ASO foi longe demais ao permitir a partida das motos para a etapa de ontem

Por a 13 Janeiro 2015 09:50

Foi no mínimo impressionante o que se passou na etapa de ontem das motos no Dakar. Condições extremas numa etapa apelidada pela generalidade dos pilotos como a mais complicada de sempre no Dakar. Quando o mais ‘sortudo’ com tudo o que se passou – Marc Coma, teve graves problemas na moto e acabou a eta líder da corrida – destaca que o melhor era não terem partido pois tudo era um caos, está tudo dito, e este Dakar acaba por perder muita da animação que tinha por questões, que não a simples competitividade dos pilotos.

É verdade que o Dakar é assim mesmo, a sorte joga uma papel fundamental, e a diferença entre vencer e perder pode estar no detalhe que Marc Coma teve problemas na sua KTM, e conseguiu resolvê-los in extremis, enquanto Joan Barreda sucede-lhe algo parecido e fica pelo caminho, rebocado por outro concorrente.

É assim mesmo o Dakar, puro e duro, mas a verdade é que na etapa de ontem foi-se longe demais, pois se a ASO escolheu um local perfeito para boa competição, ter pilotos a serem evacuados devido a hipotermia é ir longe demais: “O melhor era não ter partido, foi um caos, as condições eram demasiado extremas e a sensação que tiveram os pilotos que nos viram a mim e ao Joan (Barreda) era não partir porque fazia muito frio no Salar e havia locais com mais de meio metro de água. A organização decidiu sair, e tudo se tornou um caos, uma etapa de sobrevivência. E fácil falar de fora, e a organização pode ter os seus motivos e mais informação que nós, mas depois de ter cumprido a etapa sinto que fomos para lá de um limite que não devia ser superado. A combinação de água e sal no motor formava uma pasta que bloqueava o radiador, e todos tivemos problemas com a temperatura do motor, e nós só os solucionámos com a ajuda do Jordi (Viladoms) e do Rubén (Faria)”, disse.

Já Paulo Gonçalves, que é agora o segundo classificado, disse que “É pena que para se fazer a vontade a alguns se ponha a segurança dos pilotos de parte. Choveu torrencialmente a noite toda, o salar estava completamente cheio de água, inundado, era um salar com 135 quilómetros. A maioria dos pilotos não queriam correr, por condições de segurança, não se via a mais de 100 metros, tínhamos uma altura de água no salar com cerca de 10 a 15 centímetros e andávamos a uma velocidade de cerca de 170 km/h. Muitos pilotos tiveram problemas, eu tive problemas, a minha mota parou no salar e durante a ‘especial’ mas felizmente consegui chegar ao final, houve pilotos que não conseguiram chegar e alguns deles foram evacuados para o hospital com hipotermia. É uma pena que seja assim, para se fazer a vontade a alguns se ponha a segurança dos pilotos de parte”.

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