24 Horas Le Mans: Corrida madrasta de António Félix da Costa e Filipe Albuquerque

Por a 11 Junho 2023 17:48

A edição centenária das 24h de Le Mans foi madrasta para os dois pilotos lusos em prova.

António Félix da Costa na classe Hypercar com o Porsche 963 privado da Hertz Team Jota e Filipe Albuquerque no Oreca nº22 da United Autosports viram os seus companheiros de equipa a terem acidentes, já depois de ambos terem terminado os primeiros turnos de condução com boas recuperações. A partir desse momento, ambos estavam afastados dos triunfos ou das lutas pelo pódios nas suas classes.

Filipe Albuquerque e os seus companheiros de equipa do carro LMP2 da United Autosports cruzaram a linha de meta na 11ª posição depois da corrida ter ficado comprometida 2h30 minutos depois do arranque quando Frederick Lubin protagonizou um aparatoso acidente numa tentativa de passar por dois GTE-Am. O acidente obrigou a uma paragem demorada nas boxes e condicionou todo o desfecho desejado por Albuquerque, Hanson e Lubin. Quando a equipa recuperou o carro e regressou à pista, o objetivo era apenas terminar a corrida na melhor posição possível, mas um problema nos travões do Oreca obrigou a nova entrada na box da equipa e a mais voltas perdidas na corrida para os adversários.

Numa classe em que se contaram sete abandonos entre os 24 carros que arrancaram para a prova, Albuquerque terminou atrás do Oreca da Algarve Pro Racing que venceu na categoria Pro-Am e que fechou o top 10 da classificação dos LMP2. Na sua 10ª participação, Albuquerque tinha claramente, outro objetivo.

Na classe principal do Campeonato do Mundo de Resistência da FIA, António Félix da Costa subiu na classificação depois de ter arrancado da 60ª posição. Com as novas regras do Safety Car, o piloto português pôde passar para a 13ª posição após o acidente logo na volta 2 de Alex Lynn, construindo a partir daí um belo de um turno de condução. O Porsche da Hertz JOTA chegou a ser o mais competitivo dos 963 em pista e António Félix da Costa chegou a liderar a corrida, com um ritmo diabólico, mas uma saída de pista de Yifei Ye ainda antes da corrida chegar à sua quinta hora acabou com o sonho luso.

Com muito tempo perdido com os trabalhos de recuperação do LMDh alemão, a JOTA conseguiu trazer o carro de novo para a pista, mas por volta das 2h30 da manhã, nova longa viagem para as boxes para e nova perda de voltas para o carro líder.

No entanto, num raro erro do piloto luso, nos primeiros vinte minutos da 18ª hora de corrida, Félix da Costa exagerou um pouco nos limites de pista em Indianápolis, numa zona que provocou muitos outros acidentes, e bateu forte nas proteções do circuito, levando o carro de novo para a box. Arruinada a corrida, Will Stevens ainda voltou à pista para terminar com 98 voltas de atraso para o Ferrari 499P nº51 que venceu a edição centenário das 24 Horas de Le Mans.

Resta-nos esperar pela edição de 2024 e com melhor sorte para os pilotos lusos que se aventurarem nas 24 Horas de Le Mans.

Foto: José Bispo/JBphotopress

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dannyricfanclub
dannyricfanclub
10 meses atrás

Pensemos de forma optimista: um dos vencedores à geral foi um luso-descendente. O orgulho nacional mantém-se intacto…

fabiomartins1984hotmail-com
fabiomartins1984hotmail-com
10 meses atrás

Félix da Costa exagerou um pouco nos limites de pista em Indianápolis?

dannyricfanclub
dannyricfanclub
Reply to  fabiomartins1984hotmail-com
10 meses atrás

Sim, no complexo de curvas chamado «Indianapolis» do circuito de La Sarthe.

@00@
@00@
10 meses atrás

Será que os pilotos (na generalidade) e os portugueses, na ânsia de quererem mostrar resultados, estão a cometer demasiados erros? O erro do Félix da Costa para além de raro , pareceu demasiado infantil, sobretudo para quem tinha em condições muito mais adversas. O quererem “mostrar serviço”, nem sempre corre bem… que o diga o Porsche da Jota. Pelo que se viu, facilmente poderiam ter sido o melhor dos Porsche…

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