Estoril Racing Festival: Hugo Hernandez vence primeira corrida da Fórmula Ford
Hugo Hernandez foi o vencedor da primeira corrida da Fórmula Ford. O piloto espanhol foi o mais rápido e nem arrancar de décimo o impediu de vencer. Hernandez passou para a liderança na reta da meta na passagem da quarta volta, depois de nos momentos iniciais da corrida ter chegado depressa a sexto. O ‘Tuga’ desenvolve mais depressa, mas também consome pneus mais rapidamente, e curiosamente, esse facto foi decisivo na luta pelo título, que se desenrolou um pouco mais atrás…
Duarte Pires, que arrancou de primeiro liderou a corrida até ser ultrapassado por Hernandez, tendo depois tido uma boa luta com Miguel Matos. Os dois pilotos que partiram da primeira linha discutiram a posição até ao último milímetro, altura em que Matos passou ao segundo lugar.
Recorde-se que Miguel Matos chegou ao Estoril com 170 pontos, enquanto Duarte Pires e Duarte Carvalho estavam quase empatados. Pires somava 148 e Carvalho tem 147. Com os resultados desta corrida e tendo em conta que Hernandez não conta… para as contas, o facto de Miguel Matos ter suplantado Duarte Pires é decisivo nas contas do títulos.
Miguel Matos aproveitou bem o facto de Duarte Pires não ter conseguido fugir, porque não conseguiu passar o ‘super Tuga’: “O ‘tuga’ atrasou-me, pois o carro ‘sai’ muito bem nas curvas e foge nas retas, mas depois trava cedo e curva mal e isso impediu-me do conseguir passar (ndr, o espanhol Hugo Hernandez explicou ao AutoSport que ficou sem pneus muito cedo). Com isso, o Miguel (Matos) conseguiu chegar-se e passou perto do fim. Basicamente o ‘tuga’ decidiu o campeonato, porque se me tenho conseguido livrar dele, provavelmente o Miguel não teria conseguido chegar a mim…” explicou Duarte Pires, terceiro na corrida.
Miguel Matos é que aproveitou bem…
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Jorge Domingues
13 Novembro, 2017 at 18:59
Não é nosso hábito comentar publicações de imprensa ou conteúdos de entrevistas, porque entendemos serem da única e exclusiva responsabilidade de quem os emite, independentemente do seu conteúdo ou veracidade. Mas, pelos temas aqui expostos, e pela forma como estão redigidos, entendemos importante emitir os seguintes comentários e esclarecimentos:
1-O conteúdo do 1º parágrafo é verdade, exceto a última frase. Não percebemos a que se refere o texto …”desenvolve mais depressa”…, e que factos concretos sustentam esta afirmação. Por outro lado, estamos absolutamente convictos, pelo historial que temos de corridas anteriores em diversas temperaturas/condições de pista (especialmente nas situações de pista mais quente), que os pneus do D&D F01 da Funspeed se mantêm em boas condições de aderência durante toda a corrida,com ligeiras variações como é obvio, e em nossa opinião, mantêm até um comportamento mais regular relativamente aos carros da classe Ztec.
Para quem não acompanhou, esclarecemos que, no caso particular deste evento, e durante os treinos cronometrados, uma válvula da roda da frente direita danificada provocava o esvaziamento rápido do pneu, tendo este rodado com pressão muito baixa durante muito tempo, provocando-lhe certamente danos que, não sendo visíveis/evidentes após os treinos, entendeu a equipa técnica que não havia razão para substituição do pneu em causa (para quem não acompanha a modalidade, esclarecemos que só se pode usar um jogo de pneus por evento, e a haver necessidade de substituição, a solução é usar um pneu usado, de corridas anteriores).
