F1 2023, Análise às equipas: AlphaTauri
Foi o último ano da AlphaTauri, com este nome, e poderá ter sido também o último ano da equipa, seguindo a filosofia que levou à sua formação. O ano acabou com nota positiva, apesar das dificuldades ao longo do ano.
A Toro Rosso, depois AlphaTauri, foi pensada como uma incubadora de talentos para a Red Bull. Mas a morte de Dietrich Mateschitz e as mudanças na liderança da Red Bull obrigaram a mudanças na AlphaTauri. Grande parte da operação está a ser transferida para o Reino Unido, para estar mais próxima da Red Bull (com quem manterá uma colaboração técnica), o nome da equipa vai ser mudado para a próxima época e a filosofia de base da equipa poderá sofrer alterações. Já ficamos a saber que a abordagem na escolha de pilotos vai ser diferente, com a aposta num jovem talento e num piloto com mais experiência e os novos responsáveis da estrutura, Peter Bayer (CEO) e Laurent Mekies (diretor da equipa) tem planos mais ambiciosos do que serem apenas uma equipa B. Assim, poderemos ter visto um fecho de ciclo, com a saída de Franz Tost, timoneiro da operação desde o começo.
O ano começou com uma dupla de pilotos interessante, com Yuki Tsunoda e Nyck de Vries, com o último a não mostrar o que esperava e a ser dispensado a meio da época, para dar lugar a Daniel Ricciardo, que se lesionou na sua terceira corrida abrindo portas a Liam Lawson que cumpriu o sue papel na perfeição. Ricciardo regressou, mas até ao GP dos EUA, a Alpha Tauri tinha apenas cinco pontos marcados e era uma forte candidata ao último lugar. O monolugar nunca foi muito competitivo e a equipa teve dificuldades em encontrar o compromisso certo. Nos EUA, com a atualização ao pacote aerodinâmico, a equipa deu um salto competitivo surpreendente e em cinco corridas, marcou 20 pontos. Com o nível que apresentaram nas últimas corridas, facilmente poderiam ter ficado com o sétimo lugar, pois a Williams lutava apenas com “uma mão” (Alex Albon) enquanto a AlphaTauri tinha dois pilotos rápidos.
A Alpha Tauri tem todas as condições para ser uma boa equipa de meio da tabela. A dupla de pilotos dá garantias para 2024, a equipa faz habitualmente um bom trabalho técnico e recebe muita influência da Red Bull que neste momento é a melhor equipa a todos os níveis, e uma postura mais ambiciosa poderá levar a AlphaTauri (com um novo nome no futuro próximo) a repetir alguns sucessos do passado. Este ano foi duro, mas as últimas cinco provas deram esperança para uma época 2024 mais conseguida.
Nota AS
AlphaTauri – Nota 6