Baja Portalegre 500, Tiago Reis: “Saímos de cabeça erguida”

Foi inglório o destino da dupla Tiago Reis/Valter Cardoso na Baja Portalegre 500. A representar a Team Transfradelos no Nacional de Todo-o-Terreno, e entrando para o último evento da temporada a apenas 7 pontos da liderança, o sonho era legítimo. Contudo, problemas na bomba Cammon Rail do Mitsubishi Lancer Racing Evo deitaram o sonho por água abaixo…

Com organização do Automóvel Club de Portugal, a 32.ª edição da Baja Portalegre 500 foi “à antiga”. Sol no prólogo, chuva intensa no primeiro setor seletivo que deixou o percurso para piloto e máquinas. Tiago Reis que ocupava a segunda posição entre os inscritos na competição nacional, aguardava uma oportunidade para atacar o título, contudo, tal acabou por não ser possível, “Estávamos a fazer uma boa prova e este resultado é manifestamente inglório para nós. Foi uma época de muita superação e que não merecia terminar assim, mas as corridas são mesmo assim. Portalegre não perdoa e o primeiro dia comprovou isso mesmo. Muitas desistências e saídas de pista marcaram o dia. Saímos de cabeça erguida porque sabemos que demos o nosso melhor. Queria aproveitar para agradecer a a todo o Team Transfradelos e ao Valter Cardoso pela a excelente temporada que me proporcionaram, e claro ao patrocinadores sem os quais nada teria sido possível”, explicou.

A luta pelo título foi justa até final e, apesar do infortúnio, Tiago Reis não quis deixar passar este momento sem o referir: “Foi um campeonato muito bonito que permitiu a alguns pilotos entrarem para Portalegre com ambições. A luta foi justa e por isso quero deixar uma mensagem de parabéns ao João Ramos e Vitor Jesus pela conquista”, disse o piloto famalicense que vai agora começar a pensar na temporada 2019.

Quem também não conseguiu chegar ao final do evento organizado pelo ACP foi Avelino Reis que, aos comandos de um Mitsubishi Pajero, não resistiu à chuva que se abateu sobre Portalegre no final do segundo setor seletivo e, na passagem de uma ribeira, o motor do Pajero não quis mais colaborar. “São corridas… Fico triste por não terminar mas ainda mais desiludido com o que se passou com o Tiago. Estávamos muito confiantes e acaba por ser um balde de água fria. Mas as corridas são mesmo assim, a cada prova nova dificuldade. Temos de ser mais resistentes para chegar mais longe. Acredito que o vamos conseguir no futuro”, disse Avelino Reis que nesta prova foi navegado por Filipe Martins.