WRC, Rally Arábia Saudita/PEC3: Sesks destaca-se, candidatos ao título atrasam-se muito
Numa segunda especial bem diferente da que abriu o dia – muito mais sinuosa, técnica e exigente – Martins Sesks (Ford Puma Rally1) voltou a impor-se com autoridade e somou novo ‘scratch’, confirmando um arranque de Rally Arábia Saudita praticamente perfeito. O letão manteve-se intocável e deixou Adrien Fourmaux (Hyundai i20 N Rally1) a 4,3 segundos e Ott Tänak (Hyundai i20 N Rally1) a 5,8 segundos, com o trio a destacar-se claramente… enquanto os três candidatos ao título mundial ficaram bem mais atrás.
Depois de ter perdido muito pouco tempo na primeira especial, Sébastien Ogier não conseguiu repetir a proeza e foi apenas 10º, cedendo 24,4 segundos para Sesks. Elfyn Evans perdeu ainda mais tempo, 24,6s, e Kalle Rovanperä (Toyota GR Yaris Rally1) limitou melhor os danos, mas ainda assim entregou 18,4s ao líder do troço. A ordem na estrada, o piso escavado e a enorme quantidade de pedras voltaram a penalizar os primeiros a partir na estrada. As diferenças justificam-no perfeitamente.
Na classificação geral, Sesks consolidou a liderança e passa a comandar com 7,3 segundos de vantagem, com Adrien Fourmaux imediatamente atrás e Sami Pajari a 8,5s em terceiro. Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) sofreu um furo lento e caiu para sexto, Ogier desceu para sétimo a 24,6s do comando, logo seguido por Rovanperä a mais 0,6s. Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1) surge em nono, já a 14,3s do finlandês, espelho de um início de rali complicado para todos os aspirantes ao título.
As reações dos pilotos ajudam a compor o retrato de uma especial traiçoeira e desgastante. Evans admitiu ter feito “provavelmente a pior especial” até agora, sem ritmo. Ogier confessou ter arriscado menos devido às pedras, antecipando “muito varrimento” da estrada. Rovanperä falou em “muito loose” e secções estreitas e técnicas, satisfeito apenas por chegar ao fim sem problemas maiores. Tänak destacou o exagero de pó e varrimento, enquanto Neuville explicou que optou por não trocar o pneu na sequência de uma “furo lento”, aceitando perder algum tempo numa especial “muito escorregadia”.
Na Toyota, Takamoto Katsuta classificou o troço como “horrível”, cheio de regos e sujidade, e preferiu não correr riscos. Fourmaux, apesar do bom tempo, descreveu a especial como “muito diferente da primeira” e sublinhou que exigia até uma afinação distinta do carro, lamentando a falta de aderência. Pajari reconheceu a dificuldade em manter a trajetória, obrigado a rolar mais lento do que gostaria. Já Grégoire Munster admitiu dificuldades em fazer o carro rodar como pretendia, recusando comentar diretamente a forma de Sesks: “Estou concentrado em mim próprio.”
Entre elogios à performance do letão e queixas sobre a dureza do piso, uma certeza começa a ganhar forma: o Rally Arábia Saudita vai ser um jogo de resistência, leitura de terreno e sangue-frio — e, para já, é Martins Sesks quem está a jogar melhor.

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