WRC: o Annus horribilis da M-Sport…

Por a 21 Agosto 2022 20:20

É impressionante, pela negativa, a prestação da M-Sport este ano. Quem diria que, depois do que se viu no Rali de Monte Carlo, em que a equipa arrancou o ano com um triunfo e um terceiro lugar, tudo se iria desenrolar desta forma.

É absolutamente impressionante o rol de asneiras que os diversos pilotos da equipa têm feito ao longo do ano, asneiras essas que muitas vezes têm também que ser assacadas à equipa, tantos foram os problemas mecânicos.

Já todos sabemos que a M-Sport/Ford não tem os meios da Toyota ou da Hyundai, que são apoiadas diretamente pelas respetivas fábricas, enquanto a Ford apoia, com muito menos. Menos dinheiro, menos testes, menos pilotos capazes, mas existia a obrigação de estar a fazer muito melhor do que o que se tem visto.

Curiosamente, a M-Sport chegou à Bélgica esperançada em recuperar de um evento muito difícil na Finlândia, mas o ‘buraco’ de Ypres conseguiu ainda ser maior para a equipa.

Na antevisão da prova a equipa dizia que Craig Breen foi segundo no evento do ano passado, que este ano era a sexta prova de Breen em Ypres, depois de lá ter vencido em 2019, que o piloto estava confiante no asfalto e com notas completas dos anos anteriores, o irlandês estava pronto para um forte desempenho. Foi o que se viu.

Adrien Fourmaux mora a apenas 40 km do parque de assistência, portanto conhecia bem as estradas. Tinha competido no evento no ano passado num Fiesta WRC, andando bem e queria fazer o mesmo esta semana. Despistou-se e abandonou em luta com… Oliver Solberg.

Gus Greensmith corria pela segunda vez em Ypres, precisava de mais conhecimento.

Richard Millener dizia: “estamos motivados pelo ritmo que Craig, Adrien e Gus mostraram anteriormente neste evento. Estamos a sentir-nos confiantes para este rali. Sabemos que o Puma é forte no asfalto, por isso vamos ver o que podemos fazer, e se podemos fazer a viagem de volta a Cumbria com alguns talheres de prata no porta-bagagens”.

Foi o que se viu…

Craig Breen tinha batido duas vezes nos últimos dois ralis, Estónia e Finlândia. Como não há duas sem três, assim foi…era quinto classificado depois de já ter perdido o contacto com a frente.

Gus Greensmith bateu no mesmo troço que Breen. Danificou a traseira esquerrda do Puma e arrastou-se pelos troços até à assistência. ainda chegou a tmepo de emprestar o extintor a Breen. Do mal o menos…

Adrien Fourmaux era a última esperança. Começou bem, perdeu na lotaria da chuva, caindo quatro posições de quarto para oitavo, sem culpa nenhuma, mas depois estragou tudo quando bateu em luta direta com Oliver Solberg, na luta pelo então quarto posto.

É azar e ‘azelhice’ a mais para uma equipa só. Não temos dúvidas que a equipa é boa, já o mostrou em 2017 e 2018 quando teve meios e pilotos para isso e as pessoas não desaprendem. O carro entrou a ganhar em 2022, depois da equipa ter ‘esquecido’ 2021, para se concentrar no carro de 2022, o trabalho correu bem, por isso ninguém imaginava uma época como esta.

É frustrante que Sébastien Loeb tenha sido o único piloto a mostrar flashes do que vale o carro e a equipa, no Monte Carlo, Portugal e Safari, antes de abandonar.

Craig Breen e Adrien Fourmaux não estão a produzir resultados à altura das suas responsabilidades. De Gus Greensmith não falamos propositadamente. É um piloto pagante. Está lá para que outros possam brilhar. E é o menos culpado disto tudo.

Nada resultado hoje em dia na M-Sport. Se têm pressão, falham, se lhes tiram pressão, voltam a falhar. E não é uma nem duas.

