João Ramos inconformado contra a decisão na Baja TT de Idanha-a-Nova

Por a 22 Setembro 2015 19:03

Na recente Baja TT de Idanha-a-Nova, a dupla João Ramos e Victor Jesus, ao volante da sua Toyota Hilux, foi a mais rápida, no cronómetro, a cumprir os 371,04 km que totalizaram esta penúltima ronda do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.

Porém, a vitória acabou por ficar nas mãos de Miguel Barbosa, dado que, após cumprido o SS2, último da prova, os pilotos da Hilux acabaram por sofrer uma penalização de duas horas por terem controlado por avanço após o SS1.

Na sequência do sucedido, João Ramos apresentou agora os argumentos que o levam a ser contra a decisão tomada pela organização, a Escuderia Castelo Branco, justificando também o facto de não ter apelado contra a decisão da organização na devida altura. Aqui fica o comunicado:

Foi uma prova dura, em que estivemos sempre ao ataque e assim conseguimos vencer no terreno, contudo a penalização deitou por terra todo o trabalho da equipa. Venho manifestar a minha estranheza e desagrado pela dualidade de critérios aplicada pelos comissários do posto de controlo de entrada na ZA após a 1ª SS no Sábado dia 12 de Setembro de 2015, no decorrer da última edição da Baja TT Idanha-a-Nova organizada pela Escuderia de Castelo Branco.

Passo a descrever o sucedido:

Ao aproximarmo-nos do posto de controlo e apesar de circularmos a velocidade reduzida, não conseguimos parar na delimitação do referido espaço, pois vínhamos com problemas de travões (problema esse que já estávamos a sentir nos quilómetros finais da especial, obrigando a bombear várias vezes para estes atuarem) e o carro só se imobilizou uns escassos metros a seguir à placa de final de zona de controlo, ficando mesmo assim, à vista dos controladores. É ainda de salientar, que a zona é a descer, o que por sua vez não ajudou.

Assim, o Victor saiu do carro e dirigiu-se à mesa dos controladores aos quais explicou o sucedido e estes atribuíram-nos o nosso tempo correto de passagem na carta, assim como no cronómetro de fita, 12h 31m.

Após cerca de 4 horas de assistência e reagrupamento, partimos para o segundo setor.

No final do dia, após o final da prova, à entrada do último controlo o Diretor de Prova dirigiu-se ao Victor, mostrando um relatório dos referidos comissários de posto, em como não tínhamos cumprido os procedimentos normais de controlo e que nas suas funções de direção teria comunicado ao CCD e seria obrigado a atribuir-nos uma penalização de 2 horas.

Conforme as Prescrições Específicas de Todo-o-Terreno 2015, relativamente à carta e procedimentos de controlo:

“Art.º 14.3 – A sua apresentação, nos diferentes controlos e a exatidão do que nela é escrito é da inteira responsabilidade da equipa. Só os controladores serão autorizados a inscrever a hora na carta de controlo, manualmente ou por meio de um aparelho impressor.”

– A hora foi inscrita na carta pelos comissários, assim como, a do cronómetro de fita, o que remete para a aceitação por parte dos mesmos, quanto ao cumprimento do art.º16.1

“Art.º 16.1 – Nos CHC, os controladores indicarão na carta de controlo, a hora de apresentação, a qual corresponderá ao momento exato em que um dos membros da equipa lha entregar. A marcação da carta de controlo só será efetuada, se os membros da equipa bem como o veículo se encontrarem junto do posto de controlo.”

– Pelo que, após a marcação da mesma, confirma-se a aplicação deste art.º16.1, deixando de ser aplicável o art.º 14.4

“Art.º 14.4 – As equipas são obrigadas a fazer controlar a sua passagem, em todos os pontos mencionados na sua carta de controlo e pela ordem por que estão numerados. A falta de um visto ou a não apresentação da carta de controlo num qualquer posto, desde que a equipa tenha passado nessa zona de controlo, resultará na aplicação de uma penalidade de 2 horas….”

– Como tal, reforço que relativamente ao Art.º 14.4, tínhamos o registo da hora correta de passagem na carta de controlo inscrita pelo comissário do posto, bem como o registo no relógio da mesa de controlo, como tal não temos falta de nenhum visto, logo não se aplica a penalização de 2 horas.

Assim, bem sei que poderíamos e deveríamos ter reclamado da decisão e só não o fizemos em tempo útil, pois após o stress, o desgaste físico e psicológico natural de uma prova desta natureza, tal como, a hora tardia em que a prova terminou e nos foi comunicada esta decisão, apanhou-nos totalmente de surpresa, deixando-nos completamente desfeitos e transtornados psicologicamente, não nos permitindo ter a lucidez mental suficiente para o fazer.

Agora, pensando ‘mais a frio’, não posso deixar de manifestar estranheza e desagrado, pela dualidade de critérios manifestada por parte dos referidos comissários, tal como, a posterior aceitação por parte do CCD implicando a penalização de duas horas, que, acabam por colidir com o regulamento aplicável”, finalizou o piloto João Ramos.  

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI

últimas TT
últimas Autosport
todooterreno
últimas Automais
todooterreno
Ativar notificações? Sim Não, obrigado