João Lopes recordista nos Buggy/UTV

Por a 3 Junho 2014 10:37

A competição destinada aos Buggy/UTV estava recheada de novidades em Alcoutim, numa categoria que não pára de crescer em número e qualidade de participantes.

Estreavam-se Tomás Vieira de Campos, filho de Filipe Campos, Miguel Jordão, piloto que veio dos Karts e filho de Pedro Jordão, navegador de Carlos Oliveira. Jorge Monteiro apresentava-se aos comandos do Polaris 1000 utilizado pelo seu filho João nas duas provas anteriores, onde o pai correu de CanAm e Pedro Antunes estreava um Polaris 1000, depois de duas corridas muito pouco conseguidas de Articat. Regressavam à competição Sérgio Silva, 3º do CNTT em 2011 e Pedro Rocha, filho de Duarte Rocha, antigo piloto de Autocross e TT.

Com 24 equipas à partida esta era a única disciplina a não perder inscritos face ao Vinhos Ervideira Rali TT e a conseguir, pelo contrário, crescer. Infelizmente a organização do CAA teve para com este pilotos e equipas uma atitude perfeitamente discriminatória, obrigando-os a pagarem uma inscrição mais elevada e dando-lhes menos quilómetros de corrida para disputarem. Para além disso foram obrigados a partir, tanto no prólogo como na corrida, depois dos automóveis e não a seguir aos Quad como é prática corrente de todas as restantes organizações.

Desportivamente esta tentativa de minorar a disciplina teve uma resposta dada no terreno onde a superioridade face aos automóveis, com quem são habitualmente comparados, foi de tal modo avassaladora que deverá ser motivo de muita reflexão.

A vitória de João Lopes (Polaris), a 7ª do piloto no Algarve e que o confirma como recordista absoluto, começou a ser construída no prólogo onde foi o mais rápido, embora os quatro primeiros classificados, tenham terminado separados por menos de 1 segundo (0,84s). Atrás de João Lopes terminaram Vitor Santos (Polaris), Teo Viñaras (Polaris) e Bruno Martins (Rage). Ainda a menos de 5s ficaram mais dois Polaris, os de Jorge Monteiro e o de João Dias. O estreante Tomás Campos apesar de 17º, ficou a menos de 20s do vencedor.

Com a segunda passagem pelo traçado do prólogo cancelada, foi por esta ordem que a caravana dos Buggy UTV partiu para a pista no dia seguinte, ao meio dia, no pino do calor.

Quando foi levantar a sua máquina ao parque fechado, Vítor Santos, que tinha sido 2º no prólogo deu conta de que fora vítima do corte criminoso dos tubos de gasolina do seu UTV . Uma situação só passível de ter acontecido num parque fechado que não reunia as condições mínimas de segurança exigidas a uma prova desta natureza. O piloto teve de improvisar uma solução e partiu a “queimar” para a corrida sem se ter preparado convenientemente.

À passagem por CP1 instalado ao Km 91,27 e que antecedia uma zona de assistência, o ritmo era impressionante e as diferenças mínimas. A comparação com os automóveis, que ali tinham passado uma hora antes, não deixava margens para dúvidas. Os dois primeiros, o Polaris 1000 pilotado por João Lopes e o Polaris 900, tendo aos seus comandos o campeão Nuno Tavares, registavam até aí melhor tempo que o BMW pilotado por Ricardo Porém, o líder da competição auto. A diferença entre o primeiro e o 10º, o estreante Tomás Campos, era inferior a cinco minutos, intervalo onde apenas se encaixavam três automóveis. Mas o mais impressionante era que numa classificação conjunta a partir dos tempos gastos a cumprir o percurso até CP1, entre os 18 melhores registos só constam três automóveis. A 1ª das senhoras, Dorothee Ferreira (Polaris 1000) estava também nesse grupo.

Um acidente com um automóvel que ardeu, obrigou a organização a dar por concluída a prova uns 40 quilómetros mais à frente tomando em linha de conta, para efeitos de classificação, aquela que já tínhamos referenciado em CP1. Não se classificaram, apesar de terem passado em CP1 o campeão Nuno Tavares que rodou dezenas de quilómetros atrás de Avelino Luís e que acabou por embater contra o Polaris deste último quando ele finalmente se preparava para o deixar passar e Dorothee Ferreira que capotou entre CP1 e o ponto de neutralização da corrida.

De destacar ainda a primeira vitória do Polaris 1000 (nas duas provas anteriores tinham triunfado pilotos com o modelo 900 – Nuno Tavares e João Dias), o triunfo entre os Buggy para Bruno Martins (Rage) 7º da geral a 3m14s de João Lopes e o facto de esta ter sido a terceira prova terminada e a terceira vitória entre as senhoras para Rita Oliveira.

Como notas finais de referir o excelente regresso de Sérgio Silva, o mais rápido entre os Polaris 900, de salientar que esta foi a primeira prova terminada pelo buggy construído por Duarte Rocha para o seu filho Pedro e que, no decorrer da prova, caíram numa mesma ravina os Buggy de António Estevão e António Ferreira. Também Dorothee teve aí uma saída de estrada mas conseguiu retomar a corrida. A próxima jornada do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, a Baja TT Oleiros, Proença e Mação disputa-se nos dias 27 e 28 de Junho e é organizada pela Escuderia Castelo Branco.

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