Portugueses com prestações positivas no Dakar

Por a 16 Janeiro 2021 13:02

Traçar objetivos antes da prova é bom para alimentar a motivação, mas todos sabem à partida que o Dakar é sempre mais complicado do que imaginamos. A verdade é que a prestação lusa foi globalmente positiva. Lamenta-se apenas a desistência de Paulo Fiúza e Vaidotas Zala, com problemas no motor do Mini no início da segunda semana, mas todos os restantes concorrentes dos autos e SSV todos terminaram a prova, e todos eles com prestações muito meritórias.

Ricardo Porém e Jorge Monteiro (Borgward) chegaram ao fim da prova no 20º lugar da geral. Fizeram um Dakar em crescendo, eram 41º no final do primeiro dia,  chegaram ao top 10 na Etapa 8, ainda caíram uma posição mas recuperaram-na no dia seguinte. Apontaram para o top 15, mas este ano o nível dos concorrentes subiu um bom bocado. Menos, mas melhores.

Paulo Fiúza e Vaidotas Zala tiveram graves problemas mecânicos com o motor do Mini JCW Rally, logo na Etapa 2. Tinham sido 19º no prólogo e 34º na Etapa 1, mas logo aí tiveram problemas com a caixa de velocidades do Mini e também motor. No dia seguinte, o motor cedeu e desta vez foi definitivo. Ficaram pelo caminho.

Beneditkas Vanagas e Filipe Palmeiro (Toyota Hilux), ter4minaram a prova na 12ª posição, e não conseguiram sequer, igualar o melhor resultado do piloto , o 11º lugar em 2019. Filipe Palmeiro já tem outro palmarés na prova já que foi 10º com Guillerme Spinelli em 2010, nono em 2014 com Martin Kaczmarski e 8º em 2019 com Boris Garafulic.

Nesta prova, foram 32º na Etapa 1, depois de dois furos e um erro de navegação, mas desde aí foi sempre a subir. Logo na Etapa 2 ganharam oito posições na geral, e depois disso recuperaram mais onze. Contudo, aí como se calcula, ganhar lugar tornou-se mais difícil e ainda não foi desta que o lituano bateu o seu recorde, o 11º lugar de 2019.

Gintas Petrus e José Marques (Optimus Chevrolet) terminaram a prova no 31º lugar da geral, depois de começarem a prova na 57ª posição. O Optimus foi uma boa surpresa, pois sendo um carro que não é muito potente, não permitindo por isso grandes feitos em termos de classificação, é fiável e porta-se muito bem nas dunas, e isso permitiu à dupla uma prova muito consistente que permitiu ao piloto bater, por larga margem o seu recorde no Dakar. Foi 41º em 2020, 31º agora.

Quanto a José Marques, que nos últimos tinha vindo a fazer o Africa Race com Elisabete Jacinto, regressou ao Dakar, e fê-lo pela primeira vez num Buggy Optimus. Uma experiência bem diferente do Camião MAN. As coisas correram bem.

Nos SSV, Lourenço Rosa e Joaquim Dias (Can Am), tiveram azar já perto do final da prova, com a quebra duma suspensão, que levou cerca de duas horas a reparar, caindo de 11º para 15º, onde terminaram. Frustrante, depois de mostrarem que apesar de ser estreantes, fizeram o suficiente para andar na luta pelo Top 10, o que parecia poder acontecer na etapa 10. Começaram calmos, no 23º lugar, a meio da prova já estavam no 12º lugar, ganharam maisu ma posição antes do azar lhes bater à porta. Um grande Dakar de estreia e a certeza que se repetirem no futuro, são candidatos ao Top 10.

Rui Carneiro e Filipe Serra (MMP Can Am) terminaram o Dakar na 26ª posição da geral, conseguindo recuperar muitas posições depois de um primeiro dia muito difícil em que os furos os atrasaram muito. O oitavo lugar da Etapa 4 foi o melhor de toda a prova, e entre a Etapa 1 (54º lugar) e a Etapa 12 (26º) subiram 28 posições. Não começou bem, mas estabilizaram e tiraram partido da nova experiência, já que foram ambos estreantes no Dakar.

Nos Camiões também houve portugueses, mas todos com missões de assistência rápida. Por isso as classificações não importam tanto, mas sim a aventura e as experiências que vivem.

No Camião #521 esteve o português Nuno Fojo, na assistência aos Polaris, ao lado dos espanhóis Alberto Herrero e Juan Carlos Macho. Terminaram em 17º da geral, a sua melhor classificação de sempre na prova. Até aqui tinha sido em 2010: 18º lugar.

No Camião #524 de Javier Jacoste/Francesc Ester Fernandez esteve José Rosa Oliveira. Ficaram-se pela primeira etapa, onde foram 42º, mas prosseguiram depois a sua missão de ajudar quem precisa. No #542 o piloto é José Martins e teve a seu lado Jean François Cazeres e Jerôme Naquart. As coisas não correram bem e abandonaram após a Etapa 2, quando eram 31º da geral. Da mesma forma, prosseguiram em prova, como assistência rápida.

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