhor altura para as equipas que perderam performance, depois de no início da época terem mostrado potencial para surpreender. 

Max Verstappen está com uma mão no título

A questão do título parece já arrumada. Com 80 pontos de vantagem, seria preciso uma catástrofe para que Verstappen perdesse a vantagem que conseguiu. A Ferrari tem ajudado a tarefa e o neerlandês não tem facilitado com prestações maduras e inteligentes. E nem os contratempos e problemas de fiabilidade da Red Bull impediram Verstappen de chegar a meio da época com uma mão na taça.

Hungaroring deu-nos nova corrida espetacular

Hungaroring é uma pista especial. No papel, tem tudo para dar corridas enfadonhas. Na realidade, não poucas vezes nos dá corridas interessantes de seguir. A pista não promove muitas oportunidades de ultrapassagem, mas estrategicamente costuma ser das mais interessantes e com isso o espetáculo ganha nova dimensão. No domingo vimos uma corrida com boas manobras, com vários pontos de interesse e um vencedor inesperado.

Limites de pista ainda são um problema

A questão dos limites de pista continua a ser problemática. Se antes era demasiado confuso, agora o rigor extremo com que se olha para essa questão também causa desconforto. Estamos melhor do que estávamos no passado e as regras agora são claras (na maior parte das vezes), mas talvez seja preciso haver bom senso de todas as partes.

Ferrari cada vez mais pressionada

A pausa de verão vem na melhor altura para a Ferrari. A coleção de falhas, erros e problemas já começava a ser demasiado grande e com três semanas longe do radar, a equipa poderá tentar recalibrar. Mas a Ferrari continua com alguns problemas do passado. Erros estratégicos por vezes difíceis de entender, decisões tomadas sob pressão. O pior inimigo da Ferrari está dentro de portas e enquanto a Scuderia não resolver de vez o problema da pressão exacerbada e não encontrar mecanismos para evitar erros, nunca conseguirá vencer.

Mercedes melhora a cada corrida

A Mercedes é a antítese da Ferrari. Uma equipa sólida, coesa, que ruma para o mesmo lado, sem medo de errar, de tentar. Graças a isso começam a sair do buraco onde se encontravam no início do ano. As prestações são cada vez melhores e a vitória deverá aparecer ainda este ano. Este foi o melhor teste à força da Mercedes e embora ainda não tenha superado todas as adversidades, tem dado provas que realmente é uma estrutura poderosa, mesmo nos maus momentos.

George Russell continua a impressionar

Lewis Hamilton parece estar de volta à “velha forma” e a sequência de corridas no pódio tem confirmado essa teoria. Mas nem por isso George Russell tem perdido protagonismo. Pelo contrário, o jovem britânico continua a mostrar bons pormenores e a sua primeira pole na F1 foi mais um sinal. Em todas as corridas que viu a bandeira de xadrez terminou no top 5, tem cinco pódios em seu nome e uma primeira metade de época ótima. Por certo esperava lutar por vitórias nesta fase, mas Russell confirmou aos responsáveis que foi a melhor opção para a equipa. 

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