CPVT/TCR Portugal: Pedro Salvador muito ‘Speedy’ para a concorrência

Regressa este fim de semana em Braga o Campeonato de Portugal de Velocidade, ou TCR Portugal. Depois do adiamento do arranque da competição, Braga recebeu a primeira prova, em maio, evento que teve uma interessante grelha de carros, com qualidade, que proporcionaram boas corridas. Com vários regressos à competição a registar, foram Armando Parente e Pedro Salvador a levarem para casa os louros da vitória.

De lá para cá só se realizou mais a prova de Vila Real, onde Pedro Salvador foi o homem em destaque. O homem da Speedy Motorsport dá-se muito bem com o circuito de Vila Real e mais uma vez mostrou a sua qualidade, dominando praticamente todo o fim de semana. Neste contexto, é Pedro Salvador que lidera bem destacado o CPVT, já que tem 99 pontos, mais 29 que Francisco Abreu e Rafael Lobato.

Recorde como foi até aqui a competição.

Racing Weekend Braga: Regressos Felizes

Depois do que pareceu ser um arranque falhado, o CPVT foi finalmente para a pista, já com um formato repensado, com apenas quatro corridas agendadas para 2018 em formato Double Sprint. Para ajudar a compor as grelhas, a organização juntou os Supercars, uma porta de entrada para outro tipo de máquinas, algumas das quais já não tinham lugar nas categorias vigentes dos Nacionais de Velocidade. Foram 10 os carros inscritos para o primeiro fim de semana de corridas, sete TCR, um TCC e dois Supercars. Embora o número de Supercars tenha ficado aquém do que se esperava e o dos TCC sejam manifestamente reduzidos para o potencial que apresentam, ter sete TCR em pista não pode ser considerado negativo para a realidade nacional.

O Peugeot 308 da Sports & You fez a sua estreia em solo nacional, nas mãos de Francisco Abreu, que já tem usado a máquina no TCR Europe e de Rafael Lobato, que assume este ano um novo desafio, nesta que é a sua terceira máquina TCR. Manuel Gião comanda agora o Kia Cee´d da CRM, um projeto que já tinha mostrado potencial, embora com pouca fiabilidade, a Team Novadriver apresentou uma dupla nova para o seu Golf GTi TCR, com Armando Parente e José Cautela a regressarem aos grandes palcos nacionais. Pedro Salvador está também de regresso aos circuitos, na sua estrutura (Speedy Motorsport) com um Cupra TCR, sendo agora colega de equipa de Gustavo Moura em Audi RS3 LMS. Francisco Carvalho é outro regresso que se saúda, ao volante do Audi da Veloso Motorsport, que neste fim de semana também contou com o campeão Francisco Mora, no Cupra TCR. João Sousa continua a sua aposta os TCC, e nos Supercars, José Correia desceu da montanha para tomar novamente o gosto aos circuitos com o imponente Nissan GT-T GT3, acompanhando Joaquim Santos e Daniel Teixeira (Seat Leon).

Nos primeiros treinos foi o 308 TCR da dupla Abreu/Lobato a tomar conta das operações, com o melhor registo, seguido de Mora e do Golf da dupla Parente/Cautela. João Sousa, com um problema no seu Leon Supercopa não fez qualquer tempo, assim como Moura, a contas com reparações no seu RS3, devido a um toque mais violento. No segundo treino livre foram os veteranos a imporem-se, com Salvador a marcar o melhor tempo da sessão seguido de Carvalho e do Peugeot 308 da Sport & You.

As duas sessões de qualificação ficaram marcadas pelo equilíbrio entre os mais rápidos. Francisco Mora voltou fez o melhor tempo da primeira sessão que definia a grelha para a corrida1. Foi segundado por Francisco Abreu (uma dupla que rodou muito perto no ano passado) e Armando Parente fechava o top3. Salvador e Carvalho ficaram no top 5 que cabia em pouco mais de 0.7 seg. Nos segundos treinos cronometrados, foi a vez de Lobato ser o mais veloz em pista, dando a primeira pole ao 308 TCR em solo nacional. Mora não largou os lugares cimeiros e ficou em segundo, à frente de Salvador e Carvalho. João Sousa conseguiu dar a volta aos problemas do seu Leon na segunda sessão, ainda assim não apresentando o nível que certamente seria possível. José Correia em Supercar foi baixando sempre os seus registos, habituando-se gradualmente a uma nova realidade, tal como a dupla da Martins Speed, com destaque para Daniel Teixeira que evidenciava um bom ritmo.

