Africa Race vs Dakar: Dois ‘mundos’ opostos
A anulação do Lisboa-Dakar de 2008 e a transferência para a América do Sul fez correr muita tinta. Depois da primeira edição do Dakar latino-americano, muitos disseram que a prova tinha sido desvirtuada e que era agora uma imensa baja que nada tem a ver com o espírito (africano) original.
Como sempre, a tese gerou uma antítese e o novo Dakar deu origem a um evento que pretende regressar às origens: o Africa Race. Idealizado em 2008 por Hubert Auriol, o Africa Race atravessa Marrocos, Mauritânia e Senegal, terminando na mítica localização que deu o nome à prova original. Mas, afinal, quais são as diferenças entre o Dakar Argentina Chile e o novo Africa Race?
Conceitos distintos
Quase nada une as duas provas a não ser disputas legais sobre a originalidade (e a propriedade) do conceito. O Dakar na Argentina e no Chile continua a ser o expoente das provas do género, contando com um extenso pelotão onde estão as únicas equipas oficiais que restam na modalidade: a Volkswagen e a X-Raid (do herdeiro da família BMW, Sven Quandt). Como é aqui que estão os principais pilotos e equipas, a prova da ASO atinge proporções mediáticas incomparáveis com qualquer outro evento do TT. Ou seja, o Dakar continua a ser a referência dos ‘Rally-Raids’, mesmo tendo abandonado o território onde construiu a sua história.
E é neste legado que o Africa Race quer “pegar”. Sem a dimensão que o Dakar atingiu ao longo dos anos, a prova liderada agora por René Metge e Jean-Louis Schlesser aposta sobretudo em recuperar a aura de dificuldade e transcendência do evento original.
Recusando o aparato dos parques de assistência do Dakar moderno – mais próximos de uma prova do WRC do que de um ‘Rally-Raid’ “puro e duro” – o Africa Race utiliza ‘bivouacs’ e acampamentos no final de cada uma das etapas que dividem um percurso de 7.500 km entre as duras pistas de África.
Ainda assim, a lista de inscritos do primeiro Africa Race tinha apenas 24 pilotos e sem nomes sonantes, à excepção do próprio Schlesser e de Jan de Rooy nos camiões. A organização aposta agora em atrair pilotos portugueses com alguma projecção, como Tiago Monteiro ou Elisabete Jacinto, numa clara tentativa de ganhar visibilidade mediática.
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