Marc Coma tranquilo na frente em Dakar com ‘sotaque’ português

Por a 8 Janeiro 2011 16:14

A competição começou com a vantagem de Desprès, que liderou nos primeiros dias de prova com o espanhol Coma sempre muito perto, tornando a luta pelos primeiros lugares numa das mais interessantes. Contudo, na terceira etapa, uma penalização alterou o panorama geral e colocou Marc Coma isolado na frente.

Desprès falhou a passagem por um controlo na saída de Jujuy, durante a ligação de 554 km até ao início da quarta especial, e acabou por ser penalizado em dez minutos na etapa, o que deixou o motard pouco satisfeito, relegado para a segunda posição, encontrando-se ao cabo da sexta especial a 8m48s de o líder da Geral.

Por outro lado, Coma tem feito um Dakar rápido e sem grandes falhas, o que o tem colocado sempre entre as posições cimeiras da competição, ao mesmo tempo que os outros motards se vão digladiando entre si e impedindo uma recuperação mais pronunciada de Desprès. Além disso, Coma deu ainda mostras de grande desportivismo – tal como Paulo Gonçalves -, ao ajudar Olivier Pain, que havia sofrido uma forte queda e necessitado de ajuda médica na mesma etapa em que ele próprio havia caído e enfrentado problemas com o radiador da sua moto.

Em terceiro, aparece Francisco Lopez Contardo, ou ‘Chaleco’ Lopez como é conhecido, que também tem estado em muito boa forma, tentando ganhar uma especial e consolidar-se como um dos protagonistas do pódio. No entanto, logo atrás encontra-se o português Hélder Rodrigues, que tem vindo a fazer uma boa recuperação na prova depois de um início muito cauteloso.

O Dakar também ‘fala’ português

O piloto luso da Yamaha tem vindo a galgar posições de forma sólida na classificação geral e chegou ao dia de descanso com o quarto posto, depois de ter ganho a última tirada antes deste dia de paragem. A cerca de cinco minutos de Lopez, Rodrigues ainda tem muito caminho pela frente para tentar chegar ao pódio, mesmo se a aproximação aos dois primeiros será muito difícil mas não impossível.

Em quinto aparece outro português, Rúben Faria. O escudeiro de Cyril Desprès tem sido uma das figuras de destaque da prova, sempre nos lugares da frente, chegando mesmo a fazer o melhor tempo em duas ocasiões, embora tenha sido posteriormente penalizado: no primeiro dia, por exceder a velocidade máxima numa zona controlada pela organização, ao passo que ontem por irregularidade no processo de reabastecimento, no qual parou menos tempo do que o exigido pelo regulamento (15 minutos), vendo o seu tempo posteriormente ajustado. Ainda assim, o quinto posto é uma posição para Faria, que se tem mostrado como um piloto bastante rápido e a ter em conta na luta pelas especiais.

Marc Coma tranquilo na frente em Dakar com 'sotaque' português

O sexto lugar é ocupado por Jordi Villadoms (Yamaha), sendo seguido por Johan Street (Yamaha), Frans Verhoeven (o melhor representante da BMW), Pedrero Garcia (KTM) e Stefan Svitko (KTM). O norueguês Pal Anders Ullevalsetter (KTM) tem sido uma das desilusões da prova até agora, depois de nas últimas edições ter sido consistentemente um dos pilotos de topo. Este ano, encontra-se apenas em 11º, talvez pagando de forma demasiado pesada a fatura da passagem para as motos de 450, a qual apenas pôde testar em novembro passado.

Quanto aos outros representantes portugueses, Paulo Gonçalves acabou por ser um dos mais azarados, ao ver todas as suas esperanças numa boa classificação esfumarem-se devido a um arreliante problema elétrico sofrido ontem na sexta etapa em pleno deserto. Gonçalves, que havia ganho a quinta especial, acabou por perder mais de sete horas ontem e, com isso, caiu para a 62ª posição, restando ao piloto da BMW lutar por triunfos em especiais e subir o máximo possível na tabela.

Pedro Oliveira (da Dakarteck) tem vindo a realizar uma boa prova, discreta mas bastante consistente, conseguindo neste momento ocupar o 29º lugar da Geral, aos comandos de uma Yamaha, naquela que pode ser considerada como uma boa prova do motard luso. Pedro Bianchi Prata surge pouco atrás, no 37º posto, tendo perdido também algum tempo na etapa de ontem a tentar ajudar Gonçalves a resolver o seu problema. Rui Oliveira e Fausto Mota também têm efetuado boas provas, mesmo se os seus objetivos primordiais passem por chegar a Buenos Aires. Neste momento, encontram-se em 65º e 74º, respetivamente.

João Rosa é que já não está em prova, depois de se ver envolvido numa queda na terceira etapa, acabando por lesionar-se e a abandonar, depois de um início de prova cauteloso. 

Fotos Red Bull, Oficiais e DPPI (Dakar.com)

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