Maria Luís Gameiro preparou Dakar… em Portugal: “teste foi passo fundamental na preparação”
Foi nas pistas da X-Race, nos arredores do Cercal, no Alentejo, que a piloto portuguesa Maria Luís Gameiro concluiu mais uma etapa da sua preparação para o Rali Dakar. Depois de ter participado este ano de Challenger T3, naquela que foi a sua estreia na prova, agora, em janeiro próximo, será a vez do Mini JCW T1+ que agora partilha com a navegadora espanhola Rosa Romero, que vai disputar o Rali Dakar 2026.
Em Portugal, um exigente teste de três dias ao volante do Mini JCW T1+ com a equipa X-Raid, retomando desta forma o seu caminho para fazer face à grande aventura.

Num traçado muito concorrido por equipas, tanto do Mundial de Todo-o-Terreno, como do Mundial de Ralis em preparação para o Rali Safari, Maria Luís Gameiro regressou aos comandos do Mini, que não guiava há já vários meses. A seu lado, Rosa Romeo, a nova navegadora, mas também, algumas vezes, Filipe Campos, que marcou presença para contribuir com a sua enorme experiência para a evolução de Maria Luís Gameiro.

Fotos Goodnews/Vasco Morão
Sob o olhar atento dos elementos da X-Raid, liderados por Sven Quandt, responsável máximo da X-Raid, o processo muitas vezes repetido, multiplicava-se: após o piloto sair para algumas voltas, os dados de telemetria são recolhidos por sensores distribuídos no carro, que ‘verificam’ parâmetros como velocidade, rotações do motor, travagem, pressão e temperatura dos pneus, temperatura de travões e do motor, forças G, entre outros.
Quando o carro regressa à assistência, o engenheiro descarrega e analisa estes dados. Ao mesmo tempo, ouve o feedback da piloto sobre o comportamento do carro – por exemplo, se sente subviragem, sobreviragem, falta de tração, ou o comportamento das suspensões.
A comparação é feita, com os dados de cada uma das voltas, os ajustes são realizados, e aplicados nas voltas seguintes: “é uma grande mais-valia, termos algo que nos mostre realmente aquilo que nós podemos fazer melhor outra coisa é termos só sensações. Isto ajuda-me imenso a tirar melhor partido, ver o posso fazer melhor. Ver as minhas fragilidades. Eu tenho a noção que os pontos de travagens são o meu calcanhar de Aquiles, era aquilo que eu tinha a noção e a ‘data’ veio confirmar exatamente isso”, começou por dizer Maria Luís Gameiro. A cada regresso e novas conversas com o engenheiro, novos ajustes aqui e ali. E, na verdade, para quem vê de fora, com múltiplas passagens nos mesmos locais, depressa se começam a ver as diferenças entre o que estava a ser feito antes e é feito poucos depois…
Esta foi apenas uma parte de uma longa entrevista que nos próximos dias daremos à estampa com Maria Luís Gameiro, a mulher que vai correr na classe principal do Dakar, desta feita com um Mini JCW T1+, um carro bem diferente do T3 da X-Raid com que correu na prova deste ano.

Trabalho, trabalho… e mais trabalho!
Este teste em Portugal contou com a presença da X-Raid, cuja orientação e experiência representam um fator estratégico fundamental na preparação da piloto para enfrentar o mais duro rali do mundo. A equipa liderada por Sven Quandt é de longe a que mais experiência tem da prova, e nesse contexto os seus técnicos, encarregues da preparação e assistência do Mini JCW T1+, trazem consigo uma ‘bagagem’ fundamental quanto ao que é preciso para que Maria Luís Gameiro chegue ao Rali Dakar o mais bem preparada possível.
Com uma trajetória marcada pela evolução constante em provas nacionais de todo-o-terreno e participações internacionais que reforçaram a sua competitividade, Maria Luís encara o Dakar 2026 com um objetivo claro: “terminar a prova e afirmar Portugal no pelotão feminino desta grande maratona off-road. Paralelamente, quero fazer o melhor resultado possível, com um carro bem diferente do que usei no ano passado, mas que, não restam dúvidas, me permite sonhar com outros voos…”
Até lá, o calendário da piloto, integra desafios de elevado nível competitivo, nomeadamente a Baja de Marrocos e a Baja do Dubai, provas que servirão de ensaio para testar resistência, navegação e estratégia em terrenos semelhantes aos que a equipa vai encontrar no Dakar.
“Este teste foi mais um passo fundamental na nossa preparação. A confiança no carro, a sintonia com a Rosa e o apoio da X-Raid dão-nos uma motivação extra para encarar os desafios que temos pela frente. Foram três dias intensos, mas cujos resultados foram, a meu ver, extremamente positivos. Estou muito contente. Acho que evolui bastante e estou mais preparada e com um melhor conhecimento do que posso fazer com este carro.” referiu Maria Luís Gameiro no final da sessão de testes.
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