WRC, Rali da Grécia: Rovanpera Campeão? Três seguidas para Tanak? Loeb e Sordo…

Por a 7 Setembro 2022 11:16

O Mundial de Ralis regressa à Grécia e aos pisos de terra depois da sua passagem pelo asfalto da Bélgica no mês passado, com o Rali da Acrópole a preparar-se para receber a 10ª ronda da época, num evento que se realiza de 8 a 11 de setembro.

A icónica prova grega faz parte do calendário do WRC pelo segundo ano consecutivo, isto depois de ter sido uma das provas do ano de fundação do campeonato em 1973.

Embora sem os troços de terra destrutivos de outrora, o estatuto do evento como um duro desafio a vencer permanece intacto, não só por causa das temperaturas elevadas, bem como pelas pisos revestidos de rocha, resultando isso num difícil teste para as equipas do WRC.

Embora o rali esteja baseado em Lamia, no centro da Grécia, a ação competitiva começa na capital Atenas, na quinta-feira à noite, com uma super especial no Estádio Olímpico, o prelúdio de três dias de intensa competição. Construído para os Jogos Olímpicos de 2004, o layout do recinto não aparecia no itinerário do Rally da Acrópole desde 2006 e o seu regresso é aguardado com expectativa.

Os líderes do campeonato mundial Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen venceram na sua estreia na Acrópole em 2021 evento que já teve como vencedores pilotos lendários como Miki Biasion, Marcus Grönholm, Juha Kankkunen, Sébastien Loeb, Colin McRae, Walter Röhrl, Carlos Sainz, Ari Vatanen e Björn Waldegård.

Kalle Rovanpera abre a estrada na primeira etapa de sexta-feira. Se estiver seco, será bem mais difícil para o finlandês, se chover, algo pouco provável, é o contrário. Seja como for, Kalle Rovanpera pode assegurar já o título, mas não é muito provável. Tem 72 pontos de avanço para Ott Tänak, 87 para Elfyn Evans e 97 para Thierry Neuville e com 30 pontos como máximo por prova, Rovanperä precisa de ter uma vantagem de 90 pontos sobre todos os outros (com três provas restantes) para fazer história já na Grécia.

Como se percebe, não depende só de si para que isso suceda. Só a Tanak, tem que ganhar 18 ou mais pontos. Não vai ser fácil. Portanto, em condições normais, não vai ser na Grécia que irá ser Campeão, embora, possa acontecer, claro.

O que esperar de Sébastien Loeb e Dani Sordo? O francês venceu a prova de abertura do ano, desistiu em Portugal quando liderava, ainda no primeiro dia e foi apenas 8º no Safari. Já disputou o Rali da Grécia, a sua ordem na estrada é boa, se não tiver azares, mecânicos ou auto infligidos como em Portugal, pode ganhar na Grécia. Mas não será fácil, pois tem falta de ritmo face aos adversários e a experiência não resolve tudo.

Quanto a Sordo, participou em dois ralis, foi ao pódio em ambas. É dinheiro em caixa para a Hyundai, se pode ou não lutar pelo triunfo é outra história, mas muito provavelmente, se estiver nos seus dias, vai andar nas lutas da frente.

De resto, Ott Tanak e a Hyundai chegam motivados à Grécia, vencer pela terceira vez seguida seria um belo prémio para um ano que foi tão difícil na sua primeira metade para a equipa. Vamos ver. Thierry Neuville está a perder gás na equipa, desde a Croácia que não vai ao pódio, e nesse hiato, Tanak foi quatro vezes…

A M-Sport não vai ao pódio (2º) desde Itália, e os seus pilotos não fazem melhor que sexto há três ralis. Com Loeb, talvez, quanto a Craig Breen e Gus Greensmith (Adrien Fourmaux fica de fora) estão a correr sob brasas, vamos ver como lhes corre a prova.

O Rali da Grécia marca também o regresso do WRC a um estádio, algo que se tornou habitual a meio dos anos 2000. Para nós, portugueses, no regresso do Rali de Portugal ao WRC em 2007, o Estádio Algarve recebeu uma excelente super especial num estádio completamente cheio, quase 30.000 pessoas. O estádio Olímpico de Atenas ‘leva’ 70.000, vamos ver se enche…

A Pirelli, o fornecedor oficial de pneus da WRC, leva o seu pneu Scorpion KX WRC para todos os Rally1. O composto duro é a primeira escolha e será utilizado se estiver quente e seco com a opção alternativa de composto macio selecionada para condições de piso húmido e frias. As equipas do Rally1 podem utilizar um máximo de 28 pneus para o evento, incluindo quatro no Shakedown.

Na sequência da super especial do Estádio Olímpico de quinta-feira à noite, as equipas deixam Atenas e pernoitam em Loutraki, um resort de praia localizado perto da entrada do deslumbrante Canal de Corinto e perto do início da ação de sexta-feira.

Horário

5ª Feira, 8 de setembro

Shakedown (Lygaria) 3.62 km 06:01

PEC1 EKO SSS Olympic Stadium 1.95 km 18:08

6ª Feira, 9 de setembro

PEC2 Loutraki 1 17.95 km 05:53

PEC3 Harvati 14.42 km 06:46

PEC4 Loutraki 2 17.95 km 09:29

PEC5 Dafni 13.99 km 11:12

PEC6 Livadia 21.03 km 13:15

PEC7 Bauxites 22.97 km 15:53

Sábado, 10 de setembro

PEC8 Pyrgos 1 33.20 km 06:33

PEC9 Perivoli 1 17.42 km 07:34

PEC10 Tarzan 1 23.37 km 09:08

PEC11 Pyrgos 2 33.20 km 12:33

PEC12 Perivoli 2 17.42 km 13:34

PEC13 Tarzan 2 23.37 km 15:08

Domingo, 11 de setembro

PEC14 Eleftherochori 1 16.90 km 07:08

PEC15 Elatia – Rengini 11.26 km 08:11

PEC16 Eleftherochori 2 Power Stage 16.90 km 11:18

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