Decisão sobre Alfa Romeo no automobilismo pode não acontecer “antes do final do ano”

Por a 14 Abril 2024 13:16

Depois do final da relação da Alfa Romeo com a Sauber na Fórmula 1, seguindo a Audi a aquisição de uma posição maioritária na estrutura suíça, a marca italiana do grupo Stellantis não confirmou qualquer outro projeto no desporto automóvel, apesar de haver essa intenção. Carlos Tavares, diretor executivo da Stellantis, disse em Misano, na estreia do Campeonato do Mundo de Fórmula E naquele circuito, que uma decisão sobre o futuro da Alfa Romeo no automobilismo pode não acontecer antes do final deste ano. 

A Alfa Romeo recusou voltar a assumir o patrocínio de uma equipa na Fórmula 1 nos mesmos moldes da parceria anterior com a Sauber, confirmando o diretor executivo da marca italiana, Jean-Philippe Imparato que o negócio com a Haas, equipa cliente da Ferrari, não foi para a frente por causa disso. Depois disso, os rumores deram conta da possibilidade da marca rumar ao Campeonato do Mundo de Resistência da FIA (WEC), mas oficialmente não houve qualquer confirmação. Silêncio quase total, até agora. 

“É evidente que, a dada altura, a Alfa Romeo regressará ao desporto automóvel, porque faz parte do ADN da marca, faz parte da sua história. E sentimos que temos a responsabilidade de manter vivo o valor da marca nas corridas”, disse Carlos Tavares, citado pelo Motorsport.com. “As discussões sobre este assunto já estão em curso entre Jean-Marc Finot [responsável da Stellantis para o automobilismo] e Jean-Philippe Imparato, mas é muito provável que a decisão não seja tomada antes do final do ano. Por isso, ainda não posso responder à pergunta sobre o tipo de participação que teremos, porque ainda não está decidido”. 

O português que lidera o grupo francês explicou ainda, que “há que ter em conta o facto que, em todas as disciplinas do desporto automóvel, o ciclo de repetição é sempre o mesmo. Começa devagar, sobe, explode e depois cai. Uma e outra vez. O momento em que se entra neste ciclo é, obviamente, estrategicamente importante para o que queremos fazer”. Tavares deu conta que “há alturas em que não compensa entrar nas corridas. Por exemplo, quando um campeonato começa a perder interesse, porque ficamos sozinhos sem concorrentes. O ideal é entrar quando os custos são razoáveis e depois crescer com a disciplina, tornando-se mais competitivo. Temos de encontrar o momento certo para nós, quando o retorno do investimento do ponto de vista do marketing é aceitável”. Confirmando também que “a Alfa vai regressar, mas ainda não sei onde nem quando”. 

Tavares também abordou a entrada de outra marca do grupo Stellantis com possível presença no desporto automóvel. “A Lancia também merece voltar aos desportos motorizados, com ou sem rali”, disse o português. Carlos Tavares salientou que “estamos a revitalizar a marca. Porque se não conseguirmos ter lucro, não haverá dinheiro para pagar as corridas. Se as pessoas gostarem do novo Ypsilon e dos Lancia que se seguirão, o negócio crescerá e, claro, será do nosso interesse manter o valor da marca e fazê-la crescer. A Lancia é uma marca fantástica”.

Foto: XPB / James Moy Photography Ltd./Alfa Romeo F1 Team Stake

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