O biorritmo da Rampa da Falperra

Por a 10 Maio 2017 11:01

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Fotos ZOOM Motorsport/António Silva; Foto GTI/Pedro Ferreira e Daniel Soares/Direita3

Como em todo o desporto, para que alguns ganhem, muito outros têm que perder, e o desporto automóvel não é exceção. Por isso, na passada Rampa da Falperra, muitos foram os que festejaram, mas muito mais os que têm histórias menos alegres para contar…

Rui Ramalho obteve na Falperra a primeira vitória com o seu novo Osella, e por isso, no final da prova estava radiante com o seu triunfo ao nível do Campeonato Nacional de Montanha. Uma “vitória muito saborosa” e a sua “primeira” ao volante do novo Osella. “Ainda me estou a adaptar ao carro e esta prova, sendo uma das mais exigentes do campeonato, trouxe alguns problemas que consegui ultrapassar bem”, afirmou o piloto portuense. “Depois do que aconteceu ontem com a anulação da primeira subida oficial, sabia que não podia errar, mas sabia também que tinha de atacar se queria vencer. Na segunda subida pude controlar e fiz só o suficiente para terminar e garantir o triunfo, que me dá agora a liderança do campeonato”, acrescentou Rui Ramalho, que saiu vitorioso duma batalha onde houve muitos altos e baixos entre os concorrentes.

Por exemplo, Pedro Salvador, que teve uma subida de prova anulada, por haver óleo na estrada e um problema mecânico, ficando dessa forma sem hipóteses de repetir o triunfo conseguido na Penha há três semanas. Foi uma prova para esquecer para o Campeão Nacional em título. A ruptura de uma rótula da supensão do Silver Car motivou um toque e comprometeu definitivamente o resultado. Já sem hipóteses de lutar por qualquer classificação, regressou para derradeira subida e voltou a impor-se como o mais rápido: “O fim-de-semana teve um sabor amargo. Estávamos rápidos e fizemos tempos consistentes para ganharmos no Nacional de Montanha e ficar entre os dez primeiros da geral, no entanto o azar da ruptura da rótula aliado ao facto da primeira subida de prova ter sido anulada, deixou-me sem qualquer hipótese de lutar pelo que quer que fosse”, disse.

Os incidentes motivados pela existência de óleo no piso e os atrasos que daí vieram, fizeram com que a primeira subida de prova pura e simplesmente tivesse sido anulada. Ora apenas restavam duas subidas, em que nada podia correr mal. A rótula traiu Pedro Salvador e “decidimos fazer a última subida, contam duas, uma tinha sido anulada e por isso fiquei com todas as hipóteses de lutar por algo completamente hipotecadas. Restou-me centrar no desenvolvimento do Silver Car, que é o objetivo principal e no espectáculo que público merece. Esforcei-me por isso e acho que nestes dois pontos fomos vencedores” rematou Pedro Salvador.

Equipa a que tudo correu às mil maravilhas foi a Veloso Motorsport, com duas vitórias e um segundo lugar, um excelente pecúlio conquistado, pelos três pilotos que a equipa da Póvoa do Lanhoso inscreveu nesta prova. Patrick Cunha, que trouxe até à Falperra o Audi SR3 TCR que tripula habitualmente no Nacional de Velocidade, e Miguel Lobo, que conduziu um SEAT Leon TCR, garantiram à Veloso Motorsport os dois primeiros lugares da Taça Nacional de Montanha TCR/TCS. Luis Nunes com um SEAT Leon MKIII foi o grande vencedor no Campeonato reservado à Categoria 5.

“Estou bastante satisfeito com esta participação na Falperra, vencemos com algum à vontade nos TCR e conseguimos ainda, isto a titulo de curiosidade, andar na luta com os melhores GT. Foi também muito positivo o quinto lugar no campeonato nacional em termos absolutos, mostra que andamos muito bem e sempre ao ataque. No Sábado dei um toque devido ao óleo depositado na última curva, felizmente foi pouco, mas mesmo não sendo grave foi trabalho extra para a Veloso Motorsport, que mais uma vez esteve ao mais alto nível, recuperando exemplarmente o carro. Um agradecimento a todos os meus patrocinadores e em especial ao Sporting Clube de Braga, que represento com muito orgulho” referiu Patrick Cunha.

