Esteban Ocon: Um excelente ano na F1 e que promete ainda mais

Por a 29 Novembro 2017 12:40

Esteban Ocon foi das boas surpresas de 2017. O piloto escolhido pela Force India para substituir Hulkenberg mostrou capacidade e acima disso, perturbou o equilíbrio da equipa, que tendia claramente para Perez. A dupla Perez / Hulkenberg era das melhores da grelha mas a vantagem começava a pender para o mexicano e havia necessidade de dar um pontapé no ‘marasmo’ que se começava a instalar. A mudança do alemão para a Renault foi uma excelente jogada para o próprio e permitiu à Force India ter uma dinâmica completamente diferente com Ocon.

O francês, campeão europeu de Formula 3 e campeão no GP3, com uma curta passagem pelo DTM, estreou-se pela Manor e depressa conseguiu igualar o ritmo de Wehrlein. Foi, surpreendentemente, o escolhido para a vaga de Hulkenberg e não desiludiu com 87 pontos marcados este ano, contra os 100 do mais experiente Perez. Teoricamente, o mexicano foi melhor com 12-8 em corrida e 13-7 em qualificação, sempre a favor de Checo, mas não podemos esquecer que este foi apenas o primeiro ano a tempo inteiro de Ocon e que este deu uma excelente resposta em pista.

O francês foi dos mais consistentes este ano, falhando os pontos apenas por 2 vezes (apenas Hamilton e Bottas fizeram melhor neste capitulo). Mais que isso, esteve praticamente 3 anos sem abandonar, algo que aconteceu no Brasil (sem contar com o DTM). Esteve 26 corridas consecutivas a ver a bandeira de xadrez na F1 e não se pode dizer que andou com muito cuidado, pois os confrontos com o seu colega de equipa foram bem quentes.

Ocon teve de enfrentar um piloto já com 134 GP de experiência e 7 pódios. Perez é dos melhores da grelha e está agora um piloto muito mais maduro e ponderado do que era no início da sua carreira (é estranho não ter o seu nome mais vezes ligado a grandes equipas), mas que não gostou de ver a sua posição na equipa comprometida por um piloto jovem, acabado de chegar. Esteban esteve sempre por perto de Perez e foi graças a esta luta interna que a equipa conseguiu conquistar pela 2ª vez consecutiva o 4º lugar no campeonato de construtores. Foi esta luta interna que obrigou também os responsáveis da Force India a impedir lutas directas entre os dois colegas, que estavam a ficar cada vez mais difíceis de gerir. Mas foi um bom exercício para a equipa e até para os pilotos, que só evoluem quando são levados para fora da sua zona de conforto.

Ocon conseguiu o que qualquer piloto quer nos primeiros tempos na F1… causar excelente impressão e mostrar potencial para o futuro. Há obviamente coisas a melhorar, mas Ocon é agora olhado como um dos valores seguros da F1 para o futuro. Foi dos melhores deste ano e tem tudo para ser um dos grandes nomes da F1 que, dada a nova fornada de talentos, tem motivos para estar muito otimista quanto ao futuro.

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joaolima
joaolima
6 anos atrás

Já quando noticiaram a desistência de Ocon no Brasil fiz esse alerta mas não corrigiram e mantêm o mesmo erro aqui. Ocon não desistiu na sua 27ª corrida de F1 mas sim 28ª, tendo assim 27 corridas até à primeira desistência e não 26 (9 provas em 2016 e 18 em 2017. O Brasil foi a 19º da temporada). Recorde-se que este record pertenceu a Tiago Monteiro entre 2005 e 2013, com 16 corridas até ao primeiro abandono (curiosamente também no Brasil). Foi batido por Max Chilton em 2013, Chilton que estendeu o record em 2014 até desistir no Canadá,… Ler mais »

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