Carlos Sainz vence o seu terceiro Dakar

Por a 17 Janeiro 2020 08:21

2010, 2018 e 2020. Carlos Sainz acaba de assegurar a terceira vitória da sua carreira no Dakar, curiosamente, todas com carros diferentes (Volkswagen, Peugeot e agora Mini). O espanhol, que conquistou quatro vitórias em etapas pelo caminho, bateu Nasser Al-Attiyah por seis minutos após 5.000 km de corrida, com Stéphane Peterhansel e Paulo Fiúza a terminarem no lugar mais baixo do pódio.

No que a Portugal diz respeito, fez-se história, já que Paulo Fiúza tornou-se no primeiro português no pódio do Dakar, nos autos, melhorando o registo de Carlos Sousa em 2003, quando foi quarto classificado no Dakar. Por outro lado, registe-se ainda o facto de Rúben Faria e Hélder Rodrigues, ex-pilotos que estão inseridos na estrutura da Honda, que acaba de fazer história nas motos, já que Ricky Brabec venceu a prova, terminando com o longo domínio da KTM. Um grande feito para as cores portuguesas, num Dakar perfeitamente ensombrado pela morte de Paulo Gonçalves.

Para Paulo Fiúza, se o feito de Carlos Sousa em 2004 foi grande, com o quarto lugar obtido, o que Paulo Fiúza consegue neste Dakar é fantástico, pois há poucos eventos em que o navegador seja mais importante do que no Dakar. Partir de hoje, Fiúza passa a ser, nos autos, o português melhor classificado de sempre no Dakar, sendo que nas Motos, Rúben Faria (2013) e Paulo Gonçalves (2015) foram segundos classificados, a melhor classificação lusa no Dakar de todas as categorias.

Por fim, fica por dizer que Pedro Bianchi Prata, navegador de Conrad Rautenbach nos SSV, lutou pelo pódio até ao fim, naquela que foi a sua estreia como navegador na competição.

É

o regresso de El Matador! Carlos Sainz e Lucas Cruz venceram o seu terceiro Dakar,

fruto duma prova quase exemplar, consistente. Chegaram ao primeiro lugar na

terceira etapa e já de lá não saíram.

Tiveram dias menos bons, por exemplo na 8ª etapa em que se perderam, e tiveram

alguma sorte do mesmo ter sucedido a Attiyah e Peterhansel. Venceram quatro

etapas, e o triunfo na décima foi o momento chave da prova.

A

10ª etapa foi interrompida ao Km 345, numa altura em que Stéphane Peterhansel

(Mini Buggy) perdia 11m48s para Carlos Sainz e Nasser Al-Attiyah (Toyota),

17m46s, o que significava que a classificação geral, no que aos três primeiros

diz respeito, ficou bem diferente dos 6m38s que separava os três concorrentes

da frente no arranque desse dia.

A partir desse momento e num dia em que Attiyah e Peterhansel tudo tinham que

fazer para recuperar tempo a Sainz, o espanhol ficou com 18m10s de avanço para

Nasser Al-Attiyah (Toyota), com Stéphane Peterhansel (Mini Buggy) 16s mais

atrás do catari.

A duas etapas do fim, Carlos Sainz ganhou uma margem significativa, que lhe

permitiu gerir os dois últimos dias sem grandes problemas, mesmo com os fortes

ataques dos seus adversários.

Tendo em conta este difícil Dakar, é absolutamente notável que aos 57 anos, Carlos Sainz ainda tenha tido resiliência para levar de vencida a prova, ainda mais face a adversários do calibre de Nasser al Attiyah e Stéphane Peterhansel. Depois de várias provas em que a sorte não esteve do seu lado, com abandonos consecutivos, entre 2013 e 2017, venceu a prova de 2018, voltou a ter problemas o ano passado com o Mini Buggy, e voltou este ano mais forte, ele e o Mini, vencendo novamente a prova. Se os dois títulos mundiais de ralis são um grande feito, as agora três vitórias no Dakar não ficam atrás. Teve, como todos, alguns contratempos, mas soube fugir bem da maioria das armadilhas, venceu com todo o mérito, terminando com 6m21s de avanço para Attiyah, uma das menores diferenças de sempre da história do Dakar.

Yazeed al Rajhi (Toyota) termina o Dakar em quarto, naquela que é a sua melhor classificação de sempre na prova, um facto ainda mais saboroso para o saudita que ‘jogou’ em casa. Foi sétimo o ano passado sem antes nunca ter ficado no top 10, o que é notável sendo este apenas o seu sexto Dakar.

Giniel De Villiers (Toyota) termina a prova em quinto, posição a que só chegou nos últimos dias, depois duma prova sem grande brilho, mas suficientemente eficiente para um Top 5. Teve problemas logo a abrir a prova, reagiu na segunda etapa com uma vitória, mas foi fogo fátuo. Com oito pódios em 16 edições, este Dakar não fica entre os seus melhores momentos.

Orlando Terranova (Mini) tinha como objetivo repetir ou melhorar o quinto lugar de 2014, mas ‘ficou-se’ pelo sexto lugar que também conseguiu em 2017. Uma prova com muito altos e baixos, que não he correu nada bem na fase decisiva. Depois de ter sido terceiro na etapa 8, a nona correu-lhe mal perdeu tempo e a partir daí foi cedendo até perder o quinto lugar para de Villiers.

Bernhard Ten Brinke (Toyota), Mathieu

Serradori (Buggy Century), Yasir Seaidan (Mini) e Wei Han

(Buggy Geeley) fecharam o top 10.

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