A Red Bull revela uma das partes mais críticas — e menos vistas — de um fim de semana de Fórmula 1: a incrível comunicação em tempo real entre o Pit Wall na pista e a Sala de Operações de Corrida, localizada, por vezes, a milhares de quilómetros de distância, na base em Milton Keynes.

Veja os bastidores enquanto engenheiros, estrategistas e analistas na base trabalham em perfeita sincronia com os seus colegas na pista para tomar decisões em frações de segundo que determinam os resultados da corrida.

Desde fluxos de dados em tempo real até à tecnologia que une continentes, este episódio revela como a boxe e a fábrica permanecem alinhadas quando cada milésimo de segundo é importante.

O papel estratégico da Sala de Operações

Atrás dos dois monolugares da Oracle Red Bull Racing em pista existe uma rede global de comunicação que converge num único ponto: a sala de operações (Ops Room) em Milton Keynes. É aqui que mais de 40 engenheiros, estrategas e analistas trabalham em tempo real para apoiar as decisões críticas tomadas no muro das boxes, muitas vezes a milhares de quilómetros de distância.

Enquanto no circuito o foco está na visão geral e na decisão final, a equipa na fábrica processa o detalhe. Com acesso a dados de telemetria, câmaras onboard e rádio de todos os 20 pilotos da grelha, estes especialistas funcionam como “olhos extra”, monitorizando incidentes, evolução da temperatura da pista e desgaste dos pneus dos rivais para alimentar os estrategas no local com informação precisa e filtrada.

A comunicação é instantânea através de canais de intercomunicação dedicados, permitindo que alertas sobre janelas de safety car, simulações de paragens ou escolha de pneus cheguem ao muro das boxes como se todos estivessem na mesma sala.

Monitorização técnica e preditiva

Para além da estratégia, a sala assegura a fiabilidade dos carros. Os engenheiros monitorizam em permanência a saúde dos sistemas — travões, motor, caixa de velocidades — e analisam a evolução térmica ao longo do fim de semana para definir a configuração ideal de refrigeração para a corrida.

Qualquer anomalia detetada, por exemplo após uma paragem nas boxes, é imediatamente comunicada ao engenheiro de corrida, que pode instruir o piloto a alterar modos de motor ou ajustar a condução para preservar a mecânica.

Esta operação remota, invisível para o público, é descrita pela equipa como vital para o sucesso, transformando dados brutos em vantagem competitiva e permitindo vitórias que dependem tanto da precisão em pista como da análise feita a milhares de quilómetros de distância.

A Sala de Operações da Red Bull Racing na F1: o centro nevrálgico em Milton Keynes

Destaques

Ativar notificações? Sim Não, obrigado