O detalhe do percurso do Dakar 2018

Por a 5 Janeiro 2018 19:45

A 40ª edição do Rally Dakar terá lugar entre 6 e 20 de janeiro, percorrendo, pela 10ª vez consecutiva a América do Sul. Para comemorar uma edição épica, a ASO preparou uma prova que atravessará três países: Argentina, Bolívia e Perú (país a que regressa depois de uma ausência de cinco anos), ao longo de 14 etapas e 15 dias (um para descanso), num total de 8793 km, 4329 Km dos quais disputados ao cronómetro (para os autos).

Explorando setores desconhecidos, mas também propondo o tradicional e muito exigente desafio da condução na areia de deserto (sete etapas disputadas em dunas) e da condução em altitude, o Dakar 2018 promete ser dos mais seletivos de todos os que se realizaram na américa do Sul desde 2009. Inicia-se no Perú (6 etapas), atravessa a Bolívia (4 etapas) e termina na Argentina (6 etapas).

Etapa a Etapa

Sábado, 6 de janeiro/1ª Etapa (Lima/Pisco) – 272 km (SS: 31 km)

Arrancando do Perú, o Dakar serve logo na etapa de abertura um dos seus “pratos fortes”: a areia. Com uma distância seletiva relativamente curta, será a primeira prova de fogo para os especialistas deste tipo de pista e o primeiro desafio para os restantes concorrentes. A descida, antes de chegar à margem de um lago, poderá fazer a diferença, devido à delicadeza de condução que exigirá.

Domingo, 7 de janeiro/2ª Etapa (Pisco/Pisco) – 278 km (SS: 267 km)

A etapa preparada para Pisco pela ASO inclui 90% de pistas, revelando-se, desde logo, um excelente exercício de navegação que colocará à prova a capacidades dos navegadores. O facto de os carros arrancarem antes das motos criará dificuldades acrescidas às equipas, que enfrentam, apesar de tudo, poucos riscos de se perderem, mas muitos de não conseguirem ser rápidas nos “canyons” dos primeiros 40 km da especial e nas dunas seguintes.

Segunda-feira, 8 de janeiro/3ª Etapa (Pisco/San Juan de Marcona) – 502 km (SS: 295 km)

É aqui que o Dakar deverá começar a “aquecer”. Os principais desafios do dia encontrar-se-ão fora de pista, num “chott”, mas também no coração dos “canyons”. Se para os mais experientes será apenas mais uma etapa, para os estreantes será um duro teste de nervos.

Terça-feira, 9 de janeiro/4ª Etapa (San Juan de Marcona/San Juan de Marcona) – 444 km (SS: 330 km)

Após uma sessão de velocidade ao sprint na praia, propícia para o desenrolar da aventura lançada com quatro carros a par, os concorrentes encontrarão cerca de 100 km de dunas de todos os tamanhos, o que poderá aumentar grandemente as diferenças no cronómetro final, sobretudo para quem tiver dificuldade em encontrar o último “canyon”.

Quarta-feira, 10 de janeiro/5ª Etapa (San Juan de Marcona/Arequipa) – 932 km (SS: 267 km)

Esta etapa marcará a divisão entre motos/quads e autos/camiões, que terão parte do percurso diferente. As equipas pisarão a areia de Tanaca, tendo que ultrapassar uma seletiva montanha de dunas com cerca de 30 km. A ligação até Aerequipa será longa e são previsíveis atrasos na chegada ao bivouac.

Quinta-feira, 11 de janeiro/6ª Etapa (Arequipa/La Paz) – 758 km (SS: 313 km)

O Dakar troca o Peru pela Bolívia e com a troca vêm novos desafios. O deserto dá lugar à montanha e as pistas tornam-se mais rápidas. A partida para o segundo sector cronometrado far-se-á nas margens do Lago Titicaca e com a entrada no Altiplano boliviano e a navegação a 2500 metros acima do mar aparecem as primeiras dificuldades com a altitude.

Sexta-feira, 12 de janeiro

Jornada de descanso em La Paz.

Sábado, 13 de janeiro/7ª Etapa (La Paz/Uyuni) – 726 km (SS: 425 km)

Cruzando a fronteira e nesta etapa pilotos e navegadores mudam o “chip”, passando a ter que conviver secções diárias mais longas e trilhos de velocidade mais abundantes, com as dunas a desaparecerem da paisagem. Nesta etapa-maratona, terão que gerir o ritmo, pois qualquer passo em falso pode levar ao abandono, uma vez que não haverá assistência no final.

Domingo, 14 de janeiro/8ª Etapa (Uyuni/Tupiza) – 584 km (SS: 498 km)

A segunda parte da etapa-maratona é também a que dispõe da especial cronometrada mais longa de todo o rali. Não fosse isso um desafio já de si complexo e as equipas ainda terão que enfrentar mais um duro teste nas dunas, desta feita, a 3500 metros de altitude. Se há etapa seletiva onde se poderá começar a preconizar o nome do vencedor é esta.

Segunda-feira, 15 de janeiro/9ª Etapa (Tupiza/Salta) – 754 km (SS: 242 km)

A entrada em território argentino será marcada por uma das etapas que terá a média mais alta do rali, apesar de algumas zonas sinuosas. A confiança na navegação, aliada à ausência de erros, deverá dar frutos nesta etapa.

Terça-feira, 16 de janeiro/10ª Etapa (Salta/Belén) – 795 km (SS: 372 km)

As dunas estão de regresso e logo num vasto planalto arenoso desconhecido das equipas, que, durante a etapa e, pela primeira vez, poderão contar com ajuda da assistência, mas sem que o relógio pare! A parte final da etapa mais parecerá um concurso de navegação no cruzamento onde é proibido falhar!

Quarta-feira, 17 de janeiro/11ª Etapa (Belén/Chilecito) – 746 km (SS: 280 km)

Se o calor apertar, tornando a areia mais macia, será certamente uma das etapas mais delicadas da Argentina. Tal como em 2016, os tempos finais da etapa definirão a ordem de partida seguinte dos 25 mais rápidos, combinando motos, carros e camiões.

Quinta-feira, 18 de janeiro/12ª Etapa (Chilecito/San Juan) – 791 km (SS: 522 km)

Numa etapa onde a boa navegação fará a diferença, as equipas terão que estar, mais do que nunca, atentas ao road-book, sem, claro, perderem o foco da rapidez.

Sexta-feira, 19 de janeiro/13ª Etapa (San Juan/Córdoba) – 927 km (SS: 368 km)

As “hostilidades” começam com as dunas de San Juan e não terminam antes de atingirem o famoso “fesh-fesh”. Quem conhecer as pistas argentinas do Mundial de Ralis estará à vontade nalgumas partes, onde haverá mais a perder do que a ganhar.

Sábado, 20 de janeiro/14ª Etapa (Córdoba/Córdoba) – 284 km (SS: 119 km)

A derradeira etapa do Dakar 2018 não será um “passeio no parque”, sobretudo, se se estiver a lutar por uma posição de destaque. Cerca de 30 passagens de ribeiros requererão um elevado e último esforço de concentração que poderá terminar em glória ou em desilusão.

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