GT Open: Miguel Ramos com a Lazarus num Lamborghini Huracán GT3

Por a 7 Abril 2018 12:25

Miguel Ramos vai disputar o International GT Open num Lamborghini Huracán GT3 da Lazarus, equipa que regressa a esta competição. O piloto luso vai ter como companheiro de equipa o italiano Fabrizio Crestani, numa dupla bem curiosa, já que Miguel Ramos foi Campeão do GT Open em 2015 e Crestani também Campeão do GT Open em 2016. Portanto, uma dupla de campeões no Huracán GT3.

A equipa também irá disputar a Blancpain Endurance, sendo que para isso ainda irá ser anunciado um terceiro piloto. A equipa de Pádua terá dois Lamborghini Huracán GT3 a correr.

Depois duma época em que a mudança do Balance of Performance lhe ‘minou’ as aspirações, Miguel Ramos regressa para lutar novamente pelo título: “O ano passado éramos candidatos ao título, estávamos na frente mas a três provas do fim, a organização decidiu mudar o BoP, e a competitividade do nosso Ferrari mudou por completo. Baixaram a potência a todos os Ferrari, e isso condicionou por completo a nossa prestação. Passámos de primeiro para quinto no campeonato, tiraram-nos claramente competitividade. Claro que regras são regras, mas foi um descalabro! Principalmente para nós, que estávamos na liderança do campeonato. O mais curioso é que estava a ser um campeonato super competitivo. Éramos primeiros, mas com os segundos classificados apenas a dois pontos”, disse Miguel Ramos, que não entende a decisão, pois não se tratou duma mudança de BoP porque estavam a dominar claramente a competição: “O que nos fizeram deixou-nos completamente incapacitados. Agora só espero que mantenham o BoP dessa forma com os Ferrari, porque este ano vou correr de Lamborghini…”, disse, entre risos.

Como já se percebeu, a Lazarus decidiu colocar dois campeões no mesmo carro: “Vamos também fazer a Blancpain Endurance, onde teremos um terceiro piloto, bronze, a anunciar brevemente, pois vamos fazer a categoria Pro-Am, já que agora também sou um piloto bronze e posso lutar em duas categorias. O facto de fazermos também a Blancpain será positivo, pois há muitos circuitos iguais nas duas competições e podemos beneficiar disso correndo com a mesma equipa e com o mesmo carro”, disse Miguel Ramos, que quanto à prova de abertura no Estoril, prefere esperar para ver: “Claramente vamos para ganhar à geral, e também à categoria, mas o foco é à geral. O campeonato tem sido híper competitivo, as decisões Têm-se dado apenas na última prova, e o mais importante é a regularidade, não ter problemas técnicos, e é isso que vamos tentar fazer. De qualquer modo, na primeira prova é tudo muito relativo, pois depende sempre do que a organização definir como Balance of Performance. Isto é , tudo pode acontecer. Basta que não sigam o critério do ano passado e usem uma nova tabela, e a competitividade pode mudar radicalmente. Por isso, a primeira prova é sempre uma incerteza, mas não sabemos, porque ainda não estão publicadas as tabelas do BoP. Para além disso, fazem-no prova a prova, sendo normal haver variações. Na Blancpain, já há tabelas circuito a circuito, e neste aspeto o GT3 é mesmo muito complexo e podemos passar de bestiais a bestas muito facilmente”, explicou.

O piloto luso já rodou com a sua nova máquina, e percebeu que tem agora em mãos um carro muito diferente do Ferrari com que correu o ano passado no GT Open: “O Lamborghini Huracan, com que já rodei em Paul Ricard, dois dias, é um carro muito diferente do Ferrari. Tem motor atmosférico, e não turbo, tem um grande comportamento em curvas muito rápidas, e é muito difícil em curvas lentas. Eu diria que o Lamborghini é um carro para circuitos como Silverstone, Monza, Spa e um carro muito difícil em circuitos como o Estoril, Hungaroring. Em circuitos que existam curvas mais apertadas, será mais complicado. Por exemplo, em circuitos como o Estoril será muito complexo. Pelo contrário, o Ferrari é um carro muito ágil, e mais difícil em circuitos de curvas rápidas. Quanto ao meu colega, o Fabrizio Crestani é um piloto profissional, tem 30 anos, já esteve na GP2, e as primeiras impressões e feeling do carro, são excelentes, estamos em total sintonia relativamente ao que se está a passar, e isso é muito importante para ter sucesso como dupla”, disse Miguel Ramos”, revelando depois um novidade: “Provavelmente esta vai ser a minha última temporada, já são 29 anos. Fazer mais? Só se for para arredondar o número e chegar aos 30…”

Ouça a entrevista em áudio ao 16 Válvulas/AutoSport

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