Basta recordar o que se segue…

Filme do ano

Rali de Monte Carlo

Sébastien Loeb/Isabelle Galmiche (Ford Puma Rally1) venceram o Rali de Monte Carlo depois duma reviravolta de última hora, quando Sébastien Ogier/Benjamin Veillas (Toyota GR Yaris Rally1) furaram no penúltimo troço e perderam uma vantagem de 24.6s, rumando ao derradeiro troço, 9.5s atrás. Na Power Stage, Ogier ainda tentou, mas fez uma falsa partida. Craig Breen/Paul Nagle terminaram no pódio, ‘oferecendo’ uma bela estreia ao Ford Puma Rally1.

Grande resultado para Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1), que terminaram o rali no terceiro lugar, o que já não conseguia desde o Rali da Finlândia do ano passado com a Hyundai. Quarto pódio nos últimos sete ralis do WRC é um excelente cartão de visita de um piloto a quem este rali não correu na perfeição, longe disso, mas cujo resultado era muito prometedor para o que podia ser a sua época…

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) foram quintos e fizeram história neste rali já que o piloto venceu o seu primeiro troço à geral o que mostra duas coisas: o piloto está a melhorar, e o carro é fantástico, pois duvidamos que Greensmith vencesse um troço com o WRC do ano passado. O quinto posto é seu o melhor desde o Rali da Grécia do ano passado onde também foi quinto. O seu melhor resultado no WRC continua a ser o 4º posto no Safari do ano passado.

Entre os abandonos de relevo, destaque para o enorme acidente de Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) na PE3. Eram quartos, e não estavam a andar nada mal até ali.

Rali da Suécia

Má prova da Ford. Esperava-se que Craig Breen lutasse pelo triunfo, mas o irlandês desiludiu desde cedo pois fez um pião na PE1 e saiu de estrada no segundo, depois de ter tido um problema com o limpa para-brisas que se ativou e a água começou a congelar, tirando-lhe visibilidade e concentração: resultado, saiu de estrada. Recomeçou no sábado, voltou a desistir com um problema técnico, regressou no domingo e obteve um ponto na Power Stage. Na verdade, esta foi uma verdadeira desilusão para a M-Sport/Ford.

Também Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) voltaram a fazer um bom resultado, quinto lugar, mas uma prova bem diferente do que fez em Monte Carlo. Teve problemas de caixa de velocidades, e queixava-se do carro inguiável…

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) desistiu no segundo dia, numa prova apagada, o que já se esperava, pois nada podia arriscar depois do acidente de Monte Carlo, mas nem sequer conseguiu terminar o rali apesar do fraco andamento.

Rali da Croácia

No final do Rali de Monte Carlo, muitos ficaram com a ideia que o Puma poderia ser este ano o melhor carro dos três Rally1. Até pode ser, pois foi o que teve mais tempo de desenvolvimento, e a M-Sport é reconhecidamente boa nesse aspeto, mas três provas já deram para perceber que não vale de muito ter o melhor carro, sem pilotos à altura da concorrência. No passado recente vimos Craig Breen fazer grandes ralis, o que ainda não conseguiu fazer com o Puma. Esperava-se muito mais do irlandês.

A M-Sport/Ford, com um carro que venceu e convenceu no Monte Carlo, ficou aqui a mais de três minutos da frente. Não sabemos se é a pressão de ser agora o chefe-de-fila, ou ainda não se entendeu melhor com o carro, uma uma mistura de coisas, mas a verdade é que se esperava bem mais de Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1).

Tendo visto o que o carro andou em Monte Carlo, a forma como foi batido nesta prova impressiona negativamente, pois termina o rali a quase três minutos da frente. No 1º dia queixou-se das condições (quem não as teve) teve uma ligeira saída de estrada, e terminou o 1º dia com um lisonjeiro 3º lugar. Cometeu alguns pequenos erros, num rali em que não conseguiu mostrar que o Puma é mesmo um carro muito bom.

Pierre Loubet/Vincent Landais (Ford Puma Rally1) teve um rali agridoce. No 1º dia, entrou com ganas e furou duas vezes. Abandonou pouco depois com um 3º furo. Quando regressou, nunca fez melhor que 8º nos troços, aqui e ali com um andamento melhor, mas tem um longo caminho a percorrer pela frente.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) cedo começou a furar, o que os atirou para posições muito atrasadas, abandonando depois com um terceiro furo. Enquanto andou, esteve muito longe do que fez em Monte Carlo.

