Morocco Desert Challenge: Elisabete Jacinto com muito para contar…

Por a 20 Abril 2018 07:37

Elisabete Jacinto tem tido um Morocco Desert Challenge bastante atribulado com altos e baixos, basicamente as aventuras habituais por terras de África em que as armadilhas são mais do que muitas e a superação das ultrapassar boa parte do prazer que é correr em África.

Neste momento (final da Etapa 5), Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho são sétimos classificados a mais de cinco horas dos líderes, o Tatra de Aleš Loprais, Ferran Marco Alcayna e Petr Pokora.

Nos 4X4, Paulo Ferreira e Jorge Monteiro (Toyota Hilux), venceram a 1ª e a 3ª etapa, foram terceiros classificados na segunda, mas as classificações da prova continuam a ser difíceis de surgir e por isso ficamos em stand by. Fica para depois…

Logo no primeiro dia de prova, sofreu um revés aquando da travessia de um oued lamacento que acabou por atirar os portugueses para a 25ª posição entre os camiões. Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho viram o seu MAN TGS de competição ficar preso na lama e tiveram que esperar bastante tempo por ajuda o que os atrasou bastante: “estava a fazer uma especial excelente. Fomos o terceiro camião a partir para o prólogo e conseguimos andar num bom ritmo sempre no caminho certo. A determinada altura, quando estávamos a atravessar um oued que tinha muita lama, o camião deu um salto e no momento em que as rodas assentaram no chão ficaram completamente enterradas. Tentámos de todas as formas sair dali, mas a lama era tão densa que não era possível sair sem ajuda. Assim, decidimos chamar o camião vassoura. Entretanto passou por nós um concorrente com um MAN KAT 6×6 semelhante ao nosso que nos puxou e conseguiu tirar-nos dali. Depois disso viemos sempre num bom ritmo. Apesar do revés não esmorecemos.

No segundo dia, Elisabete Jacinto subiu 22 posições na tabela de classificação geral. No setor seletivo que conduziu os concorrentes até Touzounine, Elisabete Jacinto executou o percurso de forma exemplar: “Podemos dizer com toda a certeza que esse foi o dia em que batemos o nosso recorde de ultrapassagens. Foi um trabalho difícil, porque apanhámos muito pó, mas conseguimos fazer uma etapa bastante boa e sem problemas. A especial era deveras complicada. A dureza do traçado e a extensão do setor seletivo complicaram-nos muito a vida. Passámos sete horas a conduzir o que é verdadeiramente extenuante. Apesar dos obstáculos, não tivemos dificuldades na navegação e viemos sempre no caminho certo com um bom ritmo. Fizemos um bom trabalho e ficámos contentes com a nossa classificação”, contou a piloto portuguesa que no dia seguinte, na difícil jornada cumprida nas dunas do Erg Chegagateve novo dia difícil.

No cruzamento de uma grande secção de areia um dos pneus do MAN TGS de competição saiu da jante o que os fez perder imenso tempo a tentar resolver a situação e terminaram a etapa no 22 lugar da classificação destinada aos camiões: “Foi um dia muito difícil. Tentámos andar depressa mas tivemos problemas com os amortecedores e apanhámos muita pancada. No entanto, o nosso grande problema foram as dunas. Um dos nossos bedlocks, o sistema que usamos que permite andar com pressões mais baixas nos pneus para que estes não saíam da jante, falhou e a determinada altura, quando estávamos encostados a uma barreira de areia, o pneu saiu da jante e ficámos presos. Demorámos imenso tempo a resolver a situação e a sair dali. As dunas são sempre muito traiçoeiras e sem o material certo é difícil fazer melhor. Depois disso tivemos apenas umas pequenas dificuldades num sitio em que é sempre muito complicado navegar mas conseguimos andar bem e com um bom ritmo. Contudo, perdemos demasiado tempo nas dunas o que nos deixa frustrados porque estávamos a fazer uma boa etapa”, adiantou a piloto portuguesa.

Anteontem, a piloto obteve o sétimo posto entre os camiões num dia em que os concorrentes voltaram a atravessar as dunas do Erg Chegaga, conseguindo com isso recuperar 15 lugares: “Foi um dia em que tudo correu tudo bem. Passamos bem as dunas sem problemas nenhuns. Apenas ficamos presos na crista de uma duna, mas conseguimos rapidamente resolver a situação. Tivemos que fazer as dunas com bastante calma, porque devido às configurações do nosso camião não consigo ser rápida na areia. Mas fizemos tudo com tranquilidade e correu bastante bem. Depois da areia pudemos imprimir um bom ritmo e conseguimos subir lugares na classificação dos camiões o que nos deixa satisfeitos”, revelou a piloto portuguesa, que em muito para contar nestes primeiros quatro dias de prova. À partida, Elisabete Jacinto mostrava confiança: “temos uma boa equipa… já muito rodada e experimentada. Trabalhamos bastante bem em conjunto e conhecemos bem o terreno em Marrocos. Se o azar não nos bater à porta tenho a certeza de que conseguiremos ser competitivos… e vamos fazer por isso!”, refere a piloto, que parecia adivinhar o que tinha pela frente.

Apesar das dificuldades impostas pelo sector seletivo, ontem, Elisabete Jacinto conseguiu ultrapassar todos os obstáculos dando mais uma vez provas da consistência do seu andamento: “a etapa correu bem mas foi muito trabalhosa e cansativa. Não tivemos grandes percalços porque fizemos tudo com muita calma, no entanto, as passagens de areia são sempre complexas. No Erg Ouzina, apesar do traçado não apresentar grandes dificuldades, apanhámos um grande susto. Estávamos a sair de uma duna muito alta e o camião fez um voo incrível. Foi uma grande sorte ter parado com as quatro rodas bem assentes no chão porque a determinada altura pensei mesmo que fosse capotar. Mas foi a passagem do Erg Chebbi que nos deu mais dores de cabeça. Foi particularmente difícil porque entrámos nas dunas ao meio dia e não conseguíamos ver nada do terreno. Optámos por andar com calma para não fazer más escolhas e felizmente acabou por correr tudo bem”, contou Elisabete Jacinto.

 

 

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