Também não compreendemos como é que um dos Supertugas presentes nesta competição (a classe Tuga e Supertuga são classes diferentes e separadas), decide “o campeonato” (quereria o Sr Rodrigo Fernandes dizer classe Ztec em vez de campeonato), quando o carro da Funspeed partiu da décima posição, e só algumas voltas depois alcançou o(s) lídere(s) da corrida. Até ao momento deste encontro, não percebemos qual foi o impedimento para algum dos pilotos da frente se destacar, fugir, ou decidir os resultados da classe Ztec. Relativamente ao desempenho de Hugo Hernandez nas primeiras voltas desta corrida, será claro para todos que era imprescindível apanhar o grupo da frente nas primeiras curvas da corrida, e esperar que se repetisse o fraco ritmo inicial que se tinha verificado do Algarve, ou o máu arranque dos pilotos da frente em Jerez…
2- No terceiro parágrafo, surge o texto …”tendo em conta que Hernandez não conta… para as contas”… . O único facto inequívoco que nos apetece aqui evidenciar, é que Hernandez foi o primeiro a ver bandeira de xadrez em 5 das 10 corridas realizadas nesta competição (maior número de vitórias absolutas desta época), assim como viu inscrito o seu nome na primeira linha das tabelas gerais de classificação oficial emitidas no final de cada corrida, nas mesmas 5 de 10 corridas referidas. Sobre este assunto, e para quem não acompanha, esclarecemos que esta modalidade não tem uma classificação geral, mas apenas por classes, onde a classe com maior nº de carros tem sido nos últimos anos a classe Ztec. Queremos acreditar que a falta de conhecimento desta situação, possa ser a única razão da falta de clareza e das imprecisões deste parágrafo. Por último, e ainda sobre este excerto, e considerando os resultados que Hernandez obteve, para lá do excelente comportamento e mérito que demonstrou sempre dentro e fora da pista, consideramos estas palavras desajustadas, depreciativas, e capazes de beliscar o respeito pelo piloto da equipa Funspeed Racing.
3 – Por último, assiste-nos comentar as declarações do piloto Duarte Pires (com todo o respeito, admiração e excelente relacionamento que temos com ele e a toda a sua equipa) relativamente ao facto de Hugo Hernandez o ter prejudicado. Pelo já exposto no nosso ponto nº1, depois de assistirmos ao desenrolar das corridas de forma muito atenta enquanto decorriam, e depois de visualizarmos os videos onboard do nosso piloto, manifestamos a nossa total discordância relativamente a estes comentários, para lá de não entendermos que prejuízo Hugo Hernandez lhe terá causado ou como o impediu de se destacar dos seus adversários até ao momento em que o ultrapassou, ou porque deveria a partir desse momento fazer uma gestão de corrida diferente daquilo que o piloto entendeu correto e ajustado tendo em conta as circunstâncias dessa mesma corrida, quando o objetivo de qualquer atleta em qualquer competição é a vitória absoluta. Saliente-se ainda que o carro de Duarte Pires foi o que registou a melhor velocidade de ponta nas duas corridas, sem que, no nosso entender, fosse evidente um andamento superior aos seus adversários em nenhuma das duas corridas, capaz de se destacar na própria classe Ztec.
Relativamente ao comentário “…o carro curva mal…”, confesso que tenho pessoalmente dificuldade em classificar adequadamente este comentário (sinceramente prefiro nem tentar), já que estamos a falar do mesmo carro que foi guiado em anos anteriores por grandes pilotos nacionais, com provas dadas internacionalmente, e que publicamente (em diversos registos de imprensa) asseguraram tratar-se de um chassis muito bom, com um comportamento fantástico, divertido e muito fácil de guiar… e se a estas opiniões juntarmos as melhorias (leia-se melhorias de cronos) que obtivemos com o Hugo, pelo facto de podermos fazer com ele a época inteira, treinar e testar adequadamente, conseguindo acompanhar a evolução dos cronos dos nossos adversários… pois, porque os nossos adversários também melhoraram a sua performance.
Como consideração final, dizer que vemos esta modalidade como uma das mais competitivas no panorama nacional de velocidade, interessante e equilibrada, mas que, para lá de não ter uma classificação geral, admite diversas classes em pista. Assim sendo, e apesar de as classes Ztec e Supertuga estarem agora muito equilibradas no que respeita à performance (revejam-se os diversos registos da corrida), como era pretendido nesta modalidade, devemos manter presente a certeza de que não estamos num competição monomarca, e assim sendo, haverá sempre carros diferentes, setups diferentes, pilotos diferentes, trajétorias diferentes, andamentos diferentes, comportamentos diferentes, pistas diferentes, e inevitávelmente tempos diferentes, mesmo quando as condições nos parecem exatamente iguais! Nada de novo, se nos lembrarmos de algumas corridas de grande reputação de nível mundial, em que existem carros de diversas marcas a competir, com diferenças relativas substancialmente mais evidentes, onde são aplicadas medidas BOP que às vezes nos parecem um profundo disparate…
Jorge Domingues, responsável comercial e de comunicação do projeto Funspeed Racing.