“Saio daqui muito triste, porque poderia ter sido um fim-de-semana de grande festa, mas de facto não foi porque a organização assim não o quis. Fui muito prejudicado na minha primeira subida de prova com bandeiras amarelas e carros em posição perigosa, reduzi a velocidade como mandam as regras e no final não me deixaram repetir. Como só tínhamos duas subidas, o meu resultado ficou desde logo hipotecado no que à luta pela vitória diz respeito. A adaptação ao SEAT Leon TCR foi boa, trata-se de um bom carro e muito bem preparado pela Veloso Motorsport, a quem agradeço o excelente trabalho” Disse Miguel Lobo.

“Estou muito feliz com este triunfo, conseguido numa prova de que gosto muito e que dá de facto muito gozo vencer. Com a anulação do meu tempo de sábado, o meu melhor de todo o fim-de-semana, senti-me prejudicado. Pior que isso, ficamos todos com apenas duas subidas a contar, o que significava que qualquer deslize era a “morte do artista”. Felizmente tudo correu bem e consegui com duas subidas em tempos quase iguais, superar a forte concorrência e ganhar. O meu carro esteve sempre nas melhores condições e daí os meus parabéns à Veloso Motorsport pelo grande trabalho desenvolvido na Falperra”, assinalou Luis Nunes.

Do lado das dificuldades esteve também Edgar Reis, que não foi feliz na segunda prova do Campeonato Nacional de Montanha, pois num fim-de-semana marcado pela anulação de uma das subidas oficiais, o piloto do Porsche 997 GT3 Cup sofreu um pião na manhã de domingo e terminou a prova no 6º lugar da Categoria 2, 3º entre os pilotos que pontuam para o CNM: “As corridas são mesmo assim, nem sempre as coisas correm como nós queremos. A anulação da subida de sábado tornou tudo mais difícil mas eu estava confiante que conseguiríamos lutar pela vitória já que no sábado tínhamos rodado em 2m24s e ainda tínhamos margem para evoluir. O pião surgiu porque entrei demasiado rápido naquela curva. São coisas que acontecem. Vamos tentar recuperar já na Covilhã, numa rampa onde ganhámos a categoria no ano passado”, afirmou o piloto de Famalicão, que continua na luta pelo título dos GT.

Embora tivesse liderado a sua categoria, em grande parte do fim de semana,  foi mesmo na derradeira subida que José Pedro Gomes perdeu a liderança, e isso motivado por problemas no seu  Ford Escort, que não esteve nos seus melhores dias…Assim o fim de semana não foi  lá muito proveitoso, pois inicialmente foram problemas de travões, que afectaram o desempenho do Escort, no entanto  foram sendo solucionados, mas o piloto advogado detalhou-nos o que se passou a bordo do Escort “ não correu nada bem, tive ao longo do fim de semana com  problemas com os travões e como não fosse já suficiente, depois foi  a caixa de velocidades, cujas mudanças saltavam.Tudo isto criou muitas dificuldades para segurar este potente Ford Escort, o problemas nos travões foi solucionado pela minha equipa de mecânicos.O objectivo perante todos estes problemas era chegar ao final, objectivo esse alcançado, mais não seja para amealhar pontos para o Campeonato, pois  é  sempre importante, para quem quer lutar pelo titulo.Agora nestas duas semanas de intervalo, vamos tentar solucionar tudo isto, para que o Ford Escort esteja perfeito para a Rampa da Covilhã, na qual quero vencer a minha categoria, como aliás já aconteceu na Rampa da Penha “, disse-nos.

Por fim, houve que nem sequer participasse, como sucedeu com Bernardo Sá Nogueira, que ainda assim retira aspetos positivos de um evento em que acabou por não ter a possibilidade de participar. O escalabitano tomava parte no evento deste ano ao volante do Porsche 997 GT3 Cup da Konzept Automobile preparado pela Golden Motorsport, o que lhe dava a possibilidade de assegurar resultados interessantes na mítica prova portuguesa que reúne os melhores pilotos europeus da especialidade.

No entanto, durante um “shakedown” em Braga um problema na caixa de velocidades acabou por inviabilizar a participação de Bernardo Sá Nogueira na edição deste ano da Rampa da Falperra, apesar de todos os esforços dos envolvidos para ultrapassar esta contrariedade: “Foi um fim-de-semana que não correu da forma como esperávamos, mas ainda assim temos aspectos positivos a tirar. Um pequeno problema numa anilha da caixa de velocidades do nosso carro acabou por inviabilizar a nossa participação na Rampa da Falperra. Sobre isto, não há muito a dizer, por vezes as corridas são assim. Mas gostei muito de conduzir o Porsche 997 GT3 Cup da Konzept Automobile, que mostrou ser um carro bastante competitivo, equilibrado e fantástico para este tipo de provas. Adorei conduzir o carro”, começou por dizer o piloto de Santarém.

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