A largada para a primeira corrida, ficou marcada pelo mau arranque de Mora, que foi “engolido” por Parente e Abreu. O piloto do VW Golf saiu na frente desta luta (mesmo com uma ligeira saída de pista) com Abreu no seu encalço. Na primeira curva, um toque de Mora na traseira de Abreu levou a desistência do campeão em título e acabou com as hipóteses de vitória de Abreu, num incidente que obrigou à entrada do Safety Car para remoção do Cupra de Mora. No recomeço da corrida, Parente liderava, seguido de Manuel Gião e Pedro Salvador.

O azar, que no ano passado não largou o Kia da CRM, voltou a atacar, com Gião ser obrigado a regressar às boxes com um furo, abrindo assim uma vaga no top 3 para Francisco Carvalho. Moura era quarto, perseguido por João Sousa que apresentava um ritmo excelente, envolvendo-se numa luta acesa com o piloto do Audi, que acabou da pior forma para Sousa, com um toque que o deixou fora de prova perto do final da corrida. Na frente, Parente conseguiu aguentar a pressão de Salvador e conquistou a primeira vitória do ano.

Salvador e Carvalho completaram um pódio feito de regressos. Em Supercars, José Correia continuou a sua evolução e não fosse um pequeno erro no final da corrida, poderia ter chegado ao terceiro lugar da geral. Assim foi Joaquim Santos o melhor classificado, embora numa categoria diferente.

Para a corrida 2, Mora foi penalizado por quebra do parque fechado para a equipa proceder as reparações e caiu para o fim da grelha de partida, que tinha na primeira linha Lobato e Salvador. O piloto da Speedy teve um bom arranque, ao contrário de Lobato que não conseguiu capitalizar a sua pole e Francisco Carvalho teve também um mau arranque e caiu para a última posição. Manuel Gião voltava a colocar um bom ritmo nas primeiras voltas, à frente de José Cautela, mas novamente o seu Kia resolveu não colaborar e um problema na correia do alternador obrigou à desistência.

Entretanto, Mora subia à terceira posição nos TCR, fruto de um bom arranque e pouco depois era Gustavo Moura a ter de entrar nas boxes com problemas no seu Audi. As distâncias na frente mantinham-se estáveis e depois de ter atacado nas primeiras voltas, Lobato não conseguiu manter-se perto de Salvador, que encontrou uma boa margem para gerir a corrida.

Até ao final, o destaque foi para o bom andamento de José Correia que se intrometeu nas lutas dos TCR e para a luta entre João Sousa, Daniel Teixeira e Francisco Carvalho. Sousa ainda apanhou um susto com um princípio de incêndio na sua máquina, depressa resolvido e sem consequências de maior. Pedro Salvador carimbou a vitória no seu regresso às pistas, acompanhado de Lobato e Mora.

José Correia foi segundo à geral e Daniel Teixeira quinto, com os dois Supercars a ficarem no top 5. José Cautela, que entrou nas boxes antes do final com os pneus completamente degradados, ficou-se pela sétima posição, atrás de Francisco Carvalho.

Racing Weekend: Pedro Salvador reinou em Vila Real

Pedro Salvador foi o homem em destaque na segunda jornada do CPVT. O homem da Speedy Motorsport dá-se muito bem com o circuito de Vila Real e mais uma vez mostrou a sua qualidade, dominando praticamente todo o fim de semana.

Na qualificação 1, Salvador (Seat Leon Cupra TCR) garantiu a pole position com o registo de 2m04,525s. Rafael Lobato (Peugeot 308 TCR) estava com vontade de bater o seu ex-colega de equipa, mas ficou a duas décimas do primeiro tempo. Armando Parente (WV Golf GTI TCR) completou o top 3. José Correia (Nissan Nismo GTR GT3) fez o quarto melhor tempo da geral, sendo o mais rápido nos Supercar, superando os Audi RS3 LMS de Gustavo Moura e de Francisco Carvalho. Seguiu-se Fábio Mota (Peugeot 308 Cup) e João Sousa (Seat Leon) foi o melhor do TCC. Manuel Gião não foi para a pista, com o Kia Cee´d TCR a ter problemas elétricos, o que o impossibilitou de fazer a qualificação. Nos Supercar um problema de caixa impediu Gonçalo Manahu de ir para a qualificação.

