António Félix da Costa: “Somos pequenos, mas só em tamanho de país, porque talento não falta”

Por a 22 Novembro 2016 20:19

À chegada ao aeroporto de Lisboa depois de um desvio para Faro e três horas de atraso, António Félix da Costa encontrava-se visivelmente satisfeito com o resultado obtido no domingo, no GP de Macau, prova que venceu pela segunda vez na carreira.

Ao primeiro triunfo, obtido em 2012, juntou outro, agora em formato de Taça do Mundo, sendo por isso campeão… do mundo! E tudo com a mesma equipa, a estrutura britânica da Carlin, que não hesitou em convidar o piloto português. Mesmo sem patrocínios, António disse “sim”, o que ainda reforça mais esta segunda vitória:

“Ando um bocadinho à procura das palavras. Nada disto faz sentido. Eu já não corria num F3 há três anos, foi um convite de última hora. Mas quando o Trevor Carlin me ligou a perguntar se eu queria ir a Macau – uma corrida tão especial só por ser o GP de Macau… Pensar nos nomes que já ganharam esta corrida, o Ayrton Senna, o Schumacher, mas ainda mais impressionante é os que tentaram e não conseguiram, como o Vettel, o Hamilton e o Rosberg.  Eu já tinha ganho em 2012 e este ano não fazia sentido nenhum voltar, e foi tudo à última hora. Mas pensei: ‘sou um piloto de corridas, e a pista que dá o maior desafio, em qualquer carro, é Macau. E como gosto de correr e sou piloto é o sítio perfeito’. Foi um regresso inesperado, mas que correu muito bem, venci contra os pilotos que vão ser os futuros campeões do mundo de Fórmula 1, e por isso muito contente com este resultado”.

MAIS TRANQUILO

Para o piloto da BMW e da Andretti, “Portugal está a ter um ano inacreditável”, não só agora com esta vitória “mas também com o triunfo do Tiago, os nossos surfistas, o golf e, no futebol, o Campeonato da Europa”.

“Somos pequenos, mas só em tamanho de país, porque acho que aqui não falta talento, e é importante mudarmos a nossa mentalidade. ‘O ir ja é bom’ não chega. Eu tenho uma ambição muito grande. Não me sinto português, sinto-me um atleta do mundo. Gosto de lutar contra os melhores atletas do mundo e por isso estou contente por trazer esta Taça do Mundo para Portugal”, acrescentou, salientando que essa mudança na nomenclatura torna o triunfo mais especial:

“Sim, mas ainda mais porque foi a primeira vez que se chamava Taça do Mundo. Macau já é uma prova especial, mas levar este título por cima, do qual só me apercebi após o fim da prova, torna tudo ainda mais especial. Depois, tive uma época complicada, estive a atrair resultados maus, com coisas um bocadinho alheias — não por estar a guiar mal. Mas nos últimos dois meses as coisas começaram a correr melhor, com a dupla pole position no DTM, bons resultados na fórmula E, e agora acabar a época com uma vitória deste calibre… Dá para relaxar e ter um inverno mais tranquilo”, assegurou.

Reveja os melhores momentos da corrida de António Félix da Costa (se o link não funcionar carregue na mensagem “see it on youtube”):

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2 Comentários
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Kimi Iceman
Kimi Iceman
7 anos atrás

As formigas também são pequenas, mas juntas tornam-se grandes.
Tal e igual como Portugal. Campeões da Europa em futebol, grandes pilotos de automobilismo, só nos falta uma coisa: Dinheiro.

rodríguezbrm
rodríguezbrm
7 anos atrás

Tivemos há 10 dias um luso-descendente ( possivelmente também tem a nacionalidade portuguesa) a ser coroado campeão mundial de karting, que tal também umas palavrinhas em relação a ele?

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