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) em dois troços, perderam 1m08s para o líder, no troço seguinte, ‘duraram’ 200 metros na estrada. Um aquaplaning e ficaram estacionados num jardim de uma casa com danos irreparáveis para regressar no dia seguinte. Depois do acidente de Monte Carlo, e do abandono por avaria na Suécia, era o que menos precisavam. Algo se passava com o francês, que é bom piloto, mas pareceu estar a retroceder.

Rally de Portugal

Na Ford, ao contrário da Hyundai, parece ‘haver’ carro, como Sébastien Loeb voltou a deixar claro quando colocou o Puma Rally1 na liderança, no 1º dia de prova, mas não há pilotos com andamento suficiente para fazer muito melhor.

Para Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais (Ford Puma Rally1) terminaram como melhores representantes da M-Sport, imaginem o que foi o fim de semana da equipa de Malcolm Wilson. É que desta feita, nem Sébastien Loeb, que cometeu, segundo disse, o erro mais estúpido da sua carreira nos ralis.

Pierre-Louis Loubet repetiu o sétimo lugar da Estónia no ano passado, o seu melhor até agora, mas com a diferença que em Portugal mostraram um andamento que ainda não tinham evidenciado. A dupla chegou a ser quarta classificada no 1º dia, terminou-o em 6º mas depois um erro aqui e ali não lhes permitiu fazer melhor. O piloto está a crescer muito mais este ano do que o fez no ano passado.

O oitavo lugar de Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) foi a melhor prova foi desastroso rali da M-Sport. E o mais curioso é que houve ‘ementas’ variadas.

Para o irlandês, a um furo na sexta-feira, seguiram-se más escolhas de pneus no sábado e por fim um problema de travões no domingo, levaram que quase não déssemos por Breen neste rali, tão apagado que andou. Globalmente fez dos piores ralis que já lhe vimos dos tempos mais recentes.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) sofreram danos da suspensão no sábado, ficando fora de ação, e até tinham começado bem com o 2º posto após a Lousã 1, mas logo a seguir um problema com o pó a entrar no habitáculo e…queda para 10º. Terminaram o 1º dia em 5º, o que não foi nada mau, mas um furo logo a abrir o 2º dia estragou tudo. Depois veio o problema de suspensão e ‘foi-se’ o resultado…

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) foram nonos, tendo perdido três minutos com um furo no sábado, mas fizeram um rali totalmente de contenção porque tinham mesmo de terminar esta prova. Até aí tudo, bem, mas não podem fazer ralis a terminar a oito minutos dos vencedores.

Rali da Sardenha

Outra coisa que percebemos na Sardenha é que a M-Sport dificilmente vai lutar pelo campeonato, ainda que possa vencer aqui e ali. Não tem pilotos para isso. Craig Breen é bom piloto, mas não está ao nível dos dois melhores da Toyota e da Hyundai. Está a melhorar, pode vencer, este ou aquele rali, continuar a ser regular, como tem sido, mas fazer o que fez Sébastien Loeb no Monte Carlo e na 1ª manhã em Portugal, não é ainda para ele.

A frustração é que sem um piloto de ponta, a M-Sport vai sempre produzir números abaixo do nível do carro. O que é uma pena.

Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) andou sempre na luta, mas pelo 2º lugar. Terminaram o 1º dia a 15.5s da frente, em 4º, bom andamento, mas pequenos erros a reverter o tempo ganho com esse andamento. No 2º dia, boa luta com Dani Sordo. Ele e o espanhol depressa passaram Pierre-Louis Loubet, Breen viu um pneu sair da jante.

Sordo chegou a estar a 1.5s mas Breen reagiu sempre e o erro do espanhol na PE16 cavou a difícilmente recuperável diferença.

O melhor resultado de Pierre Loubet/Vincent Landais (Ford Puma Rally1) era um 7º lugar no WRC, com um carro de topo, mas desta feita, um piloto de três posições: 4º lugar, e uma grande exibição a deixar os pilotos da M-Sport a franzir a testa.

