ELMS, Miguel Cristóvão: “vitória deveria ser nossa”

Por a 24 Outubro 2023 14:46

Miguel Cristóvão teve uma passagem difícil pelo Autódromo Internacional do Algarve, na ronda dupla e final de temporada do European Le Mans Series, mostrando ser um dos melhores pilotos da classe LMP3, mas com azares à mistura que o impediram de triunfar no fim de semana passado.

 

Na primeira prova da semana, as 4 Horas de Algarve que se realizou na sexta-feira, o português arrancou da sétima posição, o que o obrigava a que fosse realizada uma recuperação para que pudesse alcançar o seu objetivo, que passava por vencer. Miguel Cristóvão mostrou um bom andamento, evidenciando-se rápido e consistente, tendo sido com naturalidade que conseguiu a subir à liderança da sua classe. Uma vitória parecia estar no horizonte, o que colocava definitivamente um ponto final no azar que perseguia o Ligier JS P3 da Euro Interpol Competition, que o português divide com Wyatt Brichacek e Kai Askey. No entanto, a pouco mais de uma hora da bandeira de xadrez, a sorte abandonou a equipa do carro número 13 e a quebra de um depósito de óleo provocava um princípio de incêndio no carro da equipa polaca, quando Wyatt Brichacek estava aos seus comandos, ditando um desesperante abandono.

 

Com a segunda corrida pela frente, as 4 Horas de Portimão, Miguel Cristóvão e os seus colegas de equipa não baixaram os braços, apostando tudo em terminar a temporada com o triunfo que lhes fugiu desde o início do ano. Kai Askey qualificou o carro número treze no sexto lugar da grelha de partida e com a pista completamente encharcada – o início da corrida de quatro horas foi adiado e, quando foi iniciada, apareceram imediatamente as bandeiras vermelhas por o asfalto do traçado português estar completamente inundado – Miguel Cristóvão tinha um enorme desafio pela frente. As condições da pista e o muito ‘spray’ levantado pelos carros não atemorizaram o português que protagonizou um verdadeiro recital à chuva, ganhando posições atrás de posições até chegar ao comando da classe LMP3. Mais que isso, Miguel Cristóvão cavou uma vantagem de mais de quarenta segundos para o seu perseguidor, intrometendo-se ainda entre os pilotos dos mais performantes LMP2, chegando a rodar no quarto posto da geral. Para além de ser claramente o mais rápido da sua classe, o português conseguiu ainda gerir o consumo de combustível, o que lhe permitiu realizar todo o seu turno de condução sem qualquer paragem nas boxes, o que dava uma vantagem estratégica decisiva à sua equipa. Uma vez mais, tudo parecia estar encaminhado para uma vitória mais que merecida, alicerçada na prestação brilhante de Miguel Cristóvão. No entanto, uma falha estratégica acabaria por deixar os pilotos do Ligier número 13 em desvantagem, tendo este cruzado a linha de meta a apenas quatro décimos de segundos do terceiro classificado. Um final desapontante para uma semana em que o piloto português provou, uma vez mais, ser um dos melhores pilotos Bronze da LMP3 da temporada, evidenciando um andamento mais que suficiente para vencer corridas.

 

“Tanto na primeira corrida como na segunda deveríamos ter vencido, mas por um motivo ou por outro a sorte não quis nada connosco e perdemos dois triunfos que estavam completamente ao nosso alcance. Na prova de domingo, estava muito rápido, ultrapassei imensos LMP2, que são muito mais performantes que o nosso LMP3, e consegui poupar muito combustível, o que nos permitiu parar menos uma vez. Com mais de quarenta segundos de vantagem para os nossos perseguidores, a vitória deveria ser nossa, mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu. Foi pena, porque merecíamos, como em muitas outras corridas este ano, e eu dei o máximo em condições muitíssimo difíceis para deixar o carro na melhor situação possível, o que consegui fazer. Penso que merecia, uma vez que, na chuva, era dois segundos por volta mais rápido que os meus adversários da LMP3”, afirmou Miguel Cristóvão.

 

O português e os seus colegas de equipa chegaram ao Algarve com a possibilidade de vencer o campeonato, ainda que muito remota, mas com os resultados da semana, acabaram no quarto posto, o que ainda assim representa um bom resultado, uma vez em seis provas, foram obrigados a abandonar duas vezes. “Penso que que tínhamos o potencial para, pelo menos, lutar pelo campeonato até à última prova, mas tivemos muito azar e numa competição com este nível tudo tem de correr bem. Penso que, se levarmos em consideração os dois abandonos que tivemos, o quarto lugar no final do ano é um bom resultado e, mais importante, mostrámos ao longo de toda a época que tínhamos um excelente ritmo e estivemos sempre na luta pela vitória. Estou muito satisfeito com a minha prestação ao longo do ano e sinto que apenas circunstâncias fora do meu controlo nos impediram de triunfar por mais que uma vez. Apesar de tudo, faço um balanço positivo de 2023”, concluiu Miguel Cristóvão.

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