500 Milhas de Indianápolis: O grande espetáculo vai começar!

Por a 26 Maio 2018 16:08

Finalizados todos os treinos que pilotos e equipas tiveram á sua disposição, a “pole position” para mais uma edição das 500 Milhas de Indinápolis caiu nos braços de Ed Carpenter. A 102ª edição da mítica prova norte americana terá vários motivos de interesse. Além da terceira “pole position” da carreira para Carpenter, Danica Patrick está a realizar a sua última corrida antes de pendurar o capacete.

Fortemente apoiada pela Go Daddy e pela equipa Carpenter, uma das melhores do plantel, a piloto norte americana vai sair da sétima posição da grelha de partida. Segundo ela, tem grandes possibilidades de visar a vitória na sua prova de despedida. Presunção ou certeza, amanhã veremos quando os 33 pilotos se lançarem para as 200 voltas à oval de Indiana com um perímetro de 2,5 milhas (4 quilómetros) completando 805 quilómetros de prova.

Sendo o penúltimo a sair para a pista no grupo de elite dos nove mais rápidos que saíram das sessões de qualificação, Ed Carpenter esteve imperial nas quatro voltas que tinha direito e conseguiu uma média de 229,618 moh, qualquer coisa como 367,38 km/h. Com este registo, o piloto norte americano esperou pelo assalto final de Helio Castroneves que correu mal e acabou com o oitavo tempo para o brasileiro.

Como referimos, Danica Patrick fez o sétimo tempo neste seu regresso à IndyCar de onde estava ausente desde 2013, quando decidiu seguir para a Nascar. As coisas não correram como esperava e, no final do ano passado, Tony Stewart não lhe renovou o contrato com a Stewart Haas Racing. Terminado o romance com o piloto da Nascar, Ricky Stenhouse Jr., caiu nos braços de Aaron Rodgers (quarterback dos Green Bay Packers) e desenvolveu variadíssimos negócios pessoais, aproveitando a saída da Nascar para anunciar o final da sua carreira como piloto com a presença nas 500 Milhas de Daytona (Nascar) e nas 500 Milhas de Indianápolis (IndyCar). Em Daytona ficou de fora envolvida num acidente na madrugada da corrida, veremos amanhã como será a despedida de uma das mais mediáticas e, já agora, belas pilotos que passaram pela competição motorizada norte americana, rivalizando com as irmãs Force (Courtney e Brittany) do campeonato NHRA.

Contas feitas, Ed Carpenter ficou na “pole position”, seguindo-se Simon Pageneaud, Will Power, Josef Newgarden, Sebastien Bourdais, Spencer Pigot, Danica Patrick, Helio Castroneves e Scott Dixon. Estes foram os nove pilotos que emergiram da qualificação para definirem entre si quem iria sair da “pole postion”.

O melhor dos outros, ou seja, aqueles que só poderiam aspirar ao 10º lugar da grelha, foi Tony Kanaan, com o seu colega na equipa AJ Foyt, Matheus Lesit a ficar com a 11º posição.

Destaque para o 16º lugar na grelha para o vencedor de 2017, Takuma Sato, enquanto que Alexander Rossi, o homem que levantou a “BorgWarner” em 2016, foi o segundo mais lento e vai sair para a corrida de 32º. A presença de muitos pilotos a tentar a qualificação para esta 102ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, provocou algumas surpresas, a maior delas foi a não qualificação de James Hinchcliffe. O canadiano, piloto da Schimdt Peterson Motorsports, não vai mesmo participar pois não encontrou um piloto que lhe cedesse o lugar para a grelha de partida, algo que é normal na Indycar e nas 500 Milhas.

Destaque, ainda, para o piloto mais jovem na grelha de partida desta edição 2018 das 500 Milhas de Indianápolis, Matheus Leist. Com apenas 19 anos, o brasileiro conseguiu igualar os feitos de dois pilotos que, curiosamente, se atravessaram na sua carreira: AJ Foyt (dono da equipa onde está o piloto gaúcho e que tinha o recorde da melhor posição de um estreante nas 500 Milhas desde 1958) e Tony Kanaan (seu colega de equipa e o melhor rookie na grelha em 2002). Recordamos que Matheus Leist venceu a F3 Inglesa em 2016 e foi 4º classificado na IndyLights em 2017.

O último treino para as 500 Milhas e, também, o mais curto, é conhecido como “Carburation Day” – antigamente era preciso afinar a carburação dos motores… – e terminou com o melhor tempo na posse de Tony Kanaan, conseguindo rolar acima dos 366 km/h. Um bom indicador para a corrida de amanhã, deixando para trás Scott Dixon, no carro da Ganassi e Marco Andretti, o terceiro mais veloz. Este último treino não passou sem algum drama quando problemas na Unidade Central de Comando do motor, obrigaram-na a ir para as garagens a meio da sessão. Felizmente tudo não passou de um pequeno problema eletrónico e ainda foi a tempo de rubricar o 8º tempo da sessão. O melhor “rookie”, Matheus Leist, foi apenas 28º.

A estreia em Indianápolis do novo pacote aerodinâmico da Indycar tem estado a causar alguns suores frios às equipas, nomeadamente, devido ao calor que se vai fazer sentir na hora da corrida (bandeira verde ás 12:19 hora local, 17.19 em Portugal), previsto superar os 33 graus no ar, acima dos 40 graus no asfalto. Segundo os pilotos e chefes de equipa mais experientes, as paragens nas boxes serão muito importantes pois os carros vão necessitar de constantes ajustes na busca de acompanhar as mudanças que a pista vai sofrer ao longo das 200 voltas á oval de Indianápolis.

De acordo com declarações feitas por Tony Kanaan, o novo pacote aerodinâmico dos monolugares norte americanos torna o chassis muito sensível à temperatura ambiente e da pista. Segundo Tony Kanaan, “ninguém andou com esse nível de temperatura, por isso todos estão preocupados e já percebemos que temos muito trabalho pela frente, trabalhando com as ferramentas que estão no carro. Temos duas barras estabilizadoras nos dois eixos, temos o lastro e, ainda, a asa dianteira. Será uma prova totalmente diferente daquele que disputei e ganhei em 2013, onde não foi feita uma única alteração ao carro nas paragens que realizei. Desta feita, tenho a certeza que cada paragem irá obrigar a afinações. Será uma corrida dura.”

José Manuel Costa

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