Na qualificação 2, Salvador repetiu a dose baixando o registo para os 2m04,302s. Francisco Carvalho melhorou e colocou-se no segundo posto, seguido de Francisco Abreu, que na última tentativa conseguiu um lugar no top 3. Nos Supercar, Daniel Teixeira (Seat Leon Supercup) fez o melhor tempo, 2m 07,743s, sexto da geral, após acesa disputa com Fábio Mota (Peugeot 308 Cup). As ausências de Manuel Gião e de Gonçalo Manahu repetiram-se, pois os carros não ficaram prontos a tempo. A sessão terminou dois minutos antes da hora, pois foi necessário repor alguns elementos da chicane da Araucária no devido lugar.

A primeira corrida ficou logo marcada pelas dificuldades do Kia de Gião em arrancar para a volta de formação conseguindo ainda assim colocar o carro em marcha. Ao sinal verde, Pedro Salvador teve uma largada forte e não perdeu a liderança da prova, enquanto atrás a luta entre Mota e Moura originou um toque, enquanto Parente passava Lobato. Salvador distanciava-se da concorrência e criava uma distância confortável. José Correia, com uma saída de pista, e João Sousa, com problemas técnicos, desistiam a meio da prova. A luta entre Parente e Lobato durou até ao final e sorriu ao homem da casa, a aproveitar um erro do seu adversário. Salvador venceu, seguido de Lobato e Parente.

Nos Supercars a vitória foi para Pedro Lisboa, que embora em fase de adaptação ao carro e à pista conseguiu um bom resultado.

A corrida dois não contou com Manahu (fim de semana para esquecer) e José Correia. Salvador não estava disposto a deixar escapar a oportunidade e largou bem, enquanto atrás de si a confusão instalou-se com Cautela a ser vítima das intensas lutas no meio do pelotão, obrigando à entrada de um Safety Car. A corrida ficou ainda marcada por uma travagem falhada de Abreu, que tocou em Moura que perdeu dois lugares (Gião aproveitou a deixa para subir para quinto). Salvador selou a segunda vitória do fim de semana, seguido de Francisco Carvalho e Francisco Abreu. João Sousa voltou a ter problemas na sua máquina e fez apenas 4 voltas, num fim de semana recheado de azares e longe da competitividade que o Leon já mostrou. O melhor Supercar foi Fábio Mota, com Daniel Teixeira por perto.

Boas lutas no CPVT

Salvador não está para brincadeiras e segue líder do campeonato, depois de um desempenho brilhante em Vila Real. São três vitórias em quatro corridas para o piloto que regressa este ano ao nacional de velocidade. A dupla da Sports&You (Lobato/Abreu) mostrou a competitividade do costume e Lobato soma mais um pódio em casa, já um hábito para o jovem, tal como Abreu, que regressou a um pódio que conhece bem. Francisco Carvalho teve um fim de semana em crescendo, mas as características do seu Audi não são favorecidas neste traçado, tal como sentiu Moura.

A dupla da Novadriver não teve a sorte do seu lado, mas tanto Parente como Cautela (estreia em Vila Real) continuam a mostrar evolução e prometem bons resultados para o futuro. Quem continua sem sorte é Gião que, além de problemas na afinação do seu carro, teve de lidar com a cada vez mais habitual falta de fiabilidade do Kia, que infelizmente teima em não cooperar. Conseguiu bons pontos mas a máquina já mostrou ser capaz de mais. João Sousa não teve a sorte do seu lado e não conseguiu mostrar o seu potencial e o do seu carro.

Supercars ajudaram à festa

Com máquinas interessantes e bons pilotos, os Supercars foram mais um elemento que ajudou na festa. As máquinas mais imponentes não rodaram muito, com a desistência de Correia e Manahu, mas tivemos boas lutas. Fábio Mota, um homem que não é de Vila Real mas é claramente “da casa”, sempre muito acarinhado, não faltou e conseguiu uma vitória na sua categoria, continuando a sua evolução no 308 Cup, preparando as futuras provas numa pista exigente e que conhece bem. Daniel Teixeira voltou a mostrar bons apontamentos, tal como em Braga. Pedro Lisboa teve uma estreia positiva e Paulo Martins ainda conseguiu uma subida ao pódio.