Carlos Tavares no Troféu Turismo e Endurance francês em Peugeot RCZ

Por a 12 Fevereiro 2014 11:45

Carlos Tavares, que em março vai ser nomeado Presidente e Diretor Geral do Grupo PSA, conhecido apreciador dos desportos motorizados, vai esta época disputar o Troféu Turismo e Endurance francês, aos comandos de um Peugeot RCZ, que vai dividir com Denis Gibaud. Tavares fará também uma corrida com um Mitjet 1300. Se durante a semana, Carlos Tavares é um dos portugueses mais poderosos na indústria automóvel, ao fim de semana, no entanto, troca o “business suit” pelo fato de competição, assumindo a identidade de mais um entusiasta das corridas de automóveis, participando regularmente em corridas, como por exemplo a Boss Grand Prix, campeonato para monolugares usados. Eis uma pequena entrevista que nos deu há anos:

Há quanto tempo toma parte em corridas de automóveis?

Participo regularmente em competições automóveis há 30 anos, mas a minha primeira corrida foi em Vila do Conde, em 1980, ao volante de um Alfasud Sprint de Grupo 1. Nunca tinha posto os pés num circuito, e fui eu mesmo que tive que soldar o arco de segurança. Fiquei espantado por ter-me qualificado na quinta posição, mas na partida, quando cheguei ao final da recta da meta fiquei do lado de fora para fazer a curva a direita e fui ultrapassado por toda a gente. Mas depois tive que dedicar-me aos estudos e só regressei às corridas em 1983.

Já vivia em França?

Sim, já estava a viver em França, em 1983, quando voltei a correr a tempo inteiro. Desde então tenho-me mantido activo todos os anos. Comecei a participar em ralis, ao volante de um Renault 5 Alpine, e em 1985 passei para um R5 GT Turbo. Até 1993, tomei parte em 30 provas do Campeonato Europeu, no GT Turbo de Grupo N e em R21 Turbo de Grupo A, das quais sete foram no Rali Vinho Madeira. Em 1993 também vim ao Rali de Portugal, num Clio, mas abandonei quando já seguia no 19º lugar da geral, num carro que só tinha 140 cv. Só que não tínhamos protecção nenhuma e acabamos por rasgar o fundo do carro com as pedras, que furaram o tanque de combustível.

Quando começou a correr em velocidade?

Foi logo a seguir. Eu gostava de ralis, mas era difícil porque tinha que perder muito tempo com os reconhecimentos. Então passámos para os circuitos, em que comecei a ganhar corridas com um Clio de Grupo A. Depois passámos para os Superturismos, com um Renault Mégane Maxi. Este foi o único Mégane Maxi a correr em velocidade. Só que éramos tão competitivos, que fomos campeões na categoria de Promoção quatro vezes e não nos deixaram correr mais.

Foi aí que passou para os monolugares?

Sim, em 2004, o mesmo ano em que fui trabalhar para o Japão. Comprámos um Dallara 396 de Fórmula 3, com motor Renault, para participarmos na Coupe de France FFSA. Em 2005 e 2006 fomos segundos classificados, e nesse ano comprei o Dallara da World Series by Renault. Era um carro da Racing Engineering, que foi pilotado pelo Franck Montagny. Acabámos em terceiro no ano de estreia na EuroBOSS, e depois fomos mesmo campeões nos Masters.

O que motivou a passagem para os monolugares, numa altura em que muitos pilotos dos turismos em França passaram para os GT?

Bem, na altura o Campeonato de Superturismo passou a usar carros de chassis tubular, e tinha que se comprar um carro completamente novo. Então achámos que seria uma decisão interessante. As corridas em monolugares têm sido um desafio, uma verdadeira lição de humildade e uma escola de paciência. Sinto que ainda tenho muito que progredir, mas estou na idade em que ainda posso andar neste tipo de carros. Se quiser, posso passar para os GT mais tarde.

Já considerou conduzir um F1?

Os F1 têm um problema, que é os custos elevados de manutenção. Cada vez que se parte alguma asa ou avaria-se uma peça, têm que se fazer peças novas de encomenda. Os Ascari Benetton do Klaas Zwart parecem interessantes, mas para participar aquele nível é preciso uma capacidade financeira bastante maior. Eu estou nestas corridas para me divertir, como se nota pela equipa que me está a apoiar, a Clémenteam Racing. São um grupo de amigos que está comigo nas corridas há cerca de 20 anos.

Gostaria de voltar a correr em Portugal?

Adorava que o BOSS Grand Prix tivesse uma corrida em Portugal, mas esta é uma competição de “gentleman drivers”, e viagens mais longas aumentam os custos da competição. Já temos duas corridas em Espanha, mas de resto andamos em circuitos, como Spa, Zolder, Nürburgring ou Donington, que não ficam muito longe uns dos outros.

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