Dakar: Agora é vez de Alonso, mas recorde as estreias de McRae, Sainz e Loeb

Por a 4 Janeiro 2020 14:00

O Dakar 2020 vai ficar marcado pela estreia de Fernando Alonso no Dakar, mas o bicampeão de Fórmula 1 e vencedor das 24h de Le Mans está a tentar deixar claro que não se deve esperar muito dele nesta sua primeira participação, já que está ali para se divertir e, acrescentamos nós, para dar ainda mais mediatismo à prova.

Este é, aliás, um dos riscos. Ter muitos jornalistas à sua volta, e que isso deixe menos espaço para o ‘resto’. E o ‘resto’ é só uma maratona absolutamente incrível de dificuldades, tendo sido assim que ganhou a importância que tem.

Voltando a Fernando Alonso, não esperamos que faça brilharetes, dificilmente deixará de cair em armadilhas, agora a velocidade está lá. Para quem guiou durante tantos anos um Fórmula 1 o ‘mundo’ gira bem mais devagar em todo o restante desporto motorizado, e por isso Alonso pode conseguir fugir de muitas armadilhas, embora duvidemos que fuja de todas.

Só como exemplo (havia muitos outros para dar, Bruno Saby, Ari Vatanen) recordemos a estreia de três ‘monstros’ dos ralis, que foram para o Dakar, face a Fernando Alonso, com a vantagem destes andarem há muitos anos por ‘maus caminhos’. O espanhol, nem por isso, pois as pistas são ‘direitinhas’. Portanto a sua dificuldade será bem maior.

Colin McRae (2004)

Colin McRae estreou-se no Dakar 2004 com a Nissan, assegurando desde logo dois triunfos em etapas. Contudo, problemas de fiabilidade das Nissan Pick Up vieram ao de cima logo que a caravana entrou em África, deixando praticamente fora de corrida Ari Vatanen e Colin McRae, colegas de equipa na Nissan. Foi geralmente o mais rápido dos pilotos da equipa, esteve na luta pelo terceiro lugar na fase inicial da prova, até ter problemas. Fez uma prova notável enquanto andou, considerando que ele nunca feito nada semelhante ao TT. Mostrou a rapidez que todos lhe reconheciam. Esteve bem, mas não fugiu aos contratempos mecânicos…

Carlos Sainz (2006)

Carlos Sainz, bicampeão do WRC (1990, 1992), e vencedor de 26 provas do WRC estreou-se no Dakar em 2006, e logo com a Volkswagen. Logo na primeira aparição, começou em grande estilo ao obter quatro vitórias em etapas, mas as suas esperanças de sucesso à geral fossem perturbadas por erros e consequentes problemas mecânicos.

Foi em Portugal que Carlos Sainz se estreou. Foi aqui que o espanhol se estreou no Mundial de Ralis e foi aqui, em Portugal, que conseguiu duas das 26 vitórias que tem nesse campeonato. Foi também no nosso país que se estreou no TT e, foi também em Portugal que, pela primeira vez venceu uma etapa do Dakar, repetindo o êxito na etapa seguinte e, estreando-se, na liderança da prova. Aproveitando da melhor forma duas especiais ‘sprint’ desenhadas para o seu estilo de condução, o piloto da VW Motorsport colocou no terreno a sua rapidez inata e não acusou a falta de ritmo de “endurance” que, por norma, os pilotos oriundos dos ralis têm que trabalhar. Depois é que foram ‘elas’…

Na etapa de Nouackchott, perdeu oito horas quando ao tomar balanço para passar uma duna bateu numa pedra, danificando uma das rodas traseiras do VW Touareg. Após horas de espera pela equipa de assistência, o espanhol voltou à corrida, mas queixando-se de graves falhas na embraiagem. Foi aí que começou a aprender que o Dakar ‘morde’…

Sébastien Loeb (2016)

Sébastien Loeb estreou-se no Dakar 2016 com a Peugeot e ao cabo de uma semana de prova mostrava-se tão competitivo fora de estrada, quanto o foi… dentro, nos ralis. Liderou desde o primeiro dia, perdeu o comando na sexta etapa devido a dois furos e um contratempo com o acelerador do 2008 DKR, mas recuperou-o no dia antes do descanso. A Peugeot tinha três dos seus quatro carros oficiais nos lugares do pódio desde a quinta etapa. Foi, basicamente uma prestação fenomenal até ali. A segunda semana de Dakar começou com Loeb na frente, mas depois, primeiro atascou, depois perdeu-se e finalmente capotou violentamente, numa zona de rio seco. Juntou as peças, levou o Peugeot para o bivouac. Mas o resultado foi-se. Também Loeb aprendeu que o Dakar ‘morde’, de preferência, à primeira…

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