Começou o rali com problemas com o pó, ainda assim era 3º, perdeu duas posições depois de um pião, regressou ao 3º lugar e continuou sempre a fazer o seu melhor rali da era WRC. Chegou a ser o melhor Ford, fez bem em não querer ir atrás de Breen e Sordo, pois ainda não tem ‘cabedal’ para isso, e manteve o quarto posto.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) ficaram cedo sem esperanças de um bom resultado depois de um problema técnico na sequência de um pião, cedendo quase dois minutos ainda no 1º dia. O carro não pegava, e o resultado ficou estragado.

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) começaram o rali em 6º, o piloto vinha a ganhar confiança e a fazer uma melhor prova do que em Portugal, teve pequenos percalços, como todos, mas o que não estava no programa foi ter voltado a bater, desta vez no último troço do 2º dia, quando já sofria a pressão de Rovanpera. Mais valia tê-lo deixado passar sem luta do que bater, mais uma vez. Andou demasiado tempo sem ninguém por perto, mas quando houve, borrou a pintura…

Rali Safari

A Hyundai e M-Sport/Ford, voltaram a ter uma série de azares e contratempos mecânicos nos seus carros, o que os impediu de ficar mais à frente.

Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) terminaram em 6º e mais de 20 minutos da frente. Na 6ª feira, eram sextos mas tiveram problemas de direção e caíram para o nono lugar. No dia seguinte, perderam mais de um minuto por causa da poeira do seu colega de equipa, mais tarde, voltaram a furar e a perder mais 1m46.6s. E foi assim durante quase todo o rali.

Jourdan Serdiridis/F. Miclotte (Ford Puma Rally1) terminaram a prova num honroso sétimo lugar. com tantos problemas de quem tem obrigação de andar depressa, quem andou devagar colheu os frutos…

Sébastien Loeb/Isabelle Galmiche (Ford Puma Rally1) terminaram em oitavo a mais de meia hora da frente. A 6ª feira foi desastrosa para a M-Sport já que tanto Sebastien Loeb, Craig Breen e Adrien Fourmaux, todos eles abandonaram devido a problemas mecânicos.

Loeb ficou sem potência elétrica ainda de manhã EV, numa ligação, depois de um pequeno incêndio no motor. Eram quintos classificados.

voltaram no dia seguinte, na PE13 furaram e danificaram a suspensão. Rodavam em reta, quando sucedeu…

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) abandonaram na 6ª feira com problemas de transmissão quando eram nonos da geral, abandonaram no sábado depois de um furo e uma suspensão quebrada, na mesma roda. Voltaram, mas terminaram muito atrasados.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) caíram para o 12º lugar no dia 2, depois de perderem 13 minutos com um furo na traseira direita. No sábado, capotaram, perdendo mais 23m20.8s, voltando a abandonar após o troço com um problema de arrefecimento no motor. O ponto alto do seu rali foi ‘fazer’ de mecânico! Reparou o próprio carro que ‘estragou’.

Resumindo para a M-Sport o rali Safari foi o mais difícil em muitos anos para a equipa, tantos foram os problemas, infligidos pelos pilotos ou não. Loeb desistiu na 6ª feita devido uma uma anilha que custa 10 cêntimos…

Rali da Estónia

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) foram sétimos, perderam um lugar na Power Stage, o seu melhor resultado, e prestação, do ano. Em sete provas, desistiram quatro vezes…e meia, pelo que esta prova foi um bom tónico para a sua confiança.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) abandonaram no último dia de prova quando eram oitavos. Uma prova pobre, só obtiveram um quarto lugar na PE ‘Mickey Mouse’, de resto, 8º, 10º, mesmo a um nível baixo de andamento, alguns erros. Uma má prova.

Pierre Loubet/Vincent Landais (Ford Puma Rally1) terminaram muito atrasados, mas tiveram um bom primeiro dia de prova, eram sextos antes de capotar, depois do Ford entrar em aquaplaning. foi azar, estavam a andar bem, mas depois disso foi só tirar partido do carro e da experiência, trabalharam afinações.

Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) é um dos grandes derrotados deste rali.

Teve mesmo muito azar. Era terceiro classificado, estava a andar bem, mas teve um azar incrível. Deslizou para fora de estrada, na relva, sem bater em nada…até que bateu, num poste de cimento que estava no chão, tapado pela relva. Muito azar, mais uma desilusão e logo numa prova em que tinha muito a provar, pois tinha sido segundo nos dois últimos ralis da Estónia. Se houvesse um rali em que poderia mostrar o que vale, era neste.

Rali da Finlândia

Os homens da Ford quase passaram completamente ao lado da prova neste rali. Já são conhecidas as dificuldades da equipa, não testaram porque não têm dinheiro e a diferença para a frente aumenta.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) terminaram em sétimo a quase quatro minutos da frente, eles e Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais (Ford Puma Rally1) andaram no segundo dia envolvidos numa interessante luta, pelo sétimo lugar da geral, com Loubet a marcar o ritmo inicial antes de ser ultrapassado pelo seu colega, mas o francês viria a desistir na ligação para a PowerStage.

Foi mais um fim-de-semana difícil para a M-Sport, com Gus Greensmith a ser o único piloto a não se deparar com qualquer problema.

Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) representavam a maior esperança da equipa, estiveram na luta da frente até à PE6, quando um toque numa pedra dobrou um braço de suspensão do seu Puma. Antes, um problema de intercomunicadores no troço de abertura do dia foi um motivo menor de frustração mas o piloto do Puma nunca conseguiu ritmo para desafiar os mais rápidos. Como se não bastasse, foi a única vítima do dia de sábado, abandonando depois de ter feito mal uma trajetória sobre um salto de alta velocidade, colidindo com uma rocha que arrancou uma roda traseira do seu Puma. Richard Millener, Chefe de Equipa ficou muito zangado: “não podia acontecer”.

O fim-de-semana de Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) ficou estragado cedo quando partiu um parafuso do braço da direção, na manhã de sexta-feira, até que a direção assistida acabou por falhar, mais tarde nesse dia.

O debutante nos Rally1, Jari Huttunen sofreu desse mesmo problema de direção assistida, embora de forma intermitente, e teve também um problema de pressão de combustível o que fez com que, no final da sexta-feira, tivesse falta de potência no motor do carro. Como podem os pilotos brilhar quando os carro também não colaboram?

Rali de Ypres/Bélgica

Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1) foram acumulando atraso ao longo do 1º dia. Logo de manhã na PE1 fizeram um pião de 360º e cederam 14.2s para a frente. Na PE2 cederam mais 7.8s, eram sextos a 19.2s. Tal como Lappi esperavam que chovesse muito, mas optaram mal e ficaram ainda mais longe.

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1) recuperam quatro dos 14.3s que precisavam recuperar a Solberg no primeiro troço do último dia, mas depois, novo despiste. São capazes do melhor e do pior quase num abrir e fechar de olhos. Começaram bem o rali, no top 4, onde a chuva os atrasou e caíram quatro posições de uma assentada, de quarto para oitavo. De tarde, desmotivaram e não conseguiram sequer passar Solberg. Recompuseram-se, foram à luta passaram Solberg, ainda que somente por 0.1s. Na PE15, entraram dois minutos atrasados, depois de terem sido mandados parar pela polícia. A diferença ficou em 17.3s a favor do sueco, e no domingo saíram de estrada.

Em nove provas, desistiram cinco vezes. Pontuaram duas vezes, o melhor que fizeram foi um 7º lugar na Estónia e 9º em Portugal. Mau demais para ser verdade…

Na M-Sport, quase nada corre bem. Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) terminaram muito atrasados depois de mais uma prova cheia de problemas. Terminaram o 1º dia em sexto a 1m34.5s da frente, no segundo, um toque danificou-lhes a suspensão traseira esquerda, acumulando atraso ao rodar lentamente até à assistência a partir daí o resultado estava comprometido, como ficou no final.

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manuel moita
manuel moita
1 ano atrás

O barato sai caro

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