Stéphane Peterhansel: “Se há uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que o Dakar é uma aventura, a longo prazo”

Por a 5 Janeiro 2015 23:39

O segundo dia do Dakar, que levou os concorrentes da Villa Carlos Paz a San Juan (Argentina), apresentava-se como a mais longa especial da prova, contando com 518 quilómetros cronometrados. Não só era uma etapa longa como também integrava uma grande variedade de condições, desde secções apertadas e sinuosas, seguidas por outras de poeira e areia. A maior dificuldade a superar foi o calor, que fez sofrer todas as equipas. Sem dúvida, o Dakar mostrou-se à altura da sua terrível reputação. 

Para a Peugeot, este dia apresentava-se como um verdadeiro teste, pois tratava-se da primeira saída do Peugeot 2008 DKR num terreno tão variado e quente, tão típico do Dakar. Apesar disso, ele passou com sucesso este exame de avaliação, alcançando mesmo um tempo no top-10. Carlos Sainz abordou o dia com a sensação de que essas pistas apertadas e sinuosas não se adequavam, realmente, às duas rodas motrizes do seu 2008 DKR. Para além disso, temia que a sua posição inicial (8º a partir) o fizesse perder tempo. No entanto, o piloto espanhol conseguiu imprimir um ritmo suficiente para melhorar a sua posição na classificação geral, mesmo que o seu carro tenha enfrentado o maior desafio da sua ainda jovem carreira.

Sainz terminou a especial na 7ª posição, permitindo-lhe alcançar o 6º lugar na classificação geral. “Hoje conseguimos ganhar duas posições, subindo ao 6º lugar. Infelizmente, estivemos envolvidos numa colisão com um motard na especial, no que foi um grande choque», resumiu. «Antes de mais, os meus pensamentos estão com ele, desejando-lhe, muito sinceramente, rápidas melhoras. Quanto ao resto, não encontrámos quaisquer problemas mecânicos, tendo decidido para não tomar muitos riscos para optimizar as nossas hipóteses de atingir o final desta especial tão longa”.

Stéphane Peterhansel terminou a especial na 26ª posição, sendo 22º no acumulado das duas etapas, de um total de treze previstas. O francês atingiu uma raiz que estava escondida numa área de fesh-fesh, provocando a quebra de um braço da direcção. Saiu do carro para a reparação e quando pretedeu voltar à pista o carro recusou-se a pegar. Este revés custou-lhe uma hora mas, dada a sua experiência, ele sabe que no Dakar tudo pode mudar muito rapidamente.

“Se há uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que o Dakar é uma aventura, a longo prazo”, refere. “Infelizmente, as coisas começaram a dar errado quando atingimos a raiz. Claro que depois lutámos para colocar o carro em funcionamento outra vez, mas se eu não tivesse batido na raiz, isto não tinha acontecido. Era uma especial muito dura, com muito calor, o que foi incrível”.

O ex-motard Cyril Despres continuou a progredir numa etapa sem problemas, num terreno muito selectivo. Acumulou uma experiência valiosa que lhe permite ocupar, com uma notável simetria, o 24º lugar na classificação geral, idêntica à obtida na especial do dia: “Continuo fiel ao meu plano, que consiste simplesmente em apresentar-me nesta prova ao volante de um carro», refere. «Foi, sem dúvida, o dia mais difícil de toda a minha vida sobre quatro rodas! O calor era comparável ao de um secador de cabelo bloqueado na potência máxima! No entanto, é um prazer ter superado a especial mais longa do rali, acumulando uma quilometragem valiosa, de acordo com o meu plano. Sobretudo, não quero cometer um erro que comprometa as nossas hipóteses de terminar”.

Bruno Famin, Diretor do Peugeot, conclui, assim, este longo dia: «Não tínhamos, até agora, coberto uma distância deste tipo, menos ainda sob temperaturas tão extremas, que representam uma verdadeira tortura para o carro. Ter ultrapassado a etapa mais longa do rali é um enorme sucesso para nós. O Rally Dakar começou a mostrar a extensão das suas dificuldades e das suas surpresas».

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