Porsche reage aos fortes rumores de saída do WEC e da IMSA
Apesar dos rumores que dão conta da possível saída da Porsche das suas participações no WEC e IMSA com o programa LMDh, o construtor alemão veio a público assegurar que ainda não foi tomada uma decisão oficial sobre o futuro, apesar da especulação crescente sobre possíveis cortes devido ao contexto financeiro adverso da marca.
Em declarações oficiais a vários meios europeus, Thomas Laudenbach, responsável pela Porsche Motorsport, confirmou que “ainda é cedo” para definir se haverá o fim de um dos programas de fábrica (WEC ou IMSA), afirmando que o anúncio só será feito quando a decisão estiver tomada. Como é óbvio!
Embora não haja confirmação, Laudenbach reconheceu que a Porsche enfrenta um “período difícil”, com queda nas vendas, tarifas de importação nos EUA e menor procura na China.
Portanto, neste contexto financeiro a estratégia pode mudar e depois do CEO da marca, Oliver Blume ter anunciado uma redução de 10% nos postos de trabalho até 2029 bem como o ajuste em ‘baixa’ das metas de vendas anuais para 250.000 unidades (menor que os mais de 300.000 de 2024), a recente saída da Porsche do índice DAX alemão gerou ainda mais pressão no contexto económico do fabricante teutónico.
Especulações e consequências
A decisão sobre manter ambos ou suspender um dos programas depende também do futuro da liderança executiva da Porsche, pois Blume deve concentrar-se no grupo VW, e o seu sucessor terá obviamente influência direta neste tema, pois será ele a ‘arcar’ com as consequências dessa decisão.
Voltando aos rumores, fala-se no fim do programa menos relevante mediaticamente (IMSA), que pode ser o alvo de um eventual corte, mas tendo em conta a crescente frustração da Porsche com o Balance of Performance (BoP) do WEC, abandonar o Mundial de Resistência pode não estar fora de órbita.
O cancelamento de um dos programas poderia representar uma economia próxima de 50 milhões de euros anuais, um valor que é basicamente uma gota no orçamento global da marca, mas que seria uma importante mensagem “para dentro”.
Por outro lado, e no que toca ao panorama técnico e regulamentar a Porsche também discute com os organizadores a necessidade de maior harmonia técnica entre as categorias WEC e IMSA e critica a lentidão para resolver questões de BoP no WEC. Há, como se sabe, interesse no médio prazo, em unificar as regras dos protótipos de topo nos dois campeonatos, mas qualquer mudança relevante só deve ocorrer mais perto de 2030.
Portanto, até ao momento, não há uma definição sobre o futuro dos programas LMDh da Porsche no WEC e IMSA, mas o cenário é de incerteza, com fatores financeiros e desportivos em avaliação, e uma decisão esperada para as próximas semanas, ou mesmo, um mês ou dois…
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11 Setembro, 2025 at 10:59
Se nao ganhas vai embora. Nada de novo
Scirocco
11 Setembro, 2025 at 14:19
Aparte a questão financeira que é extremamente importante, acresce a verdadeira bandalheira e parcialidade por parte da entidade responsável no que ao BoP diz respeito (a insatisfação não vem só da Porsche, pelo contrário). Acresce a isto a confusão e diferenciação entre performance entre os LMDh e LMH, claramente um tiro no pé por parte dos organizadores. Muito há a corrigir num campeonato que apesar de tudo continua atractivo, e que importa não matar.
Homem do Leme
11 Setembro, 2025 at 19:53
Acredito piamente que a Porsche deixe a resistência no final do ano, pois por um lado se a questão finaceira pesa muito nesta altura o 963 ao contrário do 919 não foi um carro bem nascido.
Mas o mais grave como aqui já aqui foi escrito é a gestão(?) do BoP tem sido absolutamente desastrosa com muitas vezes as viaturas mais velozes a receberem beneficios e as mais lentas a serem penalizadas de forma incompreensível.
Espero estar enganado, mas mais um par de anos e vamos ter a debandada geral ficcando outra vez duas ou trés marcas no campeonato. É pena…
G-rod_dj
13 Setembro, 2025 at 14:13
A única marca que não se queixa do BoP no WEC é